Resumo: Kátya Kabanová (Leoš Janáček)

A história se passa na cidade de Kalinov, na Rússia, em 1860.

Kudrjáš pergunta ao amigo Boris por que tolera os insultos do seu tio Dikoj, um rico comerciante. Boris responde, melancólico, que Dikoj controla sua herança. E agora, para agravar seus problemas, está apaixonado por Kátya Kabanová. Kátya chega com o marido, Tichon, e a sogra, Kabanicha, que está se queixando de tudo, como sempre. Kabanicha diz a Tichon que jamais será respeitado por Kátya se continuar proclamando seu amor. Sozinha com a amiga Varvara, Kátya relembra os bons tempos antes do casamento. Mas agora ela está angustiada. À noite, alguém sussurra amorosamente ao seu ouvido, mas é pecado amar outro homem. Alarmada, ela implora a Tichon que não viaje, mas ele afirma que a viagem é necessária. Kabanicha exige obediência de Kátya enquanto ele estiver ausente.

Preparando-se para um encontro com Kudrjáš, Varvara entrega a chave do portão do jardim para Kátya e declara que Boris deseja vê-la. De início aterrorizada, Kátya pensa então que não há pecado em apenas conversar com Boris. Quando ela sai na direção do jardim, chega Dikoj, embriagado, na esperança de seduzir Kabanicha. Kudrjáš entoa uma canção de amor enquanto espera Varvara. Boris chega, e Varvara lhe diz que Kátya logo virá também. Quando ela entra, Boris imediatamente declara seu amor. Ela pergunta se ele a está levando para o pecado, mas ele promete atender aos seus desejos. Caindo em seus braços, ela se diz pronta a morrer. Logo Kátya e Boris cantam seu amor na escuridão.

Abrigando-se de uma tempestade, Kudrjáš nota a ausência de para-raios, mas Dikoj insiste que os raios são uma punição divina. Varvara avisa a Boris que Tichon voltou e Kátya está confusa. Ela chega e pergunta a Boris se ele está satisfeito com seu sofrimento. Quando Kabanicha e Tichon chegam, Kátya se joga aos pés do marido e diz que está em pecado desde a noite da sua partida. Kabanicha exige que o amante seja identificado, e Kátya deixa escapar o nome de Boris, fugindo na tempestade. Horas depois, lamenta sua confissão. Ouvindo sua voz, Boris se atira em seus braços. Mas ele recebeu ordens do tio para deixar a cidade. Arrasada, Kátya salta no rio Volga e se afoga. Dikoj traz o seu corpo, e Tichon acusa a mãe. Kabanicha não se abala.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Leoš Janáček na Wikipedia.

Frases: Segundo Tratado Sobre o Governo (John Locke)

  • A liberdade não é aquilo que uns dizem: licença para qualquer um fazer o que bem entende.
  • A liberdade tem que ser isenta de restrição e de violência de terceiros.
  • A maior parte das pessoas, ao granjearem o saber, perdem o bom senso.
  • A observância rigorosa e cega da lei pode até provocar malefícios.
  • A razão ensina a todos os homens que nenhum deles deve prejudicar a outrem na vida, na saúde, na liberdade ou nas posses.
  • A tolerância, no fim das contas, é apenas uma questão de bom senso.
  • As coisas deste mundo mudam tão constantemente que nada fica por muito tempo na mesma condição.
  • Descubra o homem algo que tenha a serventia do dinheiro entre os semelhantes, e logo o veremos começar a ampliar suas posses.
  • Deus nada criou para o homem desperdiçar e destruir.
  • Em quaisquer estados e condições, o remédio autêntico contra a força sem autoridade é opor-lhe a força.
  • Nenhuma palavra jamais se lhe desprende da boca que indique algo de suas maquinações internas.
  • Ninguém pode dar mais poder do que possui.
  • Ninguém pode na sociedade civil subtrair-se das leis que a regem.
  • O homem deve ser tolerante.
  • O maior e principal objetivo dos homens se reunirem em comunidades, aceitando um governo comum, é a preservação da propriedade.
  • O poder absoluto arbitrário ou o governo sem leis fixas estabelecidas não se harmonizam com os fins da sociedade e do governo.
  • O poder legislativo não pode, nem poderia ser, completamente arbitrário sobre a vida e a fortuna das pessoas.
  • Onde quer que a lei termine, a tirania começa, se a lei for transgredida para dano de outrem.
  • Quem tiver nas mãos o poder legislativo ou supremo de uma comunidade tem a obrigação de governá-la mediante leis estabelecidas, promulgadas e conhecidas do povo, e não por meio de decretos extemporâneos.
  • Sendo os homens obviamente parciais, a paizão e a vingança podem levá-los a excessos nos casos em que estejam envolvidos, enquanto a negligência os torna por demais descuidados nos negócios dos outros.
  • Só se deve opor a força à injustiça e ao abuso.
  • Um homem não pode submeter-se ao poder arbitrário de outro.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre John Locke na Wikipedia.

Frases: A Cidade Antiga (Fustel de Coulanges)

  • A democracia não pode vicejar senão com as mais rigorosas e mais bem observadas regras.
  • A desigualdade de riqueza é inevitável em qualquer sociedade que não queira se manter no estado patriarcal ou tribal.
  • A partir do dia em que as necessidades e os interesses materiais invadiram brutalmente a democracia, ela se alterou e se corrompeu.
  • Diante da riqueza, o sentimento mais comum no homem não é o respeito, mas a inveja.
  • Fazer do homem um deus parece-nos contrário à religião.
  • Há progressos que acontecem de forma subterrânea e, no entanto, decidem o futuro de uma classe e transformam uma sociedade.
  • O homem pode dominar a natureza, mas está sempre sujeito ao seu próprio pensamento.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Fustel de Coulanges na Wikipedia.

Resumo: Os Huguenotes (Eugène Scribe / Giacomo Meyerbeer)

A história se passa na França, em 1572.

O rei católico Carlos IX está empenhado em acabar com as guerras religiosas na França, e o conde de Nevers recebe o huguenote (protestante) Raoul de Nangis em seu castelo. Raoul diz ter se apaixonado por uma dama que o salvou de malfeitores. Marcel, um seguidor de Raoul, provoca convidados católicos com uma cantiga huguenote. Raoul reconhece sua salvadora numa mulher que chega; Nevers afirma que ela foi sua noiva e cancelou o casamento. Um pajem, Urbain, entrega a Raoul um convite para comparecer de olhos vendados a um lugar misterioso. Nevers vê no envelope a insígnia de Marguerite, irmã de Carlos IX e rainha de Navarra.

Marguerite se diverte com as aias à beira do rio, feliz pelo casamento de sua amiga Valentine com Raoul. Mas Valentine diz que seu pai, o conde de Saint-Bris, é contra seu casamento com um huguenote. Ao chegar, Raoul, encantado com a beleza da rainha, descobre que terá que se casar com Valentine. Mas, ao reconhecê-la como a antiga noiva de Nevers, recusa-se, insultando os nobres católicos. Saint-Bris e os nobres presentes obrigam a desolada Valentine a reatar o noivado com Nevers.

Dias mais tarde, Nevers e Valentine entram numa igreja para o casamento, mas ele sai só, dizendo que ela quer orar até o anoitecer. Marcel apresenta um desafio de Raoul a Saint-Bris, que ordena ao conde Maurevert que arme uma cilada para Raoul. Ouvindo isso, Valentine, coberta com um véu, adverte Marcel, que não a reconhece. Enquanto Raoul se prepara para o duelo, Maurevert surge com homens armados. Subitamente, chega Marguerite e exige uma explicação. Marcel aponta Valentine, dizendo ser sua informante, e rasga seu véu. Até Raoul fica chocado, mas Marguerite afirma que Valentine queria fugir de um casamento infeliz. Saint-Bris afirma que a filha é casada com Nevers e a leva para seu castelo.

Valentine lamenta sua sorte e o amor infeliz por Raoul quando ele chega, disposto a vê-la pela última vez. Escutando passos, ele se esconde e ouve Saint-Bris falar a nobres católicos sobre o plano de matar todos os huguenotes, embora Nevers se recuse a aderir. Raoul precisa alterar seus companheiros de fé, mas Valentine implora que fique, confessando seu amor por ele. Raoul então planeja fugir com ela, mas sai correndo quando os sinos anunciam o início da matança.

Nobres huguenotes estão recebendo Marguerite quando Raoul chega, trazendo a notícia do massacre. Ao encontrá-lo, Valentine promete a proteção da Coroa caso ele se converta, mas Raoul se recusa. É ela que acaba aceitando a fé protestante de Raoul. Marcel então os declara casados.

Nas ruas, católicos atiram nos huguenotes em fuga. Ao se deparar com uma mulher acompanhada por dois homens feridos, Saint-Bris exige que se identifiquem; são huguenotes, e ele manda matar todos. Valentine tomba e Saint-Bris reconhece a própria filha. Marguerite chega e pede calma, mas a matança prossegue sem piedade.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Eugène Scribe na Wikipedia.
  • Artigo link externo sobre Giacomo Meyerbeer na Wikipedia.