Resumo: Robinson Crusoé (Daniel Defoe)

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Robinson Crusoé é um jovem de cerca de dezoito anos que mora em Hull, Inglaterra. Embora seu pai deseje que ele se torne um advogado, Crusoé sonha com viagens pelo mar. Ele despreza o fato de seus dois irmãos terem partido por causa do seu desejo de aventuras. Seu pai o avisa que uma vida de classe média é mais estável, mas Robinson o ignora. Quando seus pais se recusam a deixá-lo fazer pelo menos uma viagem, ele foge de casa com um amigo e consegue passagem grátis para Londres. O azar começa imediatamente, sob a forma de mau tempo. O navio é forçado a atracar em Yarmouth. Quando o amigo de Crusoé descobre as circunstâncias pelas quais ele deixou sua família, ele fica zangado e diz que ele jamais deveria ter vindo ao mar. Eles partem, e Crusoé faz seu caminho até Londres por terra. Ele pensa por algum tempo em retornar para casa, mas não suporta a ideia de ser humilhado. Ele consegue embarcar em outro navio que está zarpando para a Guiana. Uma vez lá, ele pretende se tornar um comerciante. No caminho, o navio é atacado por piratas turcos, que capturam a tripulação e os passageiros e os levam até Salé, um porto mourisco. Robinson se torna um escravo. Durante dois anos ele planeja uma fuga. Uma oportunidade aparece quando ele é enviado com dois jovens mouros para pescar. Crusoé arremessa um deles ao mar e diz ao outro, chamado Xury, que ele pode ficar se ele for fiel. Eles ancoram no que parece ser uma terra desabitada. Pouco depois eles descobrem que ali vivem negros. Esses nativos são muito amistosos com Crusoé e Xury. Em um certo momento, eles vêem um navio português à distância. Eles conseguem remar atrás dele e atrair a atenção de quem estava a bordo. O capitão é gentil e diz que eles os trará a bordo e os levará ao Brasil.

Robinson vai para o Brasil e deixa Xury com o capitão. O capitão e uma viúva na Inglaterra são os guardiães financeiros de Crusoé. No novo país, Robinson observa que muita riqueza vem das fazendas, e resolve comprar uma. Depois de alguns anos, ele tem alguns sócios, e todos estão indo muito bem financeiramente. Crusoé recebe uma oferta para iniciar uma nova atividade mercantil. Estes homens desejam negociar com escravos, e querem que Robinson seja o chefe do posto comercial. Embora ele saiba que já tem dinheiro suficiente, Crusoé decide aceitar e fazer a viagem até o novo posto. Um terrível naufrágio acontece e Robinson é o único sobrevivente. Ele consegue chegar até a costa de uma ilha, onde permanecerá por vinte e sete anos.

Logo após o naufrágio, ele vai diversas vezes aos destroços do navio, e consegue trazer muitas provisões. Com o tempo, Robinson recria sua vida na Inglaterra, construindo casas e ferramentas, aprendendo a cozinhar, criando cabras e cultivando plantações. No início ele se sente muito miserável, mas adota a religião como um remédio para sua infelicidade. Ele consegue se convencer que vive uma vida muito melhor ali do que na Europa – muito mais simples, muito menos insana. Ele acaba por gostar da sua soberania sobre toda a ilha. Certa vez ele tenta usar um barco para explorar o resto da ilha, mas ele quase se afoga, e decide não repetir a tentativa. Ele tem animais de estimação aos quais trata como se fossem súditos, pois não há sinais de outros seres humanos.

Após quinze anos da sua chegada, ele vê uma pegada. Mais tarde, ele observa selvagens devorando prisioneiros. Ele descobre que esses canibais não vivem na ilha, mas vêm em canoas de uma terra não muito distante. Robinson se sente furioso e ultrajado, e resolve salvar os prisioneiros da próxima vez que os selvagens aparecerem. Alguns anos mais tarde, eles retornam. Usando suas armas, Crusoé os assusta e eles abandonam um prisioneiro, a quem ele chama de Sexta-Feira.

Sexta-Feira é extremamente grato e se torna um servo devotado de Robinson. Ele aprende um pouco de inglês e adota a religião cristã. Por alguns anos os dois vivem felizes. Então, chega outro barco de selvagens com três prisioneiros. Juntos, Crusoé e Sexta-Feira conseguem salvar dois deles. Um é um espanhol; o outro é o pai de Sexta-Feira. O seu encontro é muito festivo. Ambos tinham vindo da terra próxima. Depois de alguns meses, eles partem para trazer o resto dos homens do espanhol. Crusoé fica feliz ao ver que sua ilha está sendo povoada.

Antes que o espanhol e o pai de Sexta-Feira possam retornar, um barco com homens europeus chega à ilha. Eles trazem três prisioneiros. Enquanto a maioria dos homens está explorando a ilha, Crusoé conversa com um dos prisioneiros e descobre que ele é o capitão de um navio cuja tripulação se amotinou. Robinson diz que ele os ajudará, desde que eles deixem a soberania da ilha para ele, e que eles prometam levá-lo e a Sexta-Feira para a Inglaterra de graça. Eles concordam com as condições de Crusoé. Juntos, o pequeno exército consegue capturar o resto da tripulação e retomar o navio. Robinson e Sexta-Feira são levados para a Inglaterra, como prometido.

Embora Crusoé tenha estado ausente por trinta e cinco anos, ele descobre que suas fazendas renderam muito dinheiro e ele está muito rico. Ele dá dinheiro ao capitão português e à viúva que tinham sido tão gentis com ele. Ele volta ao interior da Inglaterra e se estabelece lá, casando-se e tendo três filhos. Quando sua esposa morre, ele novamente parte para o mar.

Veja Também:

  • Artigo sobre Daniel Defoe na Wikipedia.

 

Resumo: O Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien)

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A história se passa na Terra Média, nos últimos dias da Terceira Era do Mundo. Ela é dividida em três grandes partes e conta as lutas travadas pela posse do Anel.

Nos primórdios do tempo, os deuses forjaram Anéis do Poder e os deram às diversas raças que povoavam o mundo. Nove anéis foram dados aos reis dos homens, sete anéis aos reis dos anões e três anéis aos reis dos elfos. Entretanto, Sauron, um deus maligno, aprendeu o segredo da criação dos anéis e forjou O Anel, tão poderoso que era capaz de dominar todos os outros. De posse do Anel, ele espalhou o Mal sobre o mundo, escravizando os reis dos homens e transformando-os nos Cavaleiros Negros, servos do Anel. Numa batalha titânica entre as forças do Bem e do Mal que marcou o final da Segunda Era, o Anel foi arrancado de Sauron e as forças do Mal foram derrotadas. Sauron perdeu sua forma corporal e seu espírito ficou preso na Terra de Mordor. A história das duas primeiras Eras do Mundo, incluindo a criação dos Anéis do Poder e a derrota de Sauron, é contada no livro “O Silmarillion”.

Quanto ao Anel, ele desapareceu após a batalha. Depois de causar muitos males, ele caiu nas mãos de Gollum, um antigo hobbit que foi pervertido pela força maléfica do Anel, passando a viver isolado numa caverna escura e cheia de água fétida. O livro “O Hobbit” narra uma série de aventuras vividas pelo hobbit Bilbo Baggins, que acidentalmente toma posse do Anel e o leva para o Condado.

No início da história, Bilbo ainda está com o Anel, mas não tem uma noção clara do seu poder maligno. Ele o conserva porque ele permite ao seu portador ficar invisível, o que é bastante útil. Embora Bilbo não saiba, o Anel tem outros dois efeitos sobre quem o usa: ele prolonga a vida do seu portador e causa um desejo poderoso de posse, podendo chegar a atos perversos para conservar o Anel.

Livro I – A Irmandade do Anel

No seu aniversário, Bilbo dá uma grande festa e convida todos os seus amigos e parentes do Condado. No meio da festa, ele anuncia a sua aposentadoria, se despede de todos e desaparece, colocando o Anel no dedo. Mais tarde, ele deixa uma mensagem de despedida para seu sobrinho Frodo, legando todos os seus bens para ele. Por insistência do feiticeiro Gandalf, ele também deixa o Anel, embora fique muito relutante em abandoná-lo. Bilbo parte para Rivendell, a casa de Elrond, o chefe dos elfos da floresta.

Gandalf se encontra com Frodo e o alerta sobre o poder do Anel. Ele aconselha que Frodo saia do Condado o mais rapidamente possível, pois Sauron já sabe do paradeiro do Anel e não descansará enquanto não recuperá-lo. Frodo oferece o Anel a Gandalf, que o recusa com violência. Gandalf diz que ele deve decidir o destino do Anel após uma conversa com Elrond. Frodo se prepara para realizar a perigosa viagem sozinho, mas ele acaba sendo acompanhado pelo seu criado Samwise (Sam) e seus amigos Meriadoc (Merry) e Peregrino (Pippin). Guiados por Gandalf, os quatro seguem na direção da casa de Elrond. O feiticeiro se separa temporariamente dos hobbits e promete encontrá-los em Rivendell.

Logo eles enfrentam os perigos de uma floresta com árvores malignas, e são salvos por Tom Bombadil, que zela pelos viajantes das matas. Mais tarde, os hobbits são perseguidos pelos Cavaleiros Negros, mas conseguem despistá-los. Eles chegam a uma taverna, onde conhecem Aragorn, último descendente dos antigos reis dos homens e amigo de Gandalf, que o havia encarregado de guiar os hobbits até Rivendell. No caminho, eles enfrentam os Cavaleiros Negros mas conseguem escapar. Frodo é ferido seriamente no combate. Ao chegarem a Rivendell, Frodo é curado por Elrond. Gandalf se reúne aos hobbits.

Um conselho se reúne para resolver o destino do Anel. Após longos debates, é decidido que o Anel é perigoso demais e deve ser destruído. Isso somente pode ser feito lançando-o na lava fervente do Monte da Condenação, no centro da Terra de Mordor, a muitos quilômetros dali. Frodo se oferece para a missão, bem como seus amigos hobbits e vários outros presentes ao conselho: o elfo Legolas, o anão Gimli e Boromir, filho de um dos reis do Norte. Acompanhados de Gandalf e Aragorn, os nove formam a Irmandade do Anel.

O grupo se dirige para o sul, seguindo pelas montanhas sagradas dos anões. Eles descobrem que a única passagem praticável é através da antiga fortaleza dos anões, chamada de Khazad-dûm ou Moria, abandonada há muitos anos. Nas suas profundezas, eles encontram o túmulo do último rei dos anões, bem como um diário, que narra os momentos finais dos anões antes da sua destruição por um perigo desconhecido. Gimli fica profundamente emocionado pela descoberta. Mais tarde, o grupo é atacado pelo Balrog, um terrível monstro que habita o coração da montanha. Gandalf defende seus companheiros do ataque, mas cai no abismo juntamente com o Balrog ao destruir a ponte onde ambos se enfrentavam.

Sem Gandalf, a companhia prossegue para o sul e chega até Lórien, uma floresta habitada pelos elfos. A Dama Galadriel oferece aos viajantes conforto e segurança por algum tempo. Durante sua estada, Frodo amadurece e aprende mais sobre o Anel e sua história, tornando-se mais decidido a cumprir sua missão.

Sua firmeza é testada pouco depois, quando Boromir tenta roubar o Anel dele, a fim de poder comandar os homens e salvar seu povo das forças do Mal. Frodo consegue fugir dele usando o Anel para ficar invisível. Sabendo que precisa cumprir sua missão mas sem querer arriscar a vida dos seus amigos, Frodo decide abandonar o grupo e prosseguir sozinho. Entretanto, Sam o encontra e recusa-se a abandoná-lo. Os dois se dirigem para Mordor e a Irmandade do Anel é desfeita.

Livro II – As Duas Torres

Boromir confessa aos seus companheiros o que tinha feito e mostra-se arrependido. Aragorn, Gimli e Legolas procuram pistas de Frodo e Sam. Enquanto isso, o acampamento do grupo é atacado por orcs, e Boromir morre defendendo os hobbits, que são levados pelos orcs para Isengard, a torre habitada pelo ambicioso feiticeiro Saruman. Ele também cobiçava o Anel e tinha preparado um exército de orcs para dominar a Terra Média. Tendo ouvido rumores que o Anel estava com um hobbit, ele tinha enviado orcs para capturá-lo vivo e trazê-lo até Isengard. Os orcs não sabiam qual dos hobbits era o desejado por Saruman, e tinham resolvido trazer os dois até o feiticeiro.

Durante a viagem até Isengard, Merry e Pippin conseguem escapar e se escondem na antiga floresta de Fangorn. Os orcs os procuram por toda parte, mas são surpreendidos por seus inimigos mortais, os Cavaleiros de Rohan, liderados por Éomer, o filho do rei. Segue-se uma batalha sangrenta, e os orcs são dizimados.

Em Fangorn, Merry e Pippin encontram Barba-de-Árvore, o líder dos Ents, árvores muito antigas que são os guardiões da floresta. Eles explicam o que estão fazendo em Fangorn e o perigo que Saruman representa. Barba-de-Árvore os leva até o Conselho dos Ents, que ficam indignados ao saber que Saruman e os orcs estão tramando algo perverso, além de já estarem destruindo árvores há tempos. Os Ents decidem enfrentar Saruman e marcham até Isengard, liderados por Barba-de-Árvore e acompanhados pelos hobbits.

Enquanto isso, Aragorn, Legolas e Gimli encontram Éomer e suas tropas, que os informam sobre o destino dos orcs. Durante a conversa, surge Gandalf, que retornou da morte como o Feiticeiro Branco, ainda mais poderoso do que antes. Todos seguem para Rohan, em busca de ajuda para enfrentar Saruman.

Em Rohan, Gandalf é mal recebido pelo rei Théoden, que o acusa de apenas causar problemas. Gandalf o contesta com vigor. Depois de algum tempo, ele consegue curar o rei da sua apatia e salvá-lo da influência de Língua-de-Verme, um conselheiro perverso que estava associado secretamente ao inimigo. Théoden decide apoiar Gandalf. As tropas se reúnem e seguem até Isengard, onde eles reencontram os hobbits e descobrem que os Ents já tinham destruído a fortaleza. Saruman e Língua-de-Verme estavam refugiados na torre de Orthanc. Gandalf se encontra com Saruman, que não se arrepende dos seus atos. Gandalf destrói o cajado de Saruman e o expulsa do conselho dos feiticeiros. Língua-de-Verme lança uma pedra pela janela mas ele falha em atingir Gandalf; a pedra é na verdade um palantir, uma das Pedras de Visão de Númenor. Pippin a apanha e a entrega a Gandalf; mas ele cai sob o poder do palantir e à noite ele a rouba. Quando ele olha dentro do palantir, ele é visto por Sauron. O feiticeiro resgata Pippin do encanto do palantir. Ele perdoa Pippin, que se mostra arrependido pelo seu ato. Gandalf confia o palantir a Aragorn e leva Pippin a cavalo rumo a Minas Tirith, no Reino de Gondor.

Enquanto isso, Frodo e Sam estão perdidos e vagam pela sombria região montanhosa de Emyn Muil. Gollum tinha estado espionando os hobbits e vinha seguindo sua trilha, esperando recuperar o Anel. Frodo e Sam capturam Gollum; Sam deseja matá-lo, mas Frodo o poupa. Agradecido, Gollum se oferece para servir Frodo como ajudante e guia. Frodo decide dar um voto de confiança a Gollum, apesar da opinião contrária de Sam. Ele conduz os hobbits pelos Pântanos dos Mortos até chegarem ao Portão Negro, no lado norte de Mordor. Eles não conseguem entrar pelo portão; aconselhado por Gollum, Frodo resolve seguir por um caminho secreto através das muralhas ocidentais de Mordor, nas Montanhas das Sombras.

Eles prosseguem sua viagem e encontram uma tropa de soldados de Gondor, comandados por Faramir, irmão de Boromir. Faramir acaba descobrindo a verdade sobre o Anel, mas supera a tentação que dominou seu irmão. Faramir ajuda os hobbits e renova o seu estoque de suprimentos. Frodo, Sam e Gollum se despedem dos homens de Gondor e seguem para Cirith Ungol, onde há a passagem conhecida por Gollum. Faramir aconselha cuidado, pois ele ouvira falar que esta passagem possuía um perigo mortal; ele também desconfia que Gollum estava tramando algo sinistro. Os viajantes atingem as Encruzilhadas e tomam a estrada para Minas Morgul; na escuridão, eles vêem a mobilização do primeiro exército de Sauron, liderado por um Cavaleiro Negro.

Gollum guia os hobbits por um caminho secreto que se afasta da cidade e eles chegam a Cirith Ungol. Ao chegarem, Gollum trai os hobbits, pois ele sabia que este era o esconderijo de uma aranha monstruosa chamada Shelob, e previra que ela iria devorá-los. O plano de Gollum é frustrado pela bravura de Sam, que expulsa Gollum e fere Shelob, que foge. Entretanto, Frodo é ferroado por Shelob e parece estar morto. Sam fica muito abalado; ele conclui que precisa continuar a missão sozinho e abandona o corpo do seu mestre. Ao se afastar na direção de Mordor, ele ouve orcs se aproximando. Ele descobre que Frodo não está morto, mas sim anestesiado pelo veneno de Shelob. Os orcs transportam o corpo inconsciente de Frodo por um túnel que leva até o portão dos fundos da torre. Sam não consegue acompanhá-los e, desesperado, perde os sentidos.

Livro III – O Retorno do Rei

A história recomeça com Gandalf e Pippin seguindo para Minas Tirith (5 de março de 3019). No dia seguinte, Aragorn combate os dunedáin, enquanto Théoden deixa a fortaleza de Hornburg e segue para Harrowdale. Aragorn termina vencendo a batalha e se dirige para Dunharrow, aonde chega na noite do dia 7. No dia seguinte, Aragorn segue pelos Caminhos dos Mortos e conjura os espectros dos homens mortos pelas forças do Mal em outras eras a se juntar a ele numa expedição de vingança. Gandalf chega a Minas Tirith e o Mordomo Denethor não recebe Gandalf muito bem, pois está convencido que sua derrota é inevitável.

O dia 10 de março é o “Dia Sem Alvorecer”, pois a aurora não surgirá até a derrota das forças do Mal. Neste dia os Cavaleiros de Rohan cavalgam de Harrowdale e, quando Faramir é encurralado numa batalha do lado de fora das muralhas de Minas Tirith, é Gandalf quem o resgata de forma dramática. Aragorn ainda não chegou ao seu destino, cruzando Ringló e atingindo passagens em Linhir e depois Lebennin. Enquanto isso, Lórien está sendo atacada; é outra batalha numa guerra que está sendo travada em pelo menos três frentes simultâneas.

Os Ents derrotam os invasores de Rohan, enquanto Aragorn pressiona o inimigo rumo a Pelargir e Théoden acampa sob a Minrimmon. Faramir não tem outra alternativa e se retira para a cidadela. No dia 13, Pelennor é tomada, Faramir é ferido e Aragorn atinge Pelargir; este é o dia em que Frodo é capturado pelos orcs em Cirith Ungol. No dia seguinte, Sam encontra Frodo na torre.

Minas Tirith sofre durante o cerco e no dia 15 vários acontecimentos dramáticos atingem as forças do Bem: o Cavaleiro Negro finalmente abre uma brecha nas muralhas de Minas Tirith; Denethor enlouquece e fracassa em matar seu filho Faramir, que estava ferido e inconsciente, mas consegue suicidar-se numa pira funerária; Lórien é atacada pela segunda vez; e Théoden é morto em combate. Gandalf diz que a única esperança deles é que Frodo e Sam consigam cumprir sua missão.

Neste mesmo dia, Sam e Frodo escapam da torre, disfarçados como orcs. Este disfarce tem conseqüências negativas, pois mais tarde eles são capturados por orcs, que acham que eles são desertores. No entanto, sua identidade permanece oculta, e eles conseguem fugir das fileiras do exército orc no dia seguinte (19 de março).

No momento desta segunda fuga, os comandantes tinham tido o seu último debate e a Batalha de Dale já tinha sido travada. Morrem no combate o rei Brand dos homens e o rei Dáin Pé de Ferro dos anões. O dia 22 de março é o Dia do Terrível Anoitecer; Lórien é atacada pela terceira vez e, bem no interior da Terra de Mordor, Frodo e Sam são forçados a deixar a estrada e seguir para o sul, rumo ao Monte da Condenação.

As forças do Ocidente, lideradas por Aragorn, tinham saído de Minas Tirith alguns dias antes e passam por Ithilien no dia 23. Sem mostrar piedade, Aragorn dispensa parte dos soldados que estavam sem esperança de vitória; apenas os mais bravos permanecem ao seu lado. No dia seguinte, Frodo e Sam atingem o Monte da Condenação.

O dia 25 de março é o dia da batalha final entre as forças do Bem e do Mal. Enquanto a batalha ruge feroz, os hobbits escalam a montanha e Frodo tenta completar sua missão, mas o poder maligno do Anel o impede; num súbito impulso, ele decide conservar o Anel em seu poder e o coloca no dedo, tornando-se invisível.

Sauron repentinamente toma consciência da ameaça que paira sobre o Anel, e lança seu tremendo poder rumo ao Monte da Condenação, para destruir os hobbits. Entretanto, Gollum reaparece após uma longa ausência e luta com o invisível Frodo, até que ele arranca o dedo de Frodo com uma dentada e se apossa do Anel novamente. Sam acode o patrão ferido enquanto Gollum dança de alegria, mas ele perde o equilíbrio e cai dentro da lava fervente do Monte da Condenação, destruindo o Anel.

Frodo e Sam são resgatados por uma águia antes que a lava do Monte da Condenação os alcance, e são levados para a companhia de Gandalf, Pippin e os outros. O poder de Sauron tinha sido destruído juntamente com o Anel, e as forças do Bem triunfam por toda a Terra Média. Depois de algum tempo, Aragorn é coroado rei, conforme as antigas profecias.

Quando os quatro hobbits finalmente voltam para o Condado, eles descobrem que tudo estava diferente, com muitos hobbits presos e os demais sujeitos à tirania de Lotho, o novo prefeito de Hobbiton. Ele estava sendo manipulado por Saruman e Língua-de-Verme, que haviam tramado a destruição do Condado por vingança. Os hobbits os enfrentam, e tanto Saruman quanto Língua-de-Verme acabam mortos. A devastação feita no Condado é rapidamente desfeita graças a um presente da Dama Galadriel, que restaura as árvores e flores destruídas.

Sam se casa com Rose Algodão e eles se mudam para a casa de Frodo, que ainda sofre com seu ferimento. Frodo termina de escrever suas aventuras e passa os textos para Sam concluir as páginas finais. Sam se torna prefeito de Hobbiton no lugar de Frodo, que se prepara para partir com Gandalf rumo ao Mar. Sam, Merry e Pippin os acompanham, e eles se encontram no porto com Bilbo, Elrond, Galadriel e os elfos. Todos os Portadores do Anel embarcam no grande navio e partem da Terra Média para sempre. Os três hobbits retornam para Hobbiton e passam felizes o resto das suas vidas.

Veja Também:

  • Artigo sobre J. R. R. Tolkien na Wikipedia.
  • Resumo de “O Hobbit“.

Resumo: O Último dos Moicanos (James Fenimore Cooper)

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A história se passa na América do Norte, no século XVIII, durante a Guerra com os Franceses e os Índios. Os franceses estão tentando tomar o Forte William Henry, controlado pelos ingleses. Como os franceses estão aliados aos índios hurons e iroqueses, as florestas estão extremamente perigosas para viajantes ingleses. Duncan Heyward precisa escoltar as irmãs Cora e Alice Munro do Forte Edwards até o Forte William Henry, onde está o pai delas. O grupo é guiado pelo índio Magua. Na floresta, eles são abordados pelo músico David, que tinha ouvido falar que eles iam para o Forte William Henry e pergunta se pode se juntar ao grupo. Duncan hesita, mas Alice o convence a deixar que David os acompanhe. Enquanto eles prosseguem sua marcha, o moicano Uncas os observa e acompanha seus passos.

Perto dali, o batedor branco Hawkeye e o moicano Chingachgook, pai de Uncas, estão conversando sobre as diferentes crenças dos brancos e dos índios. Uncas retorna até eles e os alerta sobre hurons se escondendo nas florestas. Chingachgook ouve os viajantes se aproximando. Ele pede a Hawkeye para que fale com os brancos na língua nativa deles. Depois de conversar com Duncan e saber do seu destino, o batedor diz que eles estão indo numa direção completamente errada. Hawkeye acredita que seu guia os tinha desviado do caminho de propósito, e suas suspeitas aumentam ao observar a expressão no rosto de Magua. Hawkeye quer atirar nele, mas Duncan não permite que ele faça isso. Ele tenta capturar Magua pessoalmente e falha. O batedor atira no índio, que na verdade é um chefe huron, mas apenas machuca o seu ombro. Os índios e o batedor conversam e decidem ajudar os viajantes a chegar ao seu destino, tornando-se seus guias.

O grupo passa a noite numa caverna à qual chegaram de canoa. David canta para todos eles, o que traz lágrimas ao rosto de Hawkeye. Ouve-se um som estranho. Duncan sai e descobre que é um cavalo em perigo. Uncas é enviado para tentar parar o barulho. Ele retorna em segurança. As mulheres dormem, enquanto os homens montam guarda. Ao romper do dia, eles estão prontos para partir, mas ouve-se um tiro e David é ferido. É uma emboscada dos hurons. Uncas e Hawkeye matam dois dos homens. Duncan luta com um terceiro mas tem que ser resgatado por Uncas. Hawkeye dá um tiro certeiro e consegue matar um atirador que estava no alto de uma árvore. Uncas vai até a canoa para pegar mais pólvora, mas descobre que ela tinha sido roubada. Cora insiste com os índios e o batedor para que eles fujam e peçam ajuda ao seu pai. Embora relutem, eles acatam seu conselho. Os viajantes se escondem nas profundezas da caverna. Eles acabam sendo tirados de lá pelos hurons, liderados por Magua, e são aprisionados. Magua quer o sangue de Hawkeye, e fica furioso ao descobrir que ele tinha escapado. Os índios seguem com os prisioneiros pela floresta.

Depois de algum tempo, os hurons param para descansar. Magua pede para falar com Cora. Ele diz que libertará os outros viajantes se ela se tornar sua esposa. Cora se sente enojada e recusa. Duncan e Alice concordam com sua decisão. Magua decide que eles todos devem morrer. Duncan ataca um dos guerreiros e quase é morto, mas um tiro vindo da floresta derruba o índio. Os moicanos e o batedor surgem da floresta e atacam os hurons. Chingachgook luta com Magua, enquanto os outros dois liquidam os companheiros dele. Magua finge estar morto e consegue rolar de um precipício, caindo numa colina e fugindo.

O grupo parte pela floresta, fazendo uma breve parada para jantar. Depois, eles caminham um pouco mais até chegarem numa velha fortificação. Muitos moicanos haviam morrido aqui, e Chingachgook e Hawkeye lutaram juntos nessa batalha. O velho moicano é a sentinela, pois todos os outros dormem. Ouve-se um barulho. Alguns hurons se aproximam, mas não entram por medo do espírito dos mortos. O grupo fica um pouco mais até que Chingachgook decide que é hora de partir.

Eles estão muito próximos do Forte William Henry e são interceptados pelos franceses, que estão sitiando o forte. Duncan consegue enganar um oficial francês, fazendo-o acreditar que o grupo está do seu lado. No momento em que o engano é descoberto, eles estão bastante perto do forte, que responde aos disparos dos franceses. O portão se abre e Munro sai para abraçar suas filhas.

Alguns dias mais tarde, Duncan caminha pelo forte, pensando quanto tempo conseguirão resistir com tão poucos homens. A única esperança dos sitiados são os reforços pedidos ao General Webb. Munro conversa com Duncan e pede que ele o represente num encontro solicitado pelo General Montcalm, comandante dos franceses. Uma carta para Munro tinha sido interceptada, e ele gostaria que Duncan tentasse conseguir alguma informação a respeito do seu conteúdo. Duncan vai ao encontro, mas descobre apenas que os franceses sabem que há poucos ingleses no forte. Duncan também deixa transparecer que está apaixonado por Alice Munro.

Outra reunião é combinada entre os dois líderes. Quando Montcalm e Munro se encontram, o francês solicita a rendição dos ingleses, entregando a carta interceptada, na qual Webb diz que não poderá enviar reforços. Munro rejeita a proposta, mas Montcalm oferece termos bastante honrosos e o comandante inglês acaba concordando e assina um tratado.

Enquanto isso, Magua está furioso com os acontecimentos. Ele diz a Montcalm que houve uma injustiça, pois seus guerreiros ficaram sem escalpos, enquanto os homens brancos se tornaram amigos.

Os ingleses entregam o forte aos franceses. Durante a retirada, os hurons atacam a retaguarda dos ingleses, massacrando dezenas de pessoas inocentes. No meio do caos, Magua se aproxima de Cora e novamente pede para que ela seja sua esposa. Quando ela recusa, ele agarra Alice, que tinha desmaiado durante a confusão, e foge com ela a cavalo. Cora os persegue, sendo assim obrigada a seguir Magua. Vendo isto a uma certa distância, David segue as irmãs pela floresta.

Mais tarde, os índios e o batedor retornam ao local, acompanhados por Duncan e Munro, para ver os resultados do ataque e tentar encontrar a pista de Magua. Eles passam a noite no velho forte e seguem viagem no dia seguinte. Um índio oneida atira neles e é apanhado por Uncas. Aparentemente, outras tribos vizinhas também estão envolvidas no conflito.

Eles viajam de canoa. Depois de algum tempo, eles se vêem sob o fogo dos hurons, que os perseguem pelo rio. Devido ao rifle do batedor e ao vigor dos moicanos nos remos, eles conseguem escapar, perdendo de vista a canoa huron. Uma vez em terra, eles conseguem achar a trilha correta e chegam bem perto da aldeia huron. Eles percebem que mais alguém está observando a aldeia no meio da vegetação. Hawkeye se prepara para atacar o estranho, mas ri aliviado quando descobre que é o músico David.

Ele conta que Cora está com uma tribo vizinha de delawares, que são descendentes dos moicanos, e que Alice está na aldeia huron. David, que tinha uma bela voz, tinha autorização para caminhar à vontade pela floresta. Duncan insiste em ir até a aldeia com David para ver se ele pode resgatar Alice. Chingachgook o pinta com símbolos de paz. Munro e Chingachgook irão aos delawares para ver se Cora pode ser libertada. Hawkeye e Uncas ficarão na floresta.

Na aldeia, Duncan consegue convencer o conselho que ele é um curandeiro enviado pelo pai Canadá, que quer ter certeza que eles estão bem de saúde. Os índios ficam impressionados com a sua presença e acreditam que ele pode curar a esposa doente de um jovem guerreiro.

Subitamente, há um grande tumulto do lado de fora da cabana do conselho. Todos saem e Duncan fica horrorizado ao ver que Uncas tinha sido capturado. Quando provocado por uma mulher huron, Uncas afirma que tinha sido trazido à aldeia por ter sido apanhado à traição, e o jovem índio que o tinha capturado era um covarde que havia recusado um desafio para lutar com ele cara a cara. A tribo fica muito desgostosa com este jovem, e decide que o nome dele não será mais mencionado. Então o jovem comete suicídio e Uncas é preso na cabana do conselho. Duncan se senta com o grupo, mas para seu horror Magua entra, tendo retornado de um dia de caçada. A pintura parece disfarçar Duncan bem, pois Magua não o reconhece. Magua examina o prisioneiro e fica absolutamente encantado, anunciando a identidade de Uncas para a tribo, que também fica muito animada. Magua anuncia que Uncas passará a noite ali e será executado na manhã seguinte.

Duncan é levado para a caverna onde está a mulher doente. David está lá, juntamente com um grupo de mulheres, mas o guia de Duncan faz com que todos saiam e esperem do lado de fora. Um urso parece ter seguido o major para o interior da caverna. Como os ursos são animais muito respeitados pelos hurons, eles não são incomodados e podem circular à vontade. Assim que Duncan fica sozinho, o animal se põe em pé de forma ameaçadora. Mas uma máscara sai do lugar e surge o rosto do batedor Hawkeye.

Hawkeye traz boas notícias. Enquanto vagava disfarçado pelos arredores, ele havia descoberto que Alice estava confinada numa outra parte da caverna. Duncan se apressa em vê-la e falar com ela, e garante que irá tirá-la dali. Subitamente, Magua entra na caverna e vê os dois. Quando ele está prestes a alertar o resto da tribo, Hawkeye, ainda disfarçado, se aproxima de Magua e o abraça com força, permitindo que Duncan o amarre e o amordace. Alice é embrulhada num cobertor e Duncan a leva para fora. Ele diz às pessoas fora da caverna que está levando a doente para a floresta para terminar o ritual de cura, e as proíbe de entrar na caverna, sob pena de atrair para si o mau espírito que tinha saído do corpo dela.

Ao chegarem na floresta, Hawkeye diz que eles devem buscar refúgio na vizinha tribo delaware, e volta disfarçado de urso para a aldeia, em busca de Uncas. David consegue convencer os guardas do jovem moicano a deixá-lo entrar com o urso, dizendo que estão ali para testar a coragem do prisioneiro. Hawkeye tira o disfarce e põe Uncas a par dos acontecimentos. Uncas quer ir correndo até a aldeia delaware, mas Hawkeye garante que ele provavelmente será capturado novamente. Eles então traçam um novo plano. David concorda em ficar no lugar do prisioneiro, confiando que os hurons irão poupá-lo por acharem que ele é louco. Uncas veste a roupa de urso, enquanto Hawkeye veste as roupas de David. Ambos escapam para a floresta sob as vistas dos hurons sem serem perturbados.

Quando toda a trama é descoberta, a tribo fica furiosa e parte para a aldeia delaware, liderados por Magua. Ao chegarem na aldeia, Magua conversa com os líderes dos delawares, perguntando se tinham visto estranhos nos arredores. Enquanto conversam, ouve-se um grande alarido, denunciando a descoberta dos prisioneiros fugitivos. Eles são levados para o centro da aldeia, rodeados por toda a tribo. Quando a identidade de Hawkeye é revelada, ele é amarrado para ser entregue aos hurons. Uncas se apresenta. A tribo fica indignada por ele ter se infiltrado na aldeia. Entretanto, ele descobre a tatuagem no seu peito e revela ser um moicano, o que traz uma grande alegria aos delawares pelo retorno de um representante dos seus ancestrais, julgados perdidos há muito tempo. Tanemund, o chefe dos delawares, concorda em libertar todos, exceto Cora, que por uma questão de honra é entregue a Magua e é obrigada a ir como prisioneira dele.

Ao anoitecer, Uncas prepara seu povo para combater os hurons e resgatar Cora. A batalha é terrível, e os hurons sofrem uma derrota terrível. Durante a luta, Magua arrasta Cora na sua fuga, forçando-a a correr, mas ela pára depois de algum tempo e diz que não sairá dali. Magua saca sua faca e exige que ela escolha agora entre a faca e sua tenda. Cora ergue os olhos para o céu. Uncas os alcança e luta com Magua. Um huron mata Cora. Furioso, Magua atinge Uncas com seu tomahawk. Mesmo agonizante, Uncas consegue matar o assassino de Cora antes de morrer. Magua tenta escapar, mas Hawkeye finalmente consegue abatê-lo com um tiro certeiro. No dia seguinte, são feitos os funerais de Cora e Uncas, e a história se transforma numa lenda.

Veja Também:

  • Artigo sobre James Fenimore Cooper na Wikipedia.

 

Resumo: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Júlio Verne)

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A história começa em Londres, em 2 de outubro de 1872. Phileas Fogg é um cavalheiro solteiro, rico e solitário que tem hábitos extremamente regulares. A origem da sua fortuna é desconhecida e ele vive modestamente. Naquele dia, ele despede seu criado, James Forster, por ter trazido para ele a água para barbear dois graus mais fria do que o combinado. Ele contrata um criado substituto, Fura-Vidas, um francês de cerca de trinta anos que desejava uma vida mais sossegada.

Mais tarde, no Reform Club, Fogg se envolve numa discussão sobre um artigo de jornal, o qual afirma que, após a abertura de um novo trecho de ferrovia na Índia, agora é possível dar uma volta ao mundo em oitenta dias. Embora esse cálculo não leve em conta questões práticas tais como a dificuldade em achar transporte, Fogg, com sua brilhante mente analítica, tem certeza absoluta que esta viagem pode realmente ser feita. Ele aposta vinte mil libras com seus colegas de clube que dará a volta ao mundo em oitenta dias. Acompanhado pelo seu surpreso criado Fura-Vidas, ele deixa Londres de trem às 20:45 de 2 de outubro de 1872, portanto devendo voltar ao Reform Club à mesma hora no dia 21 de dezembro, oitenta dias depois.

Fogg e Fura-Vidas chegam a Suez dentro do prazo. Enquanto desembarcam no Egito, eles são observados por um detetive da Scotland Yard chamado Fix, que tinha sido enviado de Londres atrás de um ladrão de banco. Como o roubo acontecera pouco antes da partida de Fogg e ele correspondia à descrição do ladrão, Fix está seguro que Fogg era o criminoso em fuga. Uma vez que ele não recebera uma ordem de prisão a tempo, Fix embarca no navio que leva os viajantes a Bombaim. Durante a viagem, Fix faz amizade com Fura-Vidas, sem revelar seu objetivo. Enquanto isso, Fogg promete uma grande recompensa ao piloto se ele chegar a Bombaim com antecedência. Eles atracam dois dias antes do previsto.

Com dois dias a mais, Fogg e Fura-Vidas tomam um trem em Bombaim e partem para Calcutá, com Fix os seguindo sem que eles notem. Ao descobrirem que a construção da ferrovia não havia terminado, eles são forçados a viajar o trecho entre duas estações montados num elefante, o qual é comprado por Fogg pela prodigiosa quantia de duas mil libras.

Durante a viagem, eles cruzam com uma procissão nativa, na qual Aouda, uma jovem mulher parse, está sendo levada até um templo para ser sacrificada no dia seguinte por adoradores de Kali. Como a jovem está drogada com vapores de ópio e obviamente não está seguindo voluntariamente para o sacrifício, os viajantes decidem resgatá-la. Eles seguem a procissão até o templo, onde Fura-Vidas secretamente toma o lugar do falecido marido de Aouda na pira funerária, onde ela será queimada na manhã seguinte. Durante a cerimônia, ele se ergue da pira, apavorando os sacerdotes, e leva a jovem inconsciente embora. Por causa deste incidente, os dois dias ganhos anteriormente são perdidos, mas Fogg não lamenta isso.

Os viajantes se apressam para pegar o trem até a próxima estação, levando a agradecida Aouda com eles. Em Calcutá, eles finalmente embarcam num navio para Hong Kong. Fix, que os tinha seguido secretamente, faz com que Fogg e Fura-Vidas sejam presos em Calcutá. No entanto, eles pagam uma fiança e Fix é forçado a segui-los até Hong Kong. A bordo, ele se encontra com Fura-Vidas, que fica encantado em encontrar novamente seu companheiro da viagem anterior.

Em Hong Kong, eles descobrem que o parente afastado de Aouda, aos cuidados do qual ela seria deixada, mudou-se, provavelmente para a Holanda, e eles decidem levá-la até a Europa. Enquanto isso, a ordem de prisão ainda não chegou, e Fix encara Hong Kong como a última chance de prender Fogg em território britânico. Portanto, ele se arrisca e conta tudo a Fura-Vidas, que não acredita numa palavra e permanece convicto que seu patrão não é um ladrão de banco. Para impedir Fura-Vidas de avisar Fogg sobre a saída antecipada do seu próximo navio, Fix faz com que Fura-Vidas beba e se drogue numa casa de ópio. Ao se recobrar, Fura-Vidas, ainda tonto, consegue embarcar às pressas no navio para Yokohama, mas esquece de avisar Fogg.

No dia seguinte, Fogg descobre que perdeu seu transporte. Ele sai em busca de um barco que o leve até Yokohama. Ele encontra um piloto que aceita levá-lo, junto com Aouda e Fix, até Xangai, onde eles tomam outro navio para Yokohama. Ao desembarcarem, eles vão à procura de Fura-Vidas, imaginando que ele pode ter chegado lá no navio original. Os viajantes o encontram num circo, onde ele estava tentando ganhar dinheiro para sua viagem de volta para casa.

Juntos novamente, os quatro embarcam num navio que cruzará o Pacífico e os levará até São Francisco. Fix promete a Fura-Vidas que agora, já que deixaram o território britânico, ele não tentará mais atrasar a viagem de Fogg. Pelo contrário, ele o ajudará a voltar para a Inglaterra o mais rápido possível (para prendê-lo quando chegar).

Em São Francisco, eles embarcam num trem para Nova York. Durante a viagem, o trem é atacado por índios, que levam Fura-Vidas e outros dois passageiros como prisioneiros. Fogg enfrenta o dilema de continuar sua viagem ou tentar salvar Fura-Vidas. Ele decide salvá-lo, organiza um grupo de resgate com alguns soldados de um forte próximo dali, e consegue resgatar os prisioneiros. Para recuperar o tempo perdido, Fogg e seus companheiros contratam um trenó a vela, que os leva até Omaha, onde eles chegam a tempo de tomar um trem para Chicago e outro para Nova York. No entanto, ao chegarem lá, eles descobrem que o navio para Liverpool que precisavam tomar tinha zarpado pouco antes.

No dia seguinte, Fogg começa a procurar por uma alternativa para cruzar o Atlântico. Ele encontra um pequeno barco a vapor, de partida para Bordéus. Entretanto, como o capitão do barco se recusa a levar o grupo para Liverpool, Fogg aceita ir até Bordéus. Durante a travessia, ele suborna a tripulação, faz com que ela se amotine, e muda o curso para Liverpool. Indo a todo vapor, o barco fica sem combustível depois de poucos dias. Fogg compra o barco do capitão por um preço exorbitante, e faz com que a tripulação queime todas as partes feitas de madeira para manter o vapor.

Os viajantes chegam a Queenstown a tempo de chegar a Londres via Dublin e Liverpool antes do prazo final. No entanto, ao chegarem novamente a território britânico, Fix consegue uma ordem de prisão e prende Fogg. Pouco tempo depois, o mal-entendido é desfeito – o verdadeiro ladrão tinha sido preso em Liverpool vários dias antes.

Ao ser posto em liberdade por Fix, Fogg, num raro momento de impulsividade, esmurra o detetive, que cai imediatamente ao chão. Devido à sua prisão, Fogg perdera o trem. Mesmo assim, ele consegue chegar a Londres, mas entra na cidade cinco minutos atrasado, perdendo assim sua aposta.

No dia seguinte, na sua casa, Fogg se desculpa com Aouda por tê-la trazido com ele, já que agora ele tem que viver na pobreza e não pode apoiá-la financeiramente. Subitamente, Aouda confessa que o ama, e pede que ele se case com ela, o que Fogg aceita com prazer. Ele pede que Fura-Vidas vá procurar um padre para casá-los. Na casa do padre, Fura-Vidas descobre que eles tinham se enganado de data – o dia que eles pensavam ser domingo era na verdade um sábado. A viagem tinha sido feita cruzando o globo na direção leste, e, portanto, ganhara um dia inteiro.

Fura-Vidas corre para avisar Fogg, que parte imediatamente para o Reform Club. Ele entra exatamente no horário combinado, ganhando a aposta e encerrando assim a viagem ao redor do mundo.

Veja Também:

  • Artigo sobre Júlio Verne na Wikipedia.

 

Resumo: Zorba, o Grego (Nikos Kazantzakis)

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A história começa em um café no Pireu, Grécia, pouco antes do amanhecer em uma manhã tempestuosa de outono na década de 1930. O Narrador, um jovem intelectual grego, resolve deixar de lado seus livros por alguns meses depois de se sentir atingido pelas palavras de despedida de um amigo, Stavridakis, que tinha partido para o Cáucaso, a fim de ajudar alguns gregos étnicos que estão passando por perseguição. Ele parte para Creta, a fim de reabrir uma mina de linhita em desuso e mergulhar no mundo dos camponeses e das pessoas da classe trabalhadora.

O Narrador está prestes a mergulhar em seu exemplar da “Divina Comédia” de Dante, quando sente que está sendo observado. Ele se vira e vê um homem de cerca de sessenta anos olhando para ele através da porta de vidro. O homem entra e imediatamente se aproxima dele para pedir trabalho. Ele reivindica habilidades como um chef, um mineiro, e tocador de santuri ou címbalo, e se apresenta como Alexis Zorba. O Narrador fica fascinado pelas opiniões lascivas e pelo estilo expressivo de Zorba e decide contratá-lo como um capataz. Em seu caminho para Creta, eles falam sobre um grande número de assuntos, e os solilóquios de Zorba dão o tom para uma grande parte da história.

Na chegada, eles rejeitam a hospitalidade de Anagnostis e de Kondomanolious, o dono do café, e, por sugestão de Zorba, tomam o caminho para o hotel de Madame Hortense, que nada mais é que uma fileira de velhas cabanas para banhistas. Eles são obrigados pelas circunstâncias a partilhar uma cabana. O Narrador passa o domingo percorrendo a ilha, cuja paisagem lhe lembra de boa prosa, poderosa e contida, e lê Dante. No regresso ao hotel para jantar, a dupla convida Madame Hortense para a mesa e conseguem levá-la a falar sobre seu passado como uma cortesã. Zorba lhe dá o apelido de ”Bouboulina” e, com a ajuda de seu címbalo, a seduz. O Narrador ferve em seu quarto enquanto ouve os sons do apaixonado ato de amor deles.

No dia seguinte, a mina abre e o trabalho começa. O Narrador, que tem ideais socialistas, tenta conhecer os trabalhadores, mas Zorba avisa para manter distância, o que garantiria que eles iriam respeitá-lo. Zorba mergulha no trabalho, o que é característico da sua atitude geral, que é ser absorvido por qualquer coisa que está fazendo ou por quem está com naquele momento. Frequentemente Zorba trabalha longas horas e pede para não ser interrompido durante o trabalho. O Narrador e Zorba têm um grande número de longas conversas, sobre uma variedade de assuntos, da vida para a religião, o passado uns dos outros e sobre como eles chegaram onde eles estão agora. O Narrador aprende muito sobre a Humanidade com Zorba, o que ele não tinha conseguido com sua vida de livros e papéis.

O Narrador absorve um novo gosto pela vida a partir de suas experiências com Zorba e de outras pessoas ao seu redor, mas retrocessos e tragédias marcam sua estada em Creta, e alienado pela sua dureza e amoralidade, ele finalmente retorna para o continente, assim que os recursos financeiros dele e de Zorba são gastos totalmente. Após superar um de seus próprios demônios (como o seu ”não” interior, que o narrador compara com o Buda, cujos ensinamentos ele tem estudado e sobre quem ele vinha escrevendo por grande parte da narrativa, e que ele também compara ao ”vazio”) e ter a sensação de que ele é necessário em outro lugar (o Narrador tem uma premonição da morte de seu velho amigo Stavridakis), o Narrador se despede de Zorba ao voltar para o continente. Apesar da falta de qualquer grande explosão de emotividade, a despedida é emocionalmente muito dolorosa para Zorba e o Narrador. Os dois lembrarão um do outro com muita emoção durante o resto de suas vidas.

Veja Também:

  • Artigo sobre Nikos Kazantzakis na Wikipedia.

 

Resumo: Xógum (James Clavell)

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A história se passa no Japão, no início do século XVII.

John Blackthorne, piloto e capitão em exercício do navio mercante holandês Erasmus, naufraga na costa do Japão. Ele e os poucos sobreviventes do seu navio são capturados pelos japoneses e mantidos prisioneiros por alguns dias. Eventualmente, eles são levados pelo samurai encarregado da sua custódia ao seu superior, o daimio Yabu. Ele tortura até a morte um dos tripulantes por prazer, e depois planeja entregar este “bárbaro” Blackthorne ao seu senhor, Toranaga. Ele acredita que os “bárbaros” poderão ser úteis a Toranaga na disputa pelo poder supremo que este está travando com Ishido e outros nobres japoneses, apoiados pelos jesuítas católicos.

Enquanto permanece na residência de Yabu, Blackthorne passa a ser chamado de “Anjin” (“piloto”), pois os japoneses não conseguem pronunciar seu nome. Com seu talento natural para línguas, Blackthorne logo aprende os rudimentos de Japonês. Ele acaba entrando ao serviço de Toranaga, que governa a importante região de Kanto, e se apaixona por Mariko, uma nobre japonesa que se convertera ao Cristianismo e está dividida entre sua nova fé e sua cultura tradicional.

Lentamente, Blackthorne começa a compreender a cultura japonesa e eventualmente aprende a respeitá-la profundamente. Um momento decisivo deste processo é a tentativa de Blackthorne em cometer seppuku (suicídio ritual) por se sentir desonrado. Os japoneses também aprendem a respeitar o “bárbaro”, e ele acaba recebendo o status de samurai e hatamoto. Blackthorne fica dividido entre o amor por Mariko (que era casada com um poderoso samurai), sua crescente lealdade a Toranaga e seu desejo de retornar aos mares a bordo do Erasmus e capturar o Navio Negro, um enorme galeão português que viaja anualmente para a Europa carregando imensos tesouros.

Depois de algum tempo, Blackthorne consegue se reencontrar com os sobreviventes da sua tripulação e descobre como tinha se afastado do modo de vida dos europeus, ficando chocado com a falta de higiene deles e seus hábitos alimentares. Para complicar ainda mais seus planos de capturar o Navio Negro, Blackthorne se torna amigo do piloto português que o conduzirá naquele ano.

Blackthorne acaba se tornando valioso para Toranaga, que o emprega para treinar seus soldados nas técnicas de combate europeias. Depois de muitas manobras políticas, finalmente irrompe a guerra civil entre Toranaga e Ishido, seu arquirrival. Durante os combates, Mariko morre para salvar Blackthorne. Toranaga permite que Blackthorne reconstrua o Erasmus, mas um misterioso incêndio destrói o navio.

A história termina com Toranaga refletindo como deseja secretamente ser xógum, e que não poderá jamais deixar que Blackthorne o abandone, pois precisa de um amigo verdadeiro na sua vida.

Veja Também:

  • Artigo sobre James Clavell na Wikipedia.

 

Resumo: Os Miseráveis (Victor Hugo)

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A história se passa na França, no fim do século XVIII.

Jean Valjean é um homem pobre, que passa dezenove anos na prisão por ter roubado um pão. Ele é libertado da prisão e torna-se um novo homem, graças à gentileza do Padre Myriel. Ele ganha uma nova reputação através da sua associação com Myriel e sua visível gentileza e generosidade com os outros. Gradativamente, ele constrói uma vida próspera e bem sucedida para si mesmo, recuperando a indústria da vidraçaria em Montreuil-sur-mer. Sem que ele saiba, uma de suas empregadas, Fantine, é demitida por ter tido um bebê ilegítimo. Fantine passa de uma ocupação a outra, e finalmente se torna uma prostituta.

Um pequeno incidente ocorre nas ruas da cidade e Fantine é presa pelo implacável inspetor de polícia, Javert. Valjean, que assumira nova identidade e agora era conhecido como Madeleine, força Javert a libertá-la e, quando ouve sua história, a leva para sua própria casa. No entanto, Fantine está extremamente debilitada e morre sem ver sua criança novamente, apesar de Valjean ter prometido trazê-la de volta.

Enquanto isso, outro homem tinha sido preso por Javert, que o identificara erradamente como Valjean, pois este era considerado fugitivo pela Justiça por não ter cumprido as normas da liberdade condicional. Valjean aparece no tribunal e revela a verdade, perdendo seu negócio e sua posição em Montreuil-sur-mer. Embora seja preso, ele consegue tempo suficiente para esconder sua fortuna. Ele passa o tempo na prisão, trabalhando a bordo de um navio. Eventualmente, ele escapa novamente e recupera Cosette, a filha de Fantine, da casa dos perversos Thenardiers, aos quais Fantine tinha confiado sua criança.

Começam dez anos de fuga, mudando-se de um lugar para outro, sempre ficando um passo à frente de Javert. Sete ou oito anos felizes são passados num convento, onde Valjean trabalha com o jardineiro e Cosette frequenta a escola para meninas.

Sentindo que Cosette precisava ter a oportunidade de experimentar tudo da vida, eles deixam o convento quando ela tem aproximadamente quinze anos. Valjean quase é traído e recapturado devido às tramas pérfidas e um tanto estúpidas dos Thenardiers.

Enquanto Valjean está constantemente alerta para pessoas que poderiam descobrir sua identidade e estabelece a residência deles em lugares afastados, Cosette toma consciência da sua própria feminilidade e beleza. Ela e Marius se vêem e se apaixonam.

Marius é um estudante que tinha sido criado pelo seu avô depois que o velho tinha deserdado seu genro por apoiar Napoleão. Marius descobre a verdade sobre seu pai pouco depois da morte dele e cria-se uma inimizade entre ele e seu avô. Com renda pequena, Marius não pode se casar com Cosette e impedir Valjean de levá-la embora novamente, e seu avô se recusa a consentir num casamento com alguém que ele assume estar abaixo da sua classe social.

Em Paris, a política, problemas trabalhistas e várias condições insatisfatórias estão gradativamente fazendo com que um grupo de operários e de estudantes cheguem ao ponto de revolta. Começa uma insurreição; Marius se junta aos revoltosos para morrer, pois já não tem mais esperança de ter Cosette. Valjean se reúne a eles porque acha que está perdendo o amor de Cosette e, embora odeie Marius profundamente, planeja trazê-lo de volta para Cosette.

Quando as barricadas são finalmente tomadas, Valjean salva Marius e escapa através dos esgotos da cidade. Marius está inconsciente no momento do resgate e não sabe quem o salvou. Quando recobra sua saúde, ele insiste novamente em se casar com Cosette, e, desta vez, seu avô cede. As velhas feridas são parcialmente curadas. Como Javert também está morto, parece que Cosette, Valjean, Marius e seu avô poderão formar todos uma família feliz. Cosette e Marius se casam, mas Valjean revela a verdade sobre si mesmo a Marius, que gradualmente o impede de até mesmo ver Cosette.

Os Thenardiers são um aborrecimento constante e ocasionalmente uma ameaça série durante todo esse tempo. Apesar da intenção de Thenardier de prejudicar Valjean, ele acaba revelando a verdadeira história de Valjean para Marius.

A história termina com a morte de Valjean, mas ele morre feliz após um encontro alegre com Cosette. Ele fica satisfeito por ter sido ”perdoado” por Cosette e por Marius, embora Valjean é quem tenha o direito de perdoar os outros ao final de tudo.

Veja Também:

  • Artigo sobre Victor Hugo na Wikipedia.

 

Resumo: Woyzeck (Georg Büchner)

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A peça começa com um encontro entre Woyzeck, um barbeiro militar, e seu amigo Andres num campo aberto fora da cidade. Woyzeck está tendo visões violentas e apocalípticas, além de achar que está ouvindo vozes, mas Andres não ouve nada diferente do normal. Woyzeck decide conversar com sua companheira Maria a respeito.

Maria está sentada com seu filho olhando pela janela o desfile da banda militar e admirando o Tambor-mor da banda. Woyzeck chega para dar dinheiro a Maria e contar a ela sobre suas alucinações mais recentes.

No dia seguinte, Woyzeck e Maria visitam uma feira onde eles são atraídos para a barraca de um Animador. O Tambor-mor vê Maria e imediatamente sente-se atraído por ela. Ele e o Sargento seguem Maria e Woyzeck na barraca, onde o Animador conduz um espetáculo com um macaco dançarino e um “cavalo astrônomo”, enquanto faz piadas sobre toda a Humanidade, O Sargento ajuda Maria a ir até a primeira fila para ter uma visão melhor do espetáculo.

Alguns dias depois, Maria está sentada com seu filho no colo, admirando um par de brincos de ouro que o Tambor-mor lhe dera. Quando Woyzeck chega, ela mente e diz que os tinha encontrado na rua. Quando ele sai, ela se critica por não ser boa coisa, mas decide que está sendo tão imoral quanto todas as outras pessoas.

Woyzeck está barbeando o Capitão, que zomba dele, dizendo que Woyzeck não tem moral nem virtude. Woyzeck se defende dizendo que seria moralista ou virtuoso se não fosse tão pobre.

Enquanto isso, Maria e o Tambor-mor se encontram em segredo. A tensão sexual entre eles é explosiva, e fica implícito que os dois a satisfazem.

No consultório, o Médico repreende Woyzeck por urinar na rua, pois ele poderia ter usado a urina dele para testes experimentais. Ele está estudando o efeito de uma dieta apenas de ervilhas na saúde física e mental de Woyzeck. O Médico fica deliciado com a descrição feita por Woyzeck das suas alucinações cada vez mais atormentadas, e dá a ele um bônus em dinheiro.

Alguns dias depois, o Capitão visita o Médico. Os dois trocam murros amistosamente antes da chegada de Woyzeck. O Capitão conta a Woyzeck o caso que Maria está tendo com o Tambor-mor. Woyzeck confronta Maria, que se torna defensiva e se esquiva fazendo acusações a ele.

O Médico apresenta Woyzeck aos seus alunos como tema de estudo. Ele se refere a Woyzeck do mesmo modo que alguém falaria sobre um rato de laboratório ou um porquinho-da-índia. De volta ao quartel, Woyzeck começa a se sentir muito quente e tenta dividir seu crescente tormento com Andres, que o chama de idiota. Quando Woyzeck se junta aos outros soldados na hospedaria, ele vê Maria e o Tambor-mor dançando e se enfurece. Mais tarde, quando Woyzeck caminha sozinho num campo, ele ouve vozes imitando o ritmo da dança e dizendo para matar Maria. Naquela noite, as vozes não o deixam dormir.

No dia seguinte, na praça do quartel, Andres conta os comentários chauvinistas do Tambor-mor sobre Maria e Woyzeck vai correndo à hospedaria. Lá, ele assobia de forma insubordinada para o Tambor-mor, que o espanca e o deixa sangrando. Mais tarde, Woyzeck compra uma faca de um judeu, que brinca dizendo que ele comprara uma “morte econômica”.

Maria está em casa, folheando freneticamente uma Bíblia. Ela sente-se culpada e deseja ser absolvida do seu pecado com a adúltera que foi trazida diante de Jesus. Woyzeck não tinha vindo visitá-la nos últimos dois dias. Enquanto Maria folheia a Bíblia, Woyzeck está no quartel, remexendo nos seus pertences. Ele lê num documento militar oficial que a data do seu aniversário é a Festa da Anunciação.

Mais tarde, Maria está sentada com sua Avó e um grupo de moças nos degraus da casa. Quando elas não têm mais canções para cantar, a Avó conta um conto de fadas sinistro sobre um menino órfão que tinha uma vida vazia e foi miserável e solitário por toda a eternidade. Assim que ela termina sua história, Woyzeck chega e leva Maria para fora da cidade. Quando ela tenta se afastar, ele a acusa, cobrindo-a de insultos, e depois a esfaqueia repetidamente, até que o som de pessoas se aproximando o afugenta.

Woyzeck vai até a hospedaria, onde ele zomba uma mulher que estava dançando. Ela o ignora até notar o sangue nas mãos dele, e faz um escândalo. As explicações de Woyzeck sobre como o sangue fora parar nas suas mãos são pouco convincentes, e ele é forçado a voltar à cena do crime em busca da faca. Ao se deparar com o corpo de Maria, ele se comove por ela, orgulhoso por tê-la absolvido do seu ato sombrio e de tê-la tornado pura novamente. Ele lança a faca numa lagoa, Julgando que ela ainda podia ser encontrada, ele entra na água e a arremessa numa parte mais funda.

Depois de lavar o sangue das suas mãos, Woyzeck retorna à casa de Maria e encontra seu filho aos cuidados de Karl, o Idiota. Quando ele tenta abraçar seu filho, este grita e o empurra para longe. Woyzeck manda embora o Idiota e a criança.

A peça termina com um Policial se dirigindo a diversas pessoas, incluindo o Médico e o Juiz. Ele elogia Woyzeck, dizendo que não vira um assassino como ele há muitos anos.

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Resumo: Chamado Selvagem (Jack London)

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A história se passa na América do Norte, durante a corrida do ouro do Yukon e do Alasca. Existe uma grande necessidade de cães grandes e fortes, capazes de serem usados para puxar trenós sobre trilhas congeladas. Buck, um grande cão que vive na casa do Juiz Miller em Santa Clara, Califórnia, é exatamente o que os exploradores querem. Ele é um animal com características quase humanas; as principais são inteligência, força e dignidade. Buck tinha vivido até então uma existência tranquila e civilizada, apreciando os passeios pelo campo e eventuais saídas para caçadas.

Na casa do Juiz Miller trabalhava um ajudante de jardineiro chamado Manuel, um homem viciado em jogos de azar e constantemente necessitado de dinheiro. Certo dia, ele consegue raptar Buck e vendê-lo no mercado negro. Buck acaba sendo enviado ao proprietário de um saloon no Território do Noroeste e é despachado de trem até seu destino. Durante seu cativeiro, Buck é mantido preso numa jaula e fica cada vez mais furioso com o passar dos dias. Ele consegue morder o proprietário do saloon. Quando eles chegam até seu destino, Buck tinha se convertido numa fera.

O encontro com o Homem do Suéter Vermelho e os dolorosos confrontos com seu porrete fazem com que Buck se torne obediente. Ele não se submeteu, mas aprendeu que é melhor não resistir, pois isso apenas levará a mais pancadas. Quando Buck já está se comportando corretamente, ele e outros dois cães, Dave e Curly, são vendidos a François e Perrault, dois agentes do governo canadense. Eles precisam viajar até Dawson, no Alasca, e voltar até Skaguay. No acampamento, Curly é morto ao tentar fazer amizade com um cão esquimó. Buck compreende que esta é a lei do porrete e da dentada, que dominará sua vida daqui em diante. Buck decide que jamais tombará dessa maneira.

Buck e Dave se juntam a uma matilha de cães liderada por Spitz, um cão esquimó brigão. O trabalho da trilha começa imediatamente. Buck aprende rapidamente com os outros cães. Com o tempo, ele começa a se tornar mais selvagem, perdendo os hábitos da vida doméstica imposta a ele na casa do Juiz Miller.

Aos poucos, surgem tensões entre Buck e Spitz. Buck se sente pronto para ser um líder e procura usurpar o poder de Spitz. Certa noite, enquanto os dois caçam um coelho, eles travam uma luta até a morte, e Buck sai vencedor. No dia seguinte, ele se recusa a ser preso ao trenó no seu lugar habitual, pois deseja ser posto na posição do líder. Nada o faz mudar de ideia, nem o aparecimento do porrete, pois ele aprendeu a evitar os seus golpes. Quando François finalmente permite que ele ocupe a posição de Spitz, Buck se sente triunfante, pois agora os humanos não controlam totalmente o seu destino. Eles se tornaram seus iguais. Buck começa a sonhar com um mundo antigo e primitivo, onde homens e cães lutavam lado a lado pela sobrevivência.

Quando o trabalho para o governo termina, a matilha é vendida para um trio de imbecis liderados por Hal, um homem que não tem a menor ideia de como lidar com um grupo de cães. Na sua ansiedade em completar a trilha, ele maltrata terrivelmente os animais. Seu taciturno cunhado Charles e sua chorosa irmã Mercedes de nada servem para melhorar a situação. Devido à incompetência de Hal, eles rapidamente ficam sem comida. Os cães ficam famintos e exaustos de trabalho, e começam a morrer um por um. Finalmente, eles chegam ao acampamento de John Thornton, onde eles conseguem alguns suprimentos.

Na hora de partir, Buck se recusa a levantar. Depois de ver o cruel jovem espancar Buck repetidamente, John se aproxima e o salva, cortando a correia que o prendia ao trenó. Apesar dos conselhos em contrário, Hal obriga o resto da matilha a prosseguir, mas logo depois o gelo fino se rompe e o trenó afunda com todos, cães e humanos.

Buck se torna o animal favorito de John, e ele por sua vez adora seu mestre. Sob a influência de John e seus outros dois cães, Skeet e Nig, Buck começa a sarar e recupera algo da civilização que ele tinha perdido na trilha. Ele faz algumas coisas milagrosas para John, salvando sua vida duas vezes e ganhando uma aposta que permite que John pague todas as suas dívidas. Buck não consegue esquecer completamente suas visões de um mundo primitivo, mas ele está feliz ao lado seu dono.

Certo dia, John e seus sócios Hans e Pete partem com os cães em busca de uma mina perdida. O trabalho na trilha e a caçada diária são absolutamente maravilhosos para Buck. Finalmente, a mina é encontrada, e não há mais trabalho a ser feito pelos cães. Buck medita mais uma vez sobre o chamado que ele ouve toda noite vindo da floresta. Ele começa a dormir longe do acampamento. Buck aos poucos vai cedendo aos seus instintos selvagens, matando sua própria comida e cuidando de si mesmo. Uma vez, Buck encontra um lobo que faz amizade com ele e que fica bastante triste quando Buck volta ao convívio dos humanos.

Isso dura algum tempo, até que um dia Buck retorna ao acampamento e encontra todos mortos pelos índios. Ele fica enlouquecido de ódio pela morte do seu amado John, e mata todos os homens que não fogem dele. Tendo vingado seu dono e perdido seus laços com a Humanidade, Buck retorna à floresta e se junta a uma matilha de lobos. Ele finalmente tinha cedido ao chamado.

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  • Artigo link externo sobre Jack London na Wikipedia.

Resumo: O Príncipe e o Mendigo (Mark Twain)

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A história se passa na Inglaterra, no século XVI e começa com o nascimento de dois meninos, Tom Canty, um mendigo e Eduardo Tudor, o Príncipe de Gales. Os dois meninos crescem em ambientes diferentes e desconhecem a existência um do outro. Tom vive em Offal Court, uma das regiões mais pobres de Londres, onde seu pai bêbado, John Canty, o obriga a mendigar nas ruas. Apesar disso, ele encontra tempo para aprender latim e ler os livros do Padre Andrew. As antigas lendas e histórias que ele lê o encantam, e ele começa a se imaginar como um príncipe.

Certo dia, enquanto vagueava pelas ruas de Londres, ele chega até o palácio real. Apanhado olhando boquiaberto pelas grades, os guardas o interpelam agressivamente, mas o príncipe vem em seu socorro. Ele leva o rapaz até seus aposentos e faz perguntas sobre a família dele. Quando Tom manifesta o desejo de vestir trajes de príncipe, os dois trocam de roupas. A espantosa semelhança dos dois surpreende a ambos. Então, num impulso, Eduardo irrompe do seu quarto para punir o sentinela que tinha se comportado rudemente com Tom. O guarda o confunde com Tom e o põe para fora do portão. Desta forma, o príncipe é lançado no duro mundo exterior.

Eduardo sente cansaço e fome enquanto caminha pelas ruas de Londres. Quando ele chega até Offal Court, John Canty o captura e, confundindo-o com seu filho, lhe dá uma enorme surra. Padre Andrew vem salvar o menino das pancadas e é golpeado por Canty. Ao descobrir que o padre estava morrendo em consequência da sua agressão, ele foge de Londres, arrastando Eduardo consigo. É a véspera de uma longa procissão em homenagem a Tom, que irá descer pelo Rio Tâmisa e terminar com uma cerimônia no Guildhall. No meio da confusão, Eduardo consegue fugir. Ele segue para o Guildhall, onde chega quando Tom está sendo homenageado. Os guardas e a multidão zombam dele quando ele afirma ser o príncipe. Eduardo insiste e os guardas estão prestes a atacá-lo quando Miles Hendon entra em cena e o salva.

Nesse meio tempo, os cortesãos acreditam que Tom é Eduardo e, quando o rapaz tenta afirmar sua verdadeira identidade, todos acham que ele enlouqueceu. Tom é levado ao encontro do seu “pai”, o rei Henrique VIII. Quando o rapaz falha em reconhecê-lo, Henrique VIII também manifesta dúvidas sobre a sua sanidade e o aconselha a descansar e se distrair. Assim, Tom é forçado a desempenhar o papel de príncipe. Lentamente, ele se habitua às normas do palácio e se adapta à situação. Depois de algum tempo, o rei morre. Tom sente o peso da responsabilidade sobre seus ombros, mas procura desempenhar seu papel com seriedade. Ele ordena que libertem o Duque de Norfolk, condenado à morte pelo seu “pai”, além de perdoar vários prisioneiros. O público aprecia seus atos benevolentes e saúda sua sabedoria e sua bondade.

Miles Hendon não acredita que Eduardo é o verdadeiro Príncipe de Gales, mas sente pena do rapaz, o qual acha ser louco. Miles leva Eduardo até o lugar onde está alojado, planejando levá-lo consigo até a propriedade do seu pai, à qual está retornando depois de uma longa ausência. No entanto, John Canty e seus comparsas raptam Eduardo enquanto Miles estava ausente.

Eduardo é obrigado a viver entre vagabundos e rufiões. Ele deplora seu comportamento, mas descobre que muitos desses pequenos criminosos são vítimas das cruéis e injustas leis da Inglaterra. Um dia, ele é mandado mendigar com Hugo, um jovem membro do bando. Quando Hugo tenta extorquir dinheiro de um transeunte, Eduardo revela seu disfarce e foge. Nesta noite, ele se abriga no celeiro de um camponês. Na manhã seguinte, ele é encontrado pela família que vive ali. Embora as crianças acreditem em Eduardo, a mãe não consegue se convencer de que ele é um príncipe verdadeiro. Ela faz inúmeras perguntas a Eduardo e faz com que ele execute diversas tarefas domésticas para testar sua identidade. Quando John Canty se aproxima da casa, Eduardo foge e mais tarde se refugia na casa de um eremita louco. O homem tenta matá-lo, mas antes que ele possa pôr as mãos em Eduardo, John Canty e Hugo chegam e o levam embora. Eduardo é novamente lançado na companhia de ladrões e mendigos.

Hugo ansiava pela oportunidade de se vingar de Eduardo. Certo dia, os dois saem juntos novamente e Hugo faz com que Eduardo seja falsamente acusado de roubar o embrulho de uma mulher. A polícia o captura, mas um juiz piedoso e Miles Hendon o ajudam a escapar da punição da lei. Então Miles leva Eduardo até Hendon Hall para apresentá-lo à sua família. Entretanto, ele sofre um choque ao chegar. Seu irmão Hugh, que tinha se apossado da propriedade após a morte do pai deles, finge não reconhecê-lo e faz com que Miles e Eduardo sejam presos.

A experiência na prisão ajuda Eduardo, pois ele aprende paciência e perseverança com seus colegas prisioneiros, que são na sua maioria vítimas inocentes punidas cruelmente pela lei. Ele jura desfazer as duras leis do país e trazer alívio aos prisioneiros. Depois de serem libertados, Eduardo e Hendon rumam para o palácio em busca de justiça, mas acabam sendo separados na Ponte de Londres.

Durante esse tempo, Tom se familiariza com seus deveres e se porta com dignidade. Ele também aprende sobre o palácio e seus assuntos com Humphrey, seu pajem e companheiro de estudos. Lentamente, ele começa a apreciar a vida luxuosa e o poder da realeza, e se envergonha das suas origens. Quando ele é levado numa procissão de consagração através de Londres pouco antes da sua coroação, ele avista sua mãe na multidão, mas se recusa a reconhecê-la publicamente. Imediatamente ele se sente culpado e, após este incidente, os adornos da realeza não parecem mais serem tão gloriosos.

Durante a cerimônia de coroação, Tom fica preocupado e agitado. Ao final da cerimônia, quando o Arcebispo de Canterbury ergue a coroa para colocá-la na sua cabeça, Eduardo aparece subitamente e declara ser o verdadeiro rei. OS cortesãos se sentem ultrajados pelas palavras do intruso, mas ficam intrigados ao perceberem a notável semelhança entre os dois rapazes. Lorde Hertford testa Eduardo, fazendo perguntas sobre o palácio e seus habitantes. Satisfeito com as respostas recebidas, ele pede que Eduardo revele a localização do Grande Selo, que estava desaparecido há algum tempo. No início, Eduardo se engana. No entanto, com a ajuda de Tom, ele se lembra onde o tinha deixado e o Grande Selo é recuperado. Eduardo é reconhecido como o rei e coroado pouco depois.

Tom Canty e Miles Hendon ganham poder e posição, permanecendo leais à Coroa. Praticamente todos os súditos que Eduardo tinha encontrado e que tinham sofrido duramente durante o reinado de Henrique VIII são libertados da servidão ou recebem alguma compensação. Nunca mais se ouve falar de John Canty; Hugh Hendon abandona o país e morre pouco tempo depois. Miles se casa com Edith, seu verdadeiro amor, e leva uma vida feliz. Eduardo governa com tolerância e é lembrado como um rei benevolente.

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  • Artigo link externo sobre Mark Twain na Wikipedia.