A história se passa na Inglaterra do século XIV, durante uma peregrinação de um grupo de pessoas ao túmulo de São Tomás Beckett, na Cantuária (em inglês, Canterbury). O grupo é formado por um Cavaleiro, seu filho, o Escudeiro, o Criado do Cavaleiro, uma Prioresa, uma Freira, um Monge, um Frade, um Mercador, um Clérigo, um Escrivão, um Proprietário de Terras, um Tecelão, um Tintureiro, um Carpinteiro, um Tapeceiro, um Mascate, um Cozinheiro, um Marinheiro, um Físico, um Pároco, um Moleiro, um Reitor, um Bailio, um Oficial de Justiça, uma Mulher de Bath e o próprio Chaucer. Estes viajantes, que pararam no Tabard Inn, decidem contar histórias para passar o tempo na viagem. Cada um dos peregrinos contará duas histórias no caminho até Cantuária e duas outras na viagem de volta. O Estalajadeiro os acompanhará e decidirá qual foi a melhor das histórias. Eles decidem tirar a sorte para ver quem terá a honra de contar a primeira história, e o escolhido é o Cavaleiro.
Conto do Cavaleiro. O Cavaleiro conta uma história sobre dois cavaleiros, Arcite e Palamon, que são capturados numa batalha e aprisionados em Atenas por ordem do Rei Teseu. Enquanto estavam aprisionados numa torre, ambos veem Emília, a irmã da Rainha Hipólita, e imediatamente se apaixonam por ela. Os cavaleiros acabam deixando a prisão separadamente: um amigo de Arcite implora a Teseu pela sua libertação, enquanto Palamon consegue fugir mais tarde. Arcite retorna à corte ateniense disfarçado como servo, e, quando Palamon foge, os dois cavaleiros se encontram. Eles lutam por Emília, mas seu combate é interrompido pela chegada de Teseu. Teseu estabelece as regras para um duelo entre os dois cavaleiros pelo amor de Emília, e cada um passa um ano preparando um exército para uma batalha a ser travada na data definida pelo rei ateniense. Antes da batalha, Arcite reza a Marte pela vitória no combate, Emília reza a Diana para que ela seja feliz no casamento e Palamon reza a Vênus para ter Emília como sua esposa. Os três deuses ouvem suas preces e discutem sobre quem deverá prevalecer. Saturno intervém e decide mediar a questão. Arcite vence a batalha, mas, no momento em que ia ser coroado vencedor, acontece um terremoto que o mata. Antes de morrer, ele se reconcilia com Palamon e diz que ele merece se casar com Emília. Palamon e Emília se casam.
(Quando o Cavaleiro termina sua história, todos se mostram satisfeitos com suas nobres e honradas qualidades. No entanto, o Moleiro, embriagado, insiste em que ele deve contar a próxima história.)
Conto do Moleiro. O Moleiro conta uma história cômica sobre Nicholas, um estudante que vive com o carpinteiro John e sua esposa Alison, muito mais jovem do que ele, e pela qual Nicholas se apaixona. Outro homem, o romântico e cortês Absalão, também se apaixona por ela. Nicholas trama passar um dia com Alison dizendo a John que um dilúvio igual ao de Noé chegará em breve, e a única maneira deles sobreviverem é se escondendo dentro de caixas separadas colocadas no telhado, longe das vistas de todos. Enquanto John permanece na sua caixa, Nicholas e Alison saem para fazer sexo, mas são interrompidos por Absalão, que exige um beijo de Alison. Ela diz para ele fechar os olhos e depois dar o beijo. Ele obedece, e ela levanta sua saia, de forma que ele acaba beijando o traseiro dela. Humilhado, Absalão decide dar uma lição em Alison. Ele pega um ferro em brasa na forja do ferreiro e volta à casa de Alison. Desta vez, Nicholas tenta o mesmo truque e Absalão queima o traseiro dele. Nicholas grita por água, acordando John, que tinha adormecido no telhado. Ele cai lá de cima, se machuca e todos são humilhados.
(Os peregrinos riem gostosamente desta história, mas Oswald, o Bailio, se ofende, pensando que o Moleiro pretende menosprezar homens mais velhos. Em resposta, ele conta uma história sobre um moleiro desonesto.)
Conto do Bailio. Symkyn é um moleiro trapaceiro, que engana seguidamente seus clientes, que incluem o colégio de Cambridge. Dois estudantes de Cambridge, Aleyn e John, vão ao moleiro comprar farinha e trigo. Enquanto eles estão ocupados, Symkyn solta os cavalos deles e rouba seu trigo. Eles são forçados a passar a noite com Symkyn. Durante a noite, Aleyn seduz a filha do moleiro, Molly, enquanto John seduz a esposa dele. Quando Aleyn conta sua façanha a John, Symkyn o ouve por acaso e luta com ele. A esposa do moleiro acerta a cabeça de Symkyn com um pedaço de pau e o põe a nocaute, enquanto os dois estudantes escapam com o trigo que Symkyn tinha roubado.
(O Conto do Cozinheiro vem a seguir, mas existe apenas um fragmento incompleto, com menos de cinquenta linhas. O próximo a contar a história é o Escrivão.)
Conto do Escrivão. Ele narra a história de Constância, a filha de um Imperador romano que se torna noiva do Sultão da Síria com a condição de que ele se converta ao Cristianismo. Enfurecida pela ordem de conversão forçada, a mãe do Sultão assassina seu filho e Constância escapa por pouco do mesmo destino. Ela é exilada num navio que atraca na Bretanha, onde é acolhida pelo guardião de um castelo próximo e sua esposa, a Dama Hermenegilda. Ambos se convertem ao Cristianismo pouco depois de conversarem com ela. Um jovem cavaleiro se enamora de Constância; ao ser rejeitado, ele assassina a Dama Hermenegilda e acusa Constância pelo crime. O Rei Alla exige que o cavaleiro confirme a acusação jurando sobre a Bíblia; ao fazê-lo, o cavaleiro fica imediatamente cego. Constância é inocentada e se casa com o Rei Alla. Eles têm um filho, Maurício, que nasce quando o rei está ausente, guerreando na Escócia. A Dama Donegilda trama o banimento de Constância, interceptando as cartas entre Alla e Constância e substituindo-as por cartas falsas. Desta maneira, Constância acaba sendo mandada embora novamente, e durante sua viagem seu barco é interceptado por um navio de guerra romano. Um senador acaba enviando-a para Roma, onde ninguém a reconhece como a filha do Imperador. Depois de algum tempo, o Rei Alla faz uma peregrinação a Roma, onde ele se reencontra com Constância. O Imperador romano descobre que Maurício é seu neto e o nomeia herdeiro do trono.
(A Mulher de Bath irá contar a próxima história. Inicialmente, ela faz uma longa dissertação sobre o casamento, na qual ela relembra cada um dos seus cinco maridos. Seus primeiros maridos eram homens idosos, os quais ela intimidava, através de remorsos e recusa de favores sexuais, obrigando-os a fazerem as suas vontades. No entanto os dois últimos maridos eram mais jovens e mais difíceis de dobrar. Jankin, o último marido, tinha apenas vinte anos, a metade da idade dela. Ele se mostrou muito difícil de controlar, pois ele se recusava a deixar a Mulher de Bath dominá-lo, e lia livros que diziam que as mulheres deveriam ser submissas. Quando ele arrancou uma página de um desses livros, Jankin a espancou, fazendo com que ela ficasse surda de um dos ouvidos. No entanto, ele sentiu tanto remorso com sua atitude que ele se tornou totalmente submisso a ela, e os dois permaneceram felizes. A seguir, ela conta sua história, que trata da dinâmica de um casamento.)
Conto da Mulher de Bath. Um certo cavaleiro é condenado à morte por ter violentado uma jovem. Entretanto, ele é poupado pela rainha, que o libertará se ele puder responder à pergunta “O que as mulheres querem?”. O cavaleiro não consegue encontrar uma resposta satisfatória até que ele encontra uma velha muito feia, que promete contar a resposta a ele se ambos se casarem. Ele concorda, e é libertado quando diz à rainha que as mulheres querem comandar os seus maridos. No entanto, o cavaleiro está insatisfeito por ter que se casar com aquela megera idosa. Ela então propõe uma escolha: ele poderá ter uma esposa velha e feia porém submissa, ou uma jovem e bela porém dominadora. Ele escolhe tê-la como jovem e, embora ela tenha autoridade sobre ele, os dois são completamente felizes daí em diante.
(O Frade conta a história seguinte. Ele começa se desculpando com o Oficial de Justiça, pois sua história expõe a fraude da sua profissão.)
Conto do Frade. A história do Frade fala sobre um oficial de justiça malvado que, enquanto entregava intimações para o tribunal eclesiástico, encontra-se com um viajante misterioso, que acaba se revelando ser o próprio Diabo. Os dois trocam segredos sobre suas profissões, e o Diabo diz que eles acabarão se encontrando no Inferno se o oficial continuar a trabalhar tão bem. O oficial visita uma velha, entrega uma intimação a ela e então se oferece para receber um suborno como pagamento para impedir sua excomunhão. A velha acredita que não tem pecados e amaldiçoa o oficial. O Diabo então aparece e lança o oficial no Inferno.
(O Oficial de Justiça se enfurece com o conto do Frade. Antes de começar sua história, ele conta uma breve anedota. Um frade visitou o Inferno e ficou surpreso ao notar que não haviam outros frades. Então, o anjo que o acompanhava levantou a cauda de Satã e milhares de frades saíram correndo assustados de lá. O Oficial conta uma história sarcástica atacando os frades.)
Conto do Oficial de Justiça. O Oficial fala sobre um frade que se hospeda com um estalajadeiro e sua mulher, aborrecendo-os tremendamente ao se queixar que eles pouco contribuíam para a Igreja, além de não terem ido à missa recentemente. Indignado, o estalajadeiro se explica dizendo que não tinha ido à missa porque estava doente, além de sua filha pequena ter morrido há pouco tempo. O frade tenta primeiramente acalmá-lo, e depois volta a pedir doações. O estalajadeiro promete dar ao frade um presente, e acaba soltando gases com grande barulho.
(O Estalajadeiro ordena ao Clérigo, um estudante de Oxford que tinha ficado quieto todo esse tempo, que conte a próxima história.)
Conto do Clérigo. Walter era um marquês italiano que finalmente decide tomar esposa, depois que o povo da sua província reclama do seu longo período como solteiro. Walter se casa com Griselda, uma mulher plebeia mas extraordinariamente virtuosa e amada por todos. No entanto, Walter decide testar sua devoção. Quando sua primeira filha nasce, Walter diz a ela que seu povo está infeliz e deseja a morte do bebê. Ele leva embora a criança, presumivelmente para ser morta, mas ao invés disso a entrega à sua irmã para criá-la. Ele repete a trama com o bebê seguinte, um menino. Finalmente, Walter diz a Griselda que o Papa exige que eles se divorciem. Ele a manda embora da sua casa completamente nua, pois ela não tinha nenhum pertence quando ela chegara lá. Griselda aceita cada uma dessas tragédias com grande paciência. Logo Walter decide acabar com a provação e manda buscar seus dois filhos. Ele diz a Griselda que irá se casar novamente, e a apresenta à sua suposta noiva, a qual ele revela ser a filha deles. A família se reúne novamente. O Clérigo termina aconselhando as mulheres a se esforçarem para ser tão fiéis quanto Griselda, mesmo que tais fatalidades sejam improváveis.
(O Mercador elogia Griselda pela sua fidelidade, mas afirma que sua esposa é muito diferente da virtuosa mulher da história do Clérigo. Ele, portanto, conta uma história sobre uma mulher infiel.)
Conto do Mercador. O Mercador descreve January, um cavaleiro idoso e cego que decide desposar uma mulher muito mais jovem, apesar das objeções do seu irmão, Placebo. January se casa com a jovem e bela May, que logo se aborrece com a constante atenção sexual dele e decide ter um caso com Damian, o escudeiro de January. Quando January e May estão no jardim, May se afasta sorrateiramente para fazer sexo com Damian. Os deuses Plutão e Prosérpina observam a cena, se aborrecem com o comportamento da jovem e decidem intervir, restaurando a visão de January. Quando January vê o que está acontecendo, May diz a ele para não acreditar nos seus olhos, e ele acredita nela.
(O Escudeiro conta a próxima história, que está incompleta. A seguir, é a vez do Proprietário de Terras.)
Conto do Proprietário de Terras. Ele começa sua história descrevendo o casamento do cavaleiro Arviragus e da dama Dorigen. Quando Arviragus viaja numa expedição militar, Dorigen lamenta sua ausência e teme que, ao voltar, o navio dele se despedace nos inúmeros rochedos que existem na costa. Um jovem, Aurelius, se apaixona por ela, mas ela se recusa a retribuir seus favores. Ela concorda em se deitar com Aurelius apenas se ele encontrar uma maneira de tirar os rochedos do mar, uma tarefa que ela crê ser impossível. Aurelius procura um feiticeiro, que concorda em resolver o problema desde que Aurelius pague uma grande soma a ele. O feiticeiro cria a ilusão do desaparecimento dos rochedos, enquanto Arviragus retorna são e salvo para casa. Dorigen conta a seu marido a promessa que tinha feito, e Arviragus diz que ela precisa cumprir o prometido. Ele ordena que ela vá se deitar com Aurelius, mas percebe a dor que isso causaria em Dorigen e decide não obrigá-la a fazer isso. Por sua vez, o feiticeiro perdoa a dívida de Aurelius. A história termina perguntando qual desses homens se comportou de forma mais honrosa.
Conto do Físico. A história seguinte fala sobre Virginius, um respeitável cavaleiro romano, cuja filha, Virgínia, possuía beleza incomparável. Appius, o juiz que governava a cidade, desejava Virgínia ardentemente e colaborou com Claudius, que declarou no tribunal que Virgínia era sua escrava e que Virginius a tinha roubado dele. Appius ordena que Virgínia seja devolvida ao seu “dono”. Virginius, sabendo que Appius e Claudius tinham agido desta forma para violentar sua filha, pede a ela que escolha entre a morte e a desonra. Ela escolhe morrer, e Virginius corta a cabeça da sua filha, levando-a até Appius e Claudius. O povo da cidade fica tão chocado com esta atitude que conclui que Appius e Claudius tinham sido venais e mentirosos nesta questão. Appius é preso e comete suicídio, enquanto Claudius é banido.
(Antes de começar a próxima história, o Vendedor de Indulgências faz uma longa introdução sobre a natureza da sua profissão. Ele conta os segredos do seu negócio, incluindo a venda de itens inúteis como relíquias de santos, e admite que seu trabalho não é afastar as pessoas do pecado, mas sim assustá-las o bastante para que elas paguem por indulgências.)
Conto do Vendedor de Indulgências. Ele fala sobre três rufiões que procuram a Morte para derrotá-la e viverem para sempre. Eles encontram um velho, que diz a eles que a Morte pode ser encontrada debaixo de uma árvore próxima. Os três vão até lá, mas ao invés da Morte encontram um vasto tesouro. Dois dos malandros enviam o terceiro até a aldeia para comprar comida e bebida para festejarem durante a noite; secretamente, eles planejam fugir com a parte dele. Enquanto ele estava fora, os dois pensam melhor e decidem simplesmente matá-lo. Por sua vez, o terceiro homem envenena a bebida para ficar com todo o tesouro para si. Quando ele retorna, os dois companheiros o esfaqueiam; depois, bebem o vinho envenenado e também morrem. Assim, todos os três encontram a Morte sob a forma da Avareza. O Vendedor de Indulgências termina sua história com uma diatribe contra o pecado e implora aos viajantes que comprem suas indulgências, mas o Estalajadeiro o enfrenta.
Conto do Marinheiro. O Marinheiro conta a história de um mercador sovina que exige que sua esposa pague cem francos que ela tinha pego emprestado dele. A esposa insatisfeita se queixa sobre isso com o irmão Dan John, um monge conhecido do casal. Ele se oferece para pagar a dívida se ela aceitar dormir com ele. A mulher concorda, e o irmão Dan John consegue os cem francos pegando-os emprestados com o próprio mercador. No entanto, ele percebe que a mulher o estava pagando com o mesmo dinheiro que ele tinha emprestado ao monge. Portanto, a esposa diz que pode saldar a dívida com ele na cama.
Conto da Prioresa. Ela conta a história de um menino cristão que vivia numa cidade da Ásia que era dominada por uma população judia perversa. Quando o menino aprendeu a canção Alma Redemptoris, que louvava a Virgem Maria, ele voltou da escola para casa cantando-a. Os judeus, enfurecidos pelo seu comportamento, capturam a criança e cortam sua garganta, abandonando-a numa cisterna para morrer. A mãe do menino procura por ele freneticamente. Quando ela o encontra, ele ainda não tinha morrido, pois a Virgem Maria tinha colocado uma semente na sua língua para permitir que o menino falasse enquanto ela estivesse lá. Ao retirarem a semente, o menino morre e vai para o Paraíso. A história termina com um lamento pelo menino e uma maldição aos judeus que cometeram este crime atroz.
(O conto seguinte será narrado pelo próprio Chaucer. Ele começa uma história interminável sobre Sir Thopas, fazendo um poema tão rebuscado e maçante que consegue aborrecer todos os peregrinos. O Estalajadeiro o interrompe bruscamente e exige que ele conte outra história.)
Conto de Chaucer. Ele fala sobre Melibeu, um poderoso governante cujos inimigos violentam sua esposa, Prudência, e quase matam sua filha, Sofia. Enquanto decidia sobre declarar guerra aos seus inimigos, Prudência o aconselha a se manter tolerante, e eles se envolvem numa longa discussão sobre o curso de ação apropriado. Por fim, Melibeu permite aos seus inimigos escolherem ser sentenciados por ele ou pela sua esposa. Eles se submetem ao julgamento de Melibeu. A princípio, ele pretende exilar os criminosos e confiscar seus bens. No entanto, ele acaba acatando o pedido de clemência feito pela sua esposa.
Conto do Monge. O Monge não conta uma história propriamente dita, mas ao invés disso faz uma longa lista de figuras históricas e literárias que experimentaram uma desgraça. Ele menciona, entre outros, Adão, Sansão, Hércules, o Rei Pedro da Espanha, Bernabò Visconti, Nero, Júlio César e Creso. Os peregrinos interrompem a história do Monge, achando que esta lista de tragédias históricas era monótona e deprimente.
Conto da Freira. A Freira narra a história do galo Chantecler e da galinha Pertelote. Chantecler julgava que era muito importante, pois, se não cantasse toda madrugada, o sol não nasceria. Certa noite, Chantecler estava doente e teve um sonho no qual ele era caçado por uma raposa. Ele temia que seu sonho fosse profético, mas Pertelote garante que este sonho era fruto da sua doença, e que ele devia procurar ervas para se curar. Chantecler insiste em que os sonhos têm um significado mais profundo, mas acaba concordando com sua esposa. Quando ele vai procurar ervas, ele é realmente perseguido por uma raposa. Ele é salvo pelos gritos de Pertelote, que atraíram a dona da fazenda onde as aves viviam, e que consegue expulsar a raposa de lá.
Conto da Segunda Freira. Ela conta a vida de Santa Cecília, que converte seu marido e seu irmão ao Cristianismo no tempo do Império Romano, quando a fé cristã era ilegal. Os dois são executados pelas suas crenças, e ela mesma é cortada por uma espada três vezes durante sua execução, mas não morre imediatamente. Durante sua longa agonia, que dura vários dias, ela ordena que seus bens sejam distribuídos pelos pobres. Após sua morte, ela é santificada pelo Papa Urbano.
(Depois que a Segunda Freira termina sua história, um Alquimista e seu Criado juntam-se ao grupo de viajantes. O Alquimista tinha ouvido que eles estavam contando histórias e também gostaria de participar. O Criado fala sem parar sobre o Alquimista, contando histórias fantásticas sobre ele. Isso aborrece tanto o seu mestre que ele vai embora subitamente. O Criado resolve então contar uma história pessoalmente.)
Conto do Criado do Alquimista. O Criado fala longamente sobre o trabalho de um alquimista e os meios pelos quais ele e seu mestre enganam os tolos, fazendo com que elas pensem que eles conseguem duplicar seu dinheiro.
(O Estalajadeiro ordena que o Cozinheiro conte a próxima história, mas o homem está bêbado demais para falar algo coerente. Portanto, o Reitor faz a narrativa seguinte.)
Conto do Reitor. Ele fala sobre o deus Febo, que era um marido ciumento quando assumia forma mortal. Ele vigiava de perto sua esposa, temendo que ela fosse infiel. Febo tinha um corvo branco que podia falar a linguagem dos homens e tinha uma bela voz. Quando o corvo branco descobre que a esposa de Febo o traía, ele dá a má notícia ao seu dono. Enfurecido, Febo agride o corvo e o amaldiçoa. De acordo com o Reitor, isto explica porque os corvos são negros e somente podem cantar de forma desagradável.
Conto do Pároco. O Pároco não conta uma história propriamente dita. Na verdade, ele faz um longo sermão sobre a natureza do pecado e os três componentes do perdão: a contrição, a confissão e a satisfação. A narrativa do Pároco dá exemplos dos sete pecados capitais e os explica, e também detalha o que é necessário para a redenção.
(Chaucer termina os contos com uma retratação, pedindo àqueles que se ofenderam com as histórias para culpar a grosseria e falta de educação do autor, pois suas intenções não foram imorais, e também pedindo àqueles que acharam algo louvável nas histórias para darem o crédito a Cristo.)
Veja Também:
- Artigo sobre Geoffrey Chaucer na Wikipedia.
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