Resumo: Dom Casmurro (Machado de Assis)

Dom Casmurro

Vivendo no Engenho Novo, um subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, quase recluso em sua casa, construída segundo o molde da que fora a de sua infância, na Rua de Matacavalos, Bento de Albuquerque Santiago, com cerca de 54 anos e conhecido pela alcunha de Dom Casmurro por seu gosto pelo isolamento, decide escrever sua vida.

Alternando a narração dos fatos passados com a reflexão sobre os mesmos, no presente, o protagonista / narrador informa ter nascido em 1842 e ser filho de Pedro de Albuquerque Santiago e de D. Maria da Glória Fernandes Santiago. O pai, dono de uma fazendola em ltaguaí, mudara-se para a cidade do Rio de Janeiro por volta de 1844, ao ser eleito deputado. Alguns anos depois falece e a viúva, preferindo ficar na cidade a retornar a ltaguaí, vende a fazendola e os escravos, aplica seu dinheiro em imóveis e apólices e passa a viver de rendas, permanecendo na casa de Matacavalos, onde vivera com o marido desde a mudança para o Rio de Janeiro.

A vida do protagonista / narrador transcorre sem maiores incidentes até a “célebre tarde de novembro” de 1857, quando, ao entrar em casa, ouve pronunciarem seu nome e esconde-se rapidamente atrás da porta. Na conversa entre sua mãe e o agregado José Dias, que morava com a família desde os tempos de ltaguaí, Bentinho, como era então chamado, fica sabendo que sua mãe se mantém firme na intenção de colocá-lo no seminário a fim de seguir a carreira eclesiástica, segundo promessa que fizera a Deus caso tivesse um segundo filho varão, já que o primeiro morrera ao nascer.

Bentinho, que há muito tinha conhecimento das intenções de sua mãe, sofre violento abalo, pois fica sabendo que a reativação da promessa, que parecia esquecida, devia-se ao fato de José Dias ter informado D. Glória a respeito de seu incipiente namoro com Capitolina Pádua, que morava na casa ao lado. Capitu, como era chamada, tinha então catorze anos e era filha de um tal de Pádua, burocrata de uma repartição do Ministério da Guerra. A proximidade, a convivência e a idade haviam feito com que os dois adolescentes criassem afeição um pelo outro. D. Glória, ao saber disto, fica alarmada e decide apressar o cumprimento da promessa. Os planos de Capitu, informada do assunto, e Bentinho para, com a ajuda de José Dias, impedir que D. Glória cumprisse a decisão ou que, pelo menos, a adiasse, fracassam. Como último recurso, o próprio Bentinho revela à mãe não ter vocação, o que também não a faz voltar atrás. Tio Cosme, um viúvo, irmão de D. Glória e advogado aposentado que vivia na casa desde que seu cunhado falecera, e a prima Justina, também viúva, que, há muitos anos, morava com a mãe de Bentinho, procuram não se envolver no problema. Assim, a última palavra fica com D. Glória, que, com o apoio do padre Cabral, um amigo de Tio Cosme, decide finalmente cumprir a promessa e o envia ao seminário, prometendo, contudo, que se dentro de dois anos não revelasse vocação para o sacerdócio estaria livre para seguir outra carreira. Antes da partida de Bentinho, este e Capitu juram casar-se.

No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um advogado de Curitiba. Os dois tornam-se amigos e confidentes. Em um fim de semana em que Bentinho visita D. Glória, Escobar o acompanha e é apresentado a todos, inclusive a Capitu. Esta, depois da partida de Bentinho, começara a frequentar assiduamente a casa de D. Glória, do que nascera aos poucos grande afeição recíproca, a ponto de D. Glória começar a pensar que se Bentinho se apaixonasse por Capitu e casasse com ela a questão da promessa estaria resolvida a contento de todos, pois Bentinho, que a quebraria, não a fizera, e ela, que a fizera, não a quebraria.

Enquanto isto, Bentinho continuava seus esforços junto a José Dias, que, tendo fracassado em seu plano de fazê-lo estudar medicina na Europa, sugeria agora que ambos fossem a Roma pedir ao Papa a revogação da promessa. A solução definitiva, contudo, partiu de Escobar. Segundo este, D. Glória prometera a Deus dar-lhe um sacerdote, mas isto não queria dizer que o mesmo deveria ser necessariamente seu filho. Sugeriu então que ela adotasse algum órfão e lhe custeasse os estudos. D. Glória consultou o padre Cabral, este foi consultar o bispo e a solução foi considerada satisfatória. Livre do problema, Bentinho deixa o seminário com cerca de 17 anos e vai a São Paulo estudar, tornando-se, cinco anos depois, o advogado Bento de Albuquerque Santiago. Por sua parte, Escobar, que também saíra do seminário, tornara-se um comerciante bem-sucedido, vindo a casar com Sancha, amiga e colega de escola de Capitu. Em 1865, Bento e Capitu finalmente se casam, passando a morar no bairro da Glória. O escritório de advocacia progride e a felicidade do casal seria completa não fosse a demora em nascer um filho. Isto faz com que ambos sintam inveja de Escobar e Sancha, que tinham tido uma filha, batizada com o nome de Capitolina. Depois de alguns anos, nasce Ezequiel, assim chamado para retribuir a gentileza do casal de amigos, que dera à filha o nome da amiga de Sancha.

Ezequiel revela-se muito cedo uma criança inquieta e curiosa, tornando-se a alegria dos pais e servindo para estreitar ainda mais as relações de amizade entre os dois casais. A partir do momento em que Escobar e Sancha, que moravam em Andaraí, resolvem fixar residência no Flamengo, a convivência entre as duas famílias torna-se completa e os pais chegam a falar na possibilidade de Ezequiel e Capituzinha, como era chamada a pequena Capitolina, virem a se casar.

Em 1871 Escobar, que gostava de nadar, morre afogado. No enterro, Capitu, que amparava Sancha, olha tão fixamente e com tal expressão para Escobar morto que Bento fica abalado e quase não consegue pronunciar o discurso fúnebre. A perturbação, contudo, desaparece rapidamente. Sancha retira-se em seguida para a casa dos parentes no Paraná, o escritório de Bento continua a progredir e a união entre o casal segue crescendo. Até o momento em que, cerca de um ano depois, advertido pela própria Capitu, Bento começa a perceber as semelhanças de Ezequiel com Escobar. À medida que o menino cresce, estas semelhanças aumentam a tal ponto que em Ezequiel parece ressurgir fisicamente o velho companheiro de seminário. As relações entre Bento e Capitu deterioram-se rapidamente. A solução de colocar Ezequiel num internato não se revela eficaz, já que Bento não suporta mais ver o filho, o qual, por sua vez, se apega a ele cada vez mais, tomando a situação ainda mais crítica.

Num gesto extremo, Bento decide suicidar-se com veneno, colocado numa xícara de café. Interrompido pela chegada de Ezequiel, altera intempestivamente seu plano e decide dar o café envenenado ao filho mas, no último instante, recua e em seguida desabafa, dizendo a Ezequiel que não é seu pai. Neste momento Capitu entra na sala e quer saber o que está acontecendo. Bento repete que não é pai de Ezequiel e Capitu exige que diga por que pensa assim. Apesar de Bento não conseguir expor claramente suas ideias, Capitu diz saber que a origem de tudo é a casualidade da semelhança, argumentando em seguida que tudo de deve à vontade de Deus. Capitu retira-se e vai à missa com o filho. Bento desiste do suicídio.

Durante a discussão fica decidido que a separação seria o melhor caminho. Para manter as aparências, o casal parte pouco depois rumo à Europa, acompanhado do filho. Bento retorna a seguir, sozinho. Trocam algumas cartas e Bento viaja outras vezes à Europa, sempre com o objetivo de manter as aparências, mas nunca mais chega a encontrar-se com Capitu. Tempos depois, morrem D. Glória e José Dias.

Bento retira-se para o Engenho Novo. Ali, certo dia, recebe a visita de Ezequiel de Albuquerque Santiago, que era então a imagem perfeita de seu velho colega de seminário. Capitu morrera e fora enterrada na Europa. Ezequiel permanece alguns meses no Rio e depois parte para uma viagem de estudos científicos no Oriente Médio, já que era apaixonado pela arqueologia. Onze meses depois morre de febre tifóide em Jerusalém e é ali enterrado.

O adultério de Capitu nunca é bem esclarecido, já que o próprio narrador, no decorrer da história, apresenta uma série de indícios, provas e contraprovas, como o fato de Capitu ser parecidíssima com a mãe de Sancha, sem haver, com toda certeza, qualquer parentesco entre elas.

Mortos todos, familiares e velhos conhecidos, Bento / Dom Casmurro fecha-se em si próprio, mas não se isola e encontra muitas amigas que o consolam. Jamais, porém, alguma delas o faz esquecer a primeira amada de seu coração, que o traíra com seu melhor amigo. Assim quisera o destino. Decide escrever um livro de memórias na tentativa de atar passado e presente, da “construção ou reconstrução” de si mesmo. É certo que, antes da narrativa, tenta recompor seu passado construindo uma casa em tudo semelhante à de sua adolescência, todavia esse artifício mostra-se inútil e frustrante. Por isso, passa a essa outra alternativa: a da narrativa, que se mostra eficaz. E após seu término, para esquecer tudo, nada melhor que escrever, segundo decide, um outro livro: uma História dos subúrbios do Rio de Janeiro.

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Resumo: A Cabana do Pai Tomás (Harriet Beecher Stowe)

A Cabana do Pai Tomás

A história se passa nos Estados Unidos, antes da Guerra Civil. Ela começa descrevendo a fazenda de Arthur Shelby no Kentucky. Embora Shelby não seja um mau patrão, ele resolve vender alguns escravos para pagar grandes dívidas que tinha contraído. O negociante de escravos, sr. Haley, compra Tio Tom, leal servo de Shelby desde sua infância, e Harry, um belo e talentoso menino de cinco anos que canta, dança e faz imitações. Shelby lamenta separar o menino da mãe dele, Eliza, bem como lamenta trair a fidelidade do Tio Tom.

Eliza ouve a sra. Shelby, uma mulher muito religiosa, protestar sobre a decisão do marido, e decide fugir da fazenda com seu filho. George, seu marido e escravo de uma fazenda vizinha, já tinha fugido para o Canadá através da “ferrovia subterrânea”, uma rede secreta de pessoas que conduzem escravos fugitivos para a liberdade no Norte. Eliza planeja fazer o mesmo, e tenta convencer Tio Tom a se salvar e vir com ela. Tio Tom, no entanto, acha que é seu dever se manter leal ao seu senhor, a despeito da traição dele e do risco de morrer nas mãos cruéis de um novo senhor. Assim, ele decide não acompanhar Eliza na sua fuga até o rio Ohio.

Haley procura por Eliza em vão, pois ela se apressa pelo medo de perder seu filho, e chega ao rio rapidamente. Espantosamente, Eliza consegue cruzar o rio saltando de um bloco de gelo flutuante para o outro. Depois de chegar ao outro lado do rio, já no Estado de Ohio, Eliza se depara com o sr. Symmes, um homem que tinha testemunhado a corajosa proeza da escrava, e acaba contando sua história a ele. Por sorte, Symmes odeia negociantes de escravos, e leva Eliza e Harry para a casa do senador Bird, onde eles recebem comida e abrigo. Ironicamente, Bird tinha acabado de votar uma lei proibindo ajuda a escravos fugidos, mas o senador fica muito emocionado com a história de Eliza. Dessa forma, Bird muda sua opinião e leva os fugitivos a uma comunidade quaker, onde eles ficam com a família Halliday. Por coincidência, George tinha se refugiado naquele mesmo lugar, e a jovem família se reencontra. Os quakers ajudam a família a tomar um barco para o Canadá antes que Loker e Marks, os caçadores de escravos contratados por Haley, possam capturá-los.

Depois que a caçada por Eliza e Harry fracassa, Haley retorna à fazenda de Shelby para pegar a outra metade da compra, Tio Tom. Os escravos da fazenda estão desolados, mas Tom permanece tranquilo e tenta ler sua Bíblia em busca de consolo. No vapor para Nova Orleans, onde Tom será vendido, ele faz amizade com uma pequena e linda menina de cinco anos, Eva St. Clare. Tio Tom salva a menina de se afogar e ela convence seu pai a comprar Tom para a família.

Tom acha a vida na fazenda dos St. Clare aceitável, pois, embora ele seja o cocheiro chefe, ele passa a maior parte do tempo com a pequena Eva. O amor e a bondade dos quais ela fala constantemente influenciam as pessoas que a rodeiam, convencendo-as do seu próprio valor e o das outras pessoas. Eva consegue convencer até mesmo a travessa garota escrava Topsy que ela merece ser amada, e toca o coração da sua severa tia, srta. Ophelia, que tinha vindo de Vermont para administrar a fazenda porque a sra. St. Clare é hipocondríaca.

O contentamento de Tom não dura muito, no entanto, porque Eva logo adoece. Agonizante, ela pede que todos os escravos fiquem ao redor da sua cama, onde ela dá a cada um deles um cacho dos seus cabelos dourados, dizendo que eles precisam ser cristãos para poderem se reencontrar no Céu. Ela implora ao sr. St. Clare para libertar Tom após sua morte. Entretanto, o sr. St. Clare fica tão abalado pela morte da filha que ele não chega a libertar Tom legalmente, e também acaba morrendo esfaqueado ao tentar apartar uma briga num bar.

A sra. St. Clare vende os escravos para pagar as dívidas do seu marido, e o deplorável Simon Legree compra Tom. Legree é um bêbado que espanca brutalmente seus escravos. Somente Cassy, uma das suas escravas, desafia seu senhor ameaçando fazer vudu para ele. Cassy tenta ajudar Tio Tom, mas ele é um pacifista e não irá resistir às terríveis surras que Legree lhe dá.

Enquanto isso, o sr. Shelby conseguira dinheiro e vinha procurando por Tom para comprá-lo e libertá-lo. Depois de muito procurar, finalmente Shelby chega à fazenda de Legree. Infelizmente, ele chega tarde demais. Tom está no fim das suas forças e acaba morrendo.

Após o enterro de Tom, Shelby toma um vapor para o Kentucky, onde ele encontra Cassy e Emmeline, outra escrava de Legree, que estavam fugindo da fazenda. Mais tarde, os três encontram Emily de Thoux, que é a irmã de George Harris, e descobrem que Cassy é mãe de Eliza. De volta ao Kentucky, Shelby liberta seus escravos. Cassy, Emmeline e Emily viajam para o Canadá, onde eles se reencontram com Eliza e George. Cassy e a família Harris eventualmente viajam para a Libéria para fundar uma colônia para ex-escravos. A história conclui com um manifesto sobre a crueldade da escravidão e faz um apelo para que ela seja abolida.

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Resumo: Bel-Ami (Guy de Maupassant)

Bel-Ami

A história se passa na França e começa em junho de 1880. Georges Duroy, suboficial devolvido à vida civil, é um belo rapaz pouco escrupuloso. Novamente empregado nas estradas de ferro do norte, ele perambula pelos boulevards parisienses em busca de fortuna e riqueza. Ele encontra Charles Forrestier, um antigo camarada de regimento, que o recomenda ao diretor do jornal onde trabalha, “La Vie Française”. Graças ao apoio do seu amigo, Georges é contratado como repórter, o que lhe permite duplicar seu salário.

O jovem descobre as salas de redação e os bastidores da vida parisiense. Ele agrada às mulheres e está decidido a subir na vida se aproveitando disso. A sra. Forrestier, esposa do seu amigo, lhe dá conselhos e o ajuda a redigir seus primeiros artigos. Depois, Georges conhece Clotilde de Marelle, uma simpática burguesa boêmia, que lhe dá uma educação sentimental bastante liberal. Laurine, a pequena filha da sra. de Marelle, o apelida de “Bel-Ami” (“Belo Amigo”).

Ofendido em certa ocasião pelo seu amigo Forrestier, Georges decide vingar-se seduzindo a esposa dele. No dia seguinte, ele declara seu amor à sra. Forrestier. No entanto, ela o mantém à distância e explica que está disposta a ser sua amiga, mas não sua amante. Sensível à admiração devotada pelo rapaz, ela sugere que ele faça uma visita à esposa do seu diretor, sra. Walter, que certa vez confidenciou que o aprecia muito. Duroy aceita seu conselho. Ele visita a sra. Walter e a seduz por seu espírito. Ela faz com que ele seja nomeado responsável pelos despachos, o que lhe vale um aumento.

Na ausência do seu amigo Forrestier, doente, Georges Duroy assina vários artigos de fundo. Um dos artigos provoca uma resposta ofensiva do redator de um outro pequeno jornal, que está em busca de publicidade. Sentindo que a honra do seu jornal está em jogo, o sr. Walter insiste com Georges para que ele enfrente o ofensor num duelo. Georges acaba sendo constrangido a aceitar o duelo. Angustiado pela ideia de morrer, Duroy não prega o olho durante a noite.

No dia seguinte, ao amanhecer, ele se dirige ao bosque de Vesinet para o duelo. Os dois adversários atiram um no outro, mas ambos erram e acabam ilesos. Todo o episódio vale uma bela publicidade para os dois. Este ato de coragem permite a Georges ganhar a estima do diretor, o qual lhe oferece uma nova promoção. Além do seu posto de responsável pelos despachos, ele passa a ser articulista. Duroy também consegue que sua amante, Clotilde de Marelle, o aloje no apartamento da rue de Constantinople. Além disso, ela o convida a jantar em sua casa todas as quintas-feiras, pois seu marido, o sr. de Marelle, o aprecia muito…

Em fevereiro, Georges recebe uma carta de Madeleine Forrestier. Ela pede que ele venha encontrá-los em Cannes o mais rapidamente possível, pois Charles estava muito mal. Ele vai até lá e se instala ao lado do leito de Forrestier, que agoniza. Ele morre poucos dias depois. Durante o velório, Georges propõe a Madeleine que ela se case novamente com ele. Ela prefere não dar uma resposta por enquanto. Depois do enterro de Charles, ela o acompanha até à estação de trem. Ao retornar a Paris, Duroy nutre grandes esperanças.

Alguns meses depois, Madeleine aceita casar-se com Bel-Ami. Ambiciosa e aspirando a um título de nobreza, ela convence Georges a assinar seus artigos como “Du Roy” ou “Du Roy de Cantel”. Georges se torna redator político e os dois escrevem seus artigos em conjunto. Eles definem como objetivo ajudar o deputado Laroche-Mathieu a chegar ao poder. Mas Georges tem dificuldade em esquecer seu amigo Forrestier. Ter assumido seu lugar não mais o satisfaz e ele desenvolve uma inveja obsessiva pelo falecido.

Georges descobre mais tarde que o deputado Laroche-Mathieu tem cortejado sua esposa de forma explícita e insistente. Ele sente um ciúme feroz e decide se vingar. Ele se esforça em seduzir a esposa do seu diretor, Virginie Walter e consegue transformá-la em sua amante.

Virginie confidencia a ele que Laroche-Mathieu, que tornara-se Ministro do Exterior, e seu marido, o sr. Walter, tinham organizado uma especulação muito lucrativa no Marrocos. Georges se enfurece por não ter tido a confiança de sua esposa. Ele decide que doravante buscará apenas seu sucesso a qualquer preço.

Duroy chantageia sua esposa e consegue extorquir dela metade da herança que ela recebera de um velho amante milionário, o Conde de Vaudrec. Mais tarde, ele consegue surpreendê-la em flagrante delito de adultério e obtém o divórcio.

Durante uma recepção organizada na casa dos Walter, ele concebe o plano de se casar com Suzanne, a filha do casal, movido pela ambição, não por amor. Ele consegue seduzir Suzanne e diz que irá raptá-la para obter a autorização do seu pai para que eles casem.

Os dois se casam na Igreja da Madeleine em outubro de 1883. O Barão Du Roy de Cantel sai da igreja de braço dado com sua nova esposa. Ele agora tem um título de nobreza e é um homem rico; em breve, será deputado e depois ministro.

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Resumo: Alice no País do Espelho (Lewis Carroll)

Alice no País do Espelho

Alice está em casa, sentada na sua poltrona, preguiçosamente observando sua gatinha Kitty desenrolar um novelo de lã. Ela pega Kitty e começa a falar com ela sobre a “Casa do Espelho”, um mundo imaginário no outro lado do espelho, onde tudo é ao contrário. Alice subitamente se vê na cornija da lareira e entra através do espelho. Do outro lado, Alice descobre um quarto semelhante ao seu mas com várias diferenças estranhas. As peças de xadrez estão em pares na lareira, tão distraídas que não notam a presença de Alice. Ela tenta ajudar Lily, a filha da Rainha Branca, mas nota que as peças de xadrez não podem vê-la. Alice se distrai com um livro na estante, no qual ela lê um poema absurdo chamado “Jabberwocky”. Frustrada pelo estranho poema, ela se afasta para explorar o resto da casa.

Alice deixa a casa e avista um lindo jardim ao longe, mas toda vez que ela tenta seguir o caminho para o jardim ela retorna para a porta da casa. Confusa, ela pensa em voz alta como chegar ao jardim e, para sua surpresa, um Lírio responde. Outras flores se juntam à conversa e várias delas começam a insultar Alice. Através das flores, Alice descobre que a Rainha Vermelha está nas redondezas e parte em busca dela. Alice encontra a Rainha Vermelha e as duas começam a conversar, mas a Rainha constantemente corrige o modo de falar de Alice. Alice vê um campo onde está em andamento um grande jogo de xadrez, e diz à Rainha Vermelha que gostaria de participar dele. A Rainha Vermelha fala que Alice pode entrar no jogo como um Peão Branco e indica um caminho para Alice, explicando que ela se tornará uma Rainha quando atingir o fim do jogo.

Inexplicavelmente, Alice se vê num trem com um Bode, um Besouro e um homem vestido de papel branco. Cada um deles importuna Alice até que o trem eventualmente diminui balançando até parar. Alice se vê numa floresta, conversando com um Mosquito do tamanho de uma galinha, o qual fala sobre os diversos tipos de insetos do País do Espelho. Depois de aprender os nomes dos insetos, Alice parte novamente e descobre que tinha esquecido os nomes das coisas, incluindo o seu próprio nome. Ela se encontra com um Gamo, que também tinha esquecido os nomes das coisas, e os dois continuam através da floresta.

Quando Alice e o Gamo saem da floresta, os nomes voltam às suas memórias, e o Gamo foge de medo de Alice. Ela marcha sozinha até que encontra Tweedledum e Tweedledee, um par de homens corpulentos. Alice pergunta aos dois várias vezes que direção deve tomar, mas os gêmeos a ignoram e preferem recitar um poema. Tweedledum e Tweedledee notam que o Rei Vermelho está dormindo ali perto e explicam a Alice que ela existe somente por ser inventada pelo sonho do Rei. No início, ela se aborrece, mas depois conclui que os dois estão falando absurdos. Os gêmeos começam a brigar por causa de um guizo quebrado. Um corvo gigante se atira sobre eles e interrompe a briga, fazendo Tweedledum e Tweedledee saírem correndo.

Alice foge e encontra a Rainha Branca, que explica que o tempo corre de trás para frente no País do Espelho. Enquanto elas falam, a Rainha Branca põe um curativo no dedo, depois grita de dor e finalmente espeta seu dedo num broche. Depois de explicar a Alice que ela costuma praticar o impossível todo dia, ela se transforma numa ovelha dentro de uma loja. A Ovelha pergunta à desorientada Alice o que ela gostaria de comprar. Embora a loja esteja repleta de coisas curiosas, Alice descobre que não consegue fixar seu olhar em nenhuma delas. A Ovelha pergunta a Alice se ela sabe remar. Antes que ela possa responder, Alice se vê num barco com a Ovelha, remando por um riacho no sentido da correnteza. O bote bate em alguma coisa e Alice é lançada no solo. Quando ela se levanta, ela está de volta à loja. Ela compra um ovo da Ovelha, que o coloca numa prateleira. Alice tenta alcançar o ovo e se vê de volta à floresta, enquanto o ovo se transforma em Humpty Dumpty.

Humpty Dumpty está sentado no alto de um muro e critica Alice por ter um nome que não significa nada, explicando que todos os nomes deveriam significar alguma coisa. Humpty Dumpty trata Alice rudemente, gabando-se que ele pode mudar o significado das palavras à vontade. Quando Alice ouve isto, ele pede que Humpty Dumpty explique a ela as palavras do poema absurdo ”Jabberwocky”. Ele define as palavras da primeira estrofe e depois recita um pedaço do seu próprio poema. Ele abruptamente diz adeus a ela e Alice vai embora, irritada. Subitamente, um estrondo sacode a floresta e ela avista soldados e cavaleiros passando correndo.

Alice encontra o Rei Branco, que explica a ela que tinha enviado todos os seus cavalos e seus homens, supostamente para colar os pedaços do quebrado Humpty Dumpty. Haigha, o mensageiro do Rei, chega e os avisa que o Leão e o Unicórnio estão lutando na cidade. Alice vai com seus novos companheiros rumo à cidade para assistir à luta. Eles alcançam Hatta, outro Mensageiro do Rei, que explica os eventos da luta até o momento. O Leão e o Unicórnio param de lutar e o Rei Branco ordena que sejam servidos refrescos. O Rei Branco manda Alice cortar o bolo, mas ela descobre que, toda vez que ela corta o bolo, os pedaços se juntam outra vez. O Unicórnio ensina a Alice que bolos no País do Espelho precisam ser servidos antes de serem cortados. Alice distribui o bolo mas, antes que eles comecem a comer, um grande barulho os interrompe. Quando Alice olha, ela se acha sozinha outra vez.

O Cavalo Vermelho chega galopando e toma Alice como prisioneira. O Cavalo Branco chega ao lado de Alice e derrota o Cavalo Vermelho. Alice e o Cavalo Branco conversam enquanto caminham juntos, e eles ficam amigos. Ele promete levá-la em segurança até a última casa, onde ela se tornará uma rainha. Enquanto caminham, ele conta sobre suas invenções antes de despedi-la com uma canção. Ela atravessa o regato final e se vê sentada na margem com uma coroa na cabeça.

Alice se vê na companhia da Rainha Vermelha e da Rainha Branca, que fazem perguntas a ela sem parar, antes de adormecerem no seu colo. O som do ronco das duas lembra música. O som é tão perturbador que Alice não nota quando as duas rainhas desaparecem. Alice descobre um castelo com um grande portão onde está escrito ”Rainha Alice”. Alice entra pelo portão e encontra um grande banquete em sua homenagem. Ela se senta e começa a comer, mas a festa rapidamente desanda num caos completo. Irritada, Alice arremessa a toalha de mesa para longe e apanha a Rainha Vermelha.

Alice desperta do seu sonho e se vê segurando Kitty. Ela pensa em voz alta se suas aventuras tinham sido seu sonho ou um sonho do Rei Vermelho.

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Resumo: Uma Vela para Dario (Dalton Trevisan)

Uma Vela para Dario

O conto narra a história de um homem chamado Dario, que, enquanto caminha pelas ruas de uma cidade, sente-se mal e cai. As pessoas próximas o socorrem, mas não conseguem ajudá-lo muito. Afrouxam sua gravata e seu cinto; pegam seus documentos para avisar algum parente, mas o endereço é de outra cidade; tentam carregá-lo até uma farmácia, mas ele é muito pesado e a farmácia é distante. Ao mesmo tempo em que alguns o ajudam, outros se aproveitam da impotência de Dario para furtar seus pertences (cada tentativa de ajuda se contrapõe a um objeto de valor desaparecido).

Dario agoniza lentamente. Ele é deixado na calçada, encostado numa parede, enquanto as pessoas discutem como ajudá-lo. Ninguém se compromete muito. Finalmente, Dario morre, e seu corpo é deixado na rua, já sem nada de valor. Alguém acende uma vela, enquanto começa a chover e as pessoas se afastam.

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Resumo: As Torres de Barchester (Anthony Trollope)

As Torres de Barchester

A história se passa na Inglaterra, na imaginária cidade de Barchester, dominada pela sua Catedral anglicana.

Logo após a morte do amado bispo, a expectativa dos cidadãos é que o posto irá passar par ao seu filho, o Arquidiácono Grantly. No entanto, devido à mudança do Primeiro-Ministro, que tem o poder de fazer a indicação, a sé é ganha pelo Bispo Proudie, um recém-chegado à cidade. Além disso, sua esposa, a sra. Proudie, exerce uma forte influência sobre o novo bispo, o que a torna impopular com os membros conservadores do clero e suas famílias. Sua interferência na recondução do popular Septimus Harding como diretor do hospital não é bem recebida, embora ela conceda o posto a um clérigo pobre e com uma grande família para sustentar.

O novo capelão, o hipócrita Obadiah Slope, consegue se tornar ainda menos popular do que a sra. Proudie. Ele se interessa por Eleanor Bold, a rica filha viúva de Harding, e tenta ganhar sua estima interferindo na controvérsia sobre a direção do hospital. O bispo – ou melhor, o sr. Slope atuando sob ordens da sra. Proudie – também ordena que o Dr. Vesey Stanhope retorne da Itália. Ele estivera lá por doze anos recuperando-se de um problema na garganta, e passara seu tempo colecionando borboletas. Ele traz sua esposa, seu filho e suas duas filhas. A mais nova, Signora Madelina Vesey Neroni, é uma mulher charmosa e volúvel, que tem uma filha pequena com um misterioso marido que ela abandonara. A sra. Proudie se escandaliza com ela e a considera uma péssima influência sobre suas filhas, seus criados e o sr. Slope. Este é atraído por ela como uma mariposa é atraída pela luz, e não consegue se desembaraçar da sua influência. Por outro lado, o filho de Stanhope, Bertie, é um homem com grande capacidade de gastar dinheiro e nenhum talento para ganhá-lo. Suas duas irmãs pensam que um casamento com a rica Eleanor Bold seria ideal para sustentá-lo e pagar suas dívidas.

O clero local convoca o brilhante clérigo Francis Arabin para apoiá-los na guerra contra os Proudie. O sr. Arabin é um respeitável professor, membro do Lazarus College de Oxford, que quase se passara para a Igreja Católica por influência do seu mentor John Henry Newman. Ele se sente genuinamente atraído por Eleanor, mas os esforços do Arquidiácono Grantly e sua esposa em impedirem que ela case com o sr. Slope também interferem em qualquer relacionamento que possa surgir.

Finalmente, a situação chega a um desfecho durante uma festa no jardim dos Ullathorne. O sr. Slope pede Eleanor em casamento e recebe um tapa pela sua pretensão; Bertie também propõe casamento e é rejeitado; e a Signora tem uma conversa com o sr. Arabin. O jogo duplo de Slope é revelado e ele é dispensado pela sra. Proudie e pela Signora.

A Signora conversa discretamente com várias pessoas e o sr. Arabin e Eleanor se tornam noivos. Como o antigo deão da Catedral havia morrido, logo se torna evidente que o sr. Arabin assumirá o posto, que inclui uma bela casa, um jardim enorme e uma renda ainda maior que a da sua futura esposa.

A história termina com o retorno dos Stanhope para a Itália e a vida na Catedral volta à sua antiga quietude.

 

Resumo: Senhorita Júlia (August Strindberg)

Senhorita Júlia

A peça se passa na cozinha do solar do Conde na noite de São João. Cristina, a cozinheira, está fritando algo quando chega o valete Jean, dizendo que a senhorita Júlia, filha do Conde, está atacada esta noite. Ele declara que dançara com a senhorita Júlia no celeiro. Cristina observa que a senhorita Júlia tinha ficado agressiva pouco antes de romper seu noivado. De acordo com Jean, o noivo da senhorita Júlia a abandonara depois que ela tentara treiná-lo, fazendo com que ele pulasse sobre seu chicote de montaria no curral enquanto ela batia nele. A senhorita Júlia aparece na porta, e Jean torna-se polido e charmoso. Júlia o convida para dançar numa festa. Ele hesita, alertando-as sobre os perigos dos mexericos, mas a acompanha até a festa.

Enquanto os dois estão ausentes, Cristina limpa a cozinha. Jean e Júlia voltam e flertam um pouco mais. Cristina adormece perto do forno. Obedecendo ordens de Júlia, Jean ajoelha-se zombeteiramente e beija os pés dela. Como num transe, Júlia declara que estava descendo da sua posição social. Jean tinha sonhado exatamente o contrário, ansiando por melhorar seu status. Júlia pergunta a Jean se ele já se apaixonara antes. Ele diz que, quando criança, adoecera de amor por ela. Ele crescera numa terra desolada, e o belo jardim do Conde era visível da janela do seu quarto. Certo dia, enquanto plantava cebolas, Jean avistara uma pequena casa no estilo turco na propriedade do Conde. Encantado com sua beleza, Jean entrara lá escondido, mas logo ouve alguém chegando. Encurralado, ele foge pelo fundo da casa até chegar a um jardim de rosas, onde Júlia estava passeando. Apaixonado, Jean observou Júlia caminhar entre as rosas. No domingo seguinte, ele foi à igreja, determinado a ver Júlia mais uma vez, e então tentara suicídio.

Comovida, Júlia pede a Jean para levá-la ao lago. Novamente, Jean a avisara sobre os perigos para sua reputação. Subitamente, ouve-se a aproximação dos camponeses que chegam para a festa de São João. Jean diz que eles estão cantando uma canção pesada sobre eles dois e sugere que eles saiam da cozinha. Os dois saem. Os camponeses entram e dançam ao redor da cozinha durante algum tempo. Júlia e Jean retornam à cozinha. Fica implícito que eles fizeram sexo. Gesticulando para a multidão murmurante, Jean declara que é impossível ficar no solar. Ele sonha em viajar para o norte da Itália e abrir um hotel. Júlia implora a Jean que ele declare seu amor, pois ela tinha se apaixonado por ele. Subitamente, Jean começa a se comportar friamente, como se nada tivesse acontecido. Júlia diz que ele precisa de capital para abrir um hotel, e ela não tem um centavo no nome dela. Jean diz que, nesse caso, os planos estão cancelados. Júlia fica histérica, imaginando como ela pode viver com todos a desprezando pelas suas costas. Jean não demonstra nenhuma simpatia, chamando-a de prostituta e revelando que a história do jardim de rosas era mentira. Arrasada, Júlia diz que merece o abuso dele.

Jean propõe novamente que eles fujam. Júlia quer primeiro contar sua vida a ele. Acreditando na independência feminina, a mãe de Júlia arruinara a propriedade. Quando o pai de Júlia finalmente assumira o comando, sua mãe adoecera. Logo depois, um misterioso incêndio destruíra a propriedade. A mãe de Júlia sugerira ao pai dela pegar dinheiro emprestado com um amigo do casal para reconstruir a fazenda. Jean diz que a mãe de Júlia causara o incêndio e que o amigo era amante dela. Júlia ficou do lado da mãe e crescera odiando os homens, tal como ela. Jean se cansa da conversa de Júlia e diz que ela está doente. Júlia implora que ele diga o que ela deve fazer. Aterrorizado com a possível reação do Conde, Jean ordena que ela fuja. Júlia sai para se preparar para a partida.

Chega Cristina, lembrando a Jean que ele planejara se encontrar com ela na igreja. O sermão da manhã é sobre a decapitação de São João Batista. Jean confessa ter se deitado com Júlia. Desgostosa, Cristina decide que não pode permanecer na casa. Subitamente, os dois ouvem ruídos no andar de cima; o Conde tinha retornado. Cristina sai. O sol nasce, quebrando o encanto da noite de São João. Vestida para viajar, Júlia aparece com uma pequena gaiola com um canário. Ela implora a Jean que venha com ela. Ele aceita, mas insiste em que ela deixe o canário para trás, e se oferece para matá-lo. Jean decapita o pássaro num cepo. Júlia grita para que ele a mate também, enquanto se aproxima do cepo, como que em transe. Ela exclama que quer ver a cabeça de Jean num cepo e quer que todos os homens nadem em sangue. Ela pede para ficar, esperar seu pai e confessar tudo. O Conde irá morrer de desgosto.

Cristina chega e Júlia implora que ela a ajude, mas Cristina recusa. Desesperada, Júlia sugere que os três fujam juntos e abram aquele hotel. Cristina fala sobre a redenção deles, dizendo que os últimos serão os primeiros. Cristina sai, prometendo falar com o rapaz do estábulo para impedir qualquer tentativa de fuga deles. Derrotada, Júlia pergunta a Jean o que ele faria no lugar dela. Ela pega a navalha dele e golpeia o ar. A campainha toca duas vezes; é o Conde. Exausta, Júlia pede que Jean a ajude, dizendo que o obedecerá como um cão faria se ele a ajudar a salvar seu pai da desgraça.

Jean fica imobilizado pelo som da voz do Conde. Júlia diz a ele para fingir que é o Conde e hipnotizá-la. Jean murmura as instruções fatais no ouvido dela. Júlia pede a Jean para dizer primeiro que ela receberá a graça. Ele não pode prometer a graça a ele, mas diz que ela definitivamente está entre os últimos. A campainha soa duas vezes, e Jean dirige Júlia para sua morte. Ela sai pela porta.

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  • Artigo link externo sobre August Strindberg na Wikipedia.

Resumo: Reabilitação Quase Frustrada (O. Henry)

Reabilitação Quase Frustrada

A história se passa nos Estados Unidos. Jimmy Valentine, um elegante arrombador de cofres, deixa a penitenciária onde estivera cumprindo pena, depois que alguns amigos influentes conseguiram para ele o perdão do governador. Ele recupera seu estojo de ferramentas, o melhor que existia no país, e prossegue nas suas atividades de cidade em cidade, esvaziando os cofres mais invioláveis.

Certo dia, ao chegar numa cidadezinha, ele se depara com a linda Annabel Adams; imediatamente, Jimmy se apaixona e percebe ser correspondido. Como ela é a filha do presidente do banco que ele viera assaltar, Jimmy resolve se regenerar e começar uma nova vida. Ele se apresenta como Ralph Spencer, um comerciante da Costa Leste que pensava em se estabelecer na cidade. Com suas roupas elegantes e a palavra fácil, todas as portas se abrem para ele. Em menos de um ano, Jimmy monta uma elegante sapataria e se torna muito popular. Logo ele marca seu casamento com Annabel.

Faltando uma semana para o casamento, Jimmy resolve se livrar do estojo de ferramentas, dando-o de presente para um antigo comparsa. Ele marca um encontro com ele na porta do banco e se dirige para lá, com o estojo nas mãos.

No mesmo dia, chegara à cidade o detetive Ben Price, que prendera Jimmy várias vezes. Ele estava na pista de um arrombador de cofres com características muito semelhantes às de Jimmy, mas tudo apontava para um cidadão de nome Ralph Spencer.

No banco, estava se realizando uma cerimônia importante, com a presença de todas as pessoas importantes da cidade: a inauguração de um novo cofre-forte, totalmente à prova de ladrões. No entanto, uma tragédia acontece: o irmão mais novo de Annabel se tranca no cofre por dentro e fica irremediavelmente preso. A vida dele corre sério risco. Apenas uma pessoa poderia abrir o cofre e salvar o menino: o rei dos arrombadores, Jimmy Valentine.

Mesmo sabendo que, se abrir o cofre, arruinará sua reputação de homem honesto, Jimmy decide fazer o que era certo. Ele arregaça as mangas, pega seu estojo de ferramentas e começa a trabalhar. Vinte minutos depois, o cofre se abre e o menino sai de lá são e salvo. Mais uma façanha realizada pelo fabuloso arrombador.

Sem saber direito o que fazer, Jimmy começa a sair do banco, mas é chamado pelo detetive. Jimmy se volta e saúda Ben, esperando pela sua voz de prisão. Para seu espanto, Ben o cumprimenta, dizendo que jamais o vira antes e vai embora, deixando Jimmy livre para começar sua nova vida honesta.

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Resumo: Porgy e Bess (DuBose Heyward / George Gershwin)

Porgy and Bess

A história se passa em Charleston, na Carolina do Sul, Estados Unidos, na década de 1920.

O cortiço de Catfish Row está animado. Porgy, um aleijado, está apaixonado por Bess, cujo namorado, Crown, joga com outros homens. Quando Robbins, um dos jogadores, ganha nos dados, Crown o esfaqueia num acesso de fúria. A polícia chega, Crown foge e Bess se refugia com Porgy. Serena, a esposa de Robbins, chora sua morte com amigos em seu quarto. Um detetive a interroga e prende um suspeito inocente.

Porgy e Bess se apaixonam. No entanto, durante um piquenique numa ilha onde Crown se esconde, Bess se deixa seduzir por ele novamente. De volta a Catfish Row, Bess, atormentada, jura a Porgy que o ama. Com a chegada de um furacão, todos cantam pela proteção de Deus. De repente, Crown volta em busca de Bess, mas então arrisca a vida para salvar um pescador apanhado pela tempestade, sem sucesso.

Todos consolam a viúva do pescador. Como Crown insiste em levar Bess, Porgy o esfaqueia. O detetive leva Porgy para identificar o corpo de Crown. Após uma semana na prisão por desacato, Porgy descobre que Bess fugiu para Nova York com o traficante Sportin’ Life. Ele nem sabe onde fica Nova York, mas põe-se na estrada para encontrá-la.

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  • Artigo link externo sobre DuBose Heyward na Wikipedia.
  • Artigo link externo sobre George Gershwin na Wikipedia.

 

Resumo: A Normalista (Adolfo Caminha)

A Normalista

Maria do Carmo é uma menina do interior do Ceará que foge da seca com sua família para Fortaleza. Devido à morte da mãe e a migração do pai, ela passa a viver na casa de seu padrinho, o amanuense João da Mata, amigado com Dona Terezinha. Maria do Carmo é educada em colégio de orientação religiosa até tornar-se aluna da Escola Normal, ocasião em que se revela, aos olhos sedentos do padrinho, uma mulher já madura em seus atributos de feminilidade e extremamente atraente.

Maria do Carmo inicia, contra a vontade de João da Mata que se mortifica de ciúmes, um namoro com Zuza, jovem estudante de Direito e filho de um dos coronéis da cidade. A relação, que a princípio tem a possibilidade de levar a um compromisso mais sério, é comentada maliciosamente em toda a cidade, e provoca a desaprovação do pai do rapaz, que exige o seu imediato retorno ao Recife para concluir seus estudos.

Enquanto isso, João da Mata, que planeja um meio de conseguir seduzir a afilhada, rompe as relações com Dona Terezinha, pois esta desconfiava de suas intenções, e hostiliza Zuza cada vez mais. Uma noite, entra sorrateiramente no quarto de Maria do Carmo e, fazer do uso de argumentos enganosos e valendo-se da situação propícia em que se encontravam, consegue o que queria.

Maria engravida, e tem que se afastar da cidade para evitar um escândalo maior, esperando o nascimento do bebê em uma casa isolada de uns amigos de João da Mata. O seu filho morre, em decorrência de um acidente durante o parto. Apesar dos comentários de toda a sociedade de Fortaleza, a normalista retoma sua vida de sempre e é redimida pela mesma sociedade ao preparar-se para o casamento com o alferes Coutinho.

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