Resumo: A Escola das Mulheres (Molière)

Arnolfo, também chamado de Sr. de Vendaval, é um homem maduro que gostaria de desfrutar da felicidade conjugal, mas é atormentado pelo medo de ser enganado por uma mulher. Então ele decidiu se casar com sua jovem pupila Inês, criada na ignorância das coisas do mundo, reclusa num convento desde os quatro anos de idade. Ao retornar de uma breve viagem ao campo, ele anuncia seus planos para seu amigo Crisaldo. Ele desaprova a forma como a jovem foi mantida longe da realidade e critica Arnolfo por desejar uma esposa estúpida. Arnolfo rebate seus argumentos, informando que já retirou Inês do convento há alguns dias, e a instalou numa casa próxima, para evitar comentários maliciosos. Ele também lembra Crisaldo que deseja ser chamado pelo seu imaginário título de Sr. de Vendaval, que prefere ao próprio nome.

Horácio, filho de Oronte, chega para visitar Arnolfo, velho amigo do seu pai. Ele diz que chegou há alguns dias, mas não o encontrou em casa. Confiando em Arnolfo e sem saber do seu papel de tutor, Horácio confessa que apaixonou-se por Inês à primeira vista e a cortejou. Ele também zomba do desconhecido Sr. de Vendaval. Arnolfo ouve tudo sem manifestar sua secreta amargura.

Após a partida de Horácio, Arnolfo repreende os criados, Alan e Georgete, por permitir que um jovem conheça sua pupila. Arnolfo chama Inês e a interroga para saber o que aconteceu durante esta entrevista e o conteúdo de seus comentários. Ele se tranquiliza com a história que ela lhe conta, uma vez que sua reputação não foi manchada, mas Arnolfo decide apressar o casamento. Inês, acreditando que seu futuro marido é Horácio, expressa sua gratidão a ele, mas o tutor a corrige sem rodeios.

Arnolfo ensina à sua futura esposa o básico dos deveres conjugais, sem esquecer os terríveis efeitos da infidelidade. Inês parece resignar-se a este triste futuro. Horácio encontra o tutor, que saboreia a decepção do rapaz: os criados recusaram-lhe outra visita, e a bela jovem o mandou embora jogando uma pedra nele… à qual estava anexada uma palavra de amor. Arnolfo se enfurece, forçado a reconhecer seu ciúme e, portanto, seu amor; e ele gostaria de ser amado em troca.

Ainda mais determinado, Arnolfo dá instruções drásticas a seus criados. Se Horácio aparecer novamente para ver Inês, eles devem expulsá-lo com golpes de vara. Pouco depois, o tutor e o pretendente se encontram novamente. Horácio informa que conseguiu entrar na casa, mas que a chegada inesperada do Sr. de Vendaval obrigou Inês a escondê-lo em um armário. Ele também lhe confidencia que tem um encontro marcado para aquela noite e que planeja raptar a jovem. Assim informado, Arnolfo chama seu tabelião para redigir o contrato de casamento e se prepara para colocar seu rival diante de um fato consumado.

A armadilha funcionou bem. Ao chegar, Horácio foi espancado pelos dois servos e ele não tem escolha a não ser nocauteá-los. Inês fugiu e se juntou a seu amante, não querendo voltar para seu tutor. Horácio, ainda sem saber a identidade do tutor, pede a Arnolfo que abrigue e proteja a jovem. Arnolfo triunfa, mas Inês ignora soberbamente seu discurso exaltado.

Chega Oronte, pai de Horácio, afirmando que quer unir o filho à filha do amigo Henrique, de volta das Américas, após longa estada. Horácio pede ajuda a Arnolfo, que ironicamente revela sua identidade a ele. Durante a discussão, é revelado que Inês é filha de Henrique, fruto de um relacionamento secreto dele com uma camponesa. Era a mesma mulher que, como mãe solteira, entregara Inês para ser criada pelo Sr. de Vendaval… Então Henrique entrega a jovem aos servos de Arnolfo; os amantes poderão unir seus destinos, para grande desespero do ex-guardião. Arnolfo nada pode fazer a não ser se conformar.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Molière na Wikipedia.