Resumo: Beowulf

Beowulf diante do dragão

 

A história se passa na Dinamarca, durante o século VI.

Grendel, um monstro maléfico, atormenta o rei Hrothgar e devasta seu reino constantemente. Todas as noites, Grendel invade o castelo do rei e devora todos os homens de Hrothgar que consegue alcançar. Beowulf, um notável e respeitado guerreiro de Geatland, chega com um navio dos seus guerreiros. Ele encontra Hrothgar e promete matar Grendel. À noite, Grendel chega ao castelo e novamente devora alguns homens de Hrothgar. Beowulf encontra Grendel, e segue-se uma tremenda batalha. Beowulf não usa nenhuma arma contra Grendel, e lutando com as mãos nuas, arranca-lhe o braço. Grendel escapa e volta ao seu covil subaquático, mas acaba morrendo.

Beowulf nada de volta através do lago ardente até aos seus homens que estão à sua espera. Os homens de Hrothgar já partiram, certos da derrota de Beowulf. Os homens de Beowulf regozijam-se e ele regressa ao salão de batalha de Hrothgar. O rei fica profundamente grato a Beowulf por ter matado Grendel. Ele nomeia Beowulf como um dos seus amigos e recompensa-o com ouro e conselhos importantes sobre como ser um rei. O braço de Grendel é pendurado na sala de batalha como um troféu da bravura de Beowulf e da vitória do homem sobre o monstro. Beowulf e os seus homens partem no seu navio para regressar a Geatland e ao rei Higlac. Ao chegarem, ele entrega ao rei Higlac todo o tesouro e as grandes armas que recebeu. Higlac recompensa-o com uma grande espada.

Higlac governa durante muito tempo, mas acaba por ser morto numa batalha. Os seus filhos governam no seu lugar e também são mortos. Finalmente, Beowulf é coroado como rei de Geatland. Ele é um bom rei e governa por muitos anos. Certo dia, um escravo fugitivo encontra uma torre escondida em Geatland. Um dragão malvado vive na torre e guarda um imenso tesouro de moedas de ouro. O dragão tinha encontrado o tesouro há muitos séculos, quando este tinha sido deixado para ser enterrado com um antigo rei, cujo povo tinha morrido. O escravo rouba uma taça de ouro da torre, despertando e enfurecendo o dragão. O dragão deixa a sua torre e, na noite seguinte, começa a devastar o reino, queimando aldeias, pessoas e o castelo de Beowulf.

Beowulf ouve falar do horror e jura, uma vez mais, livrar a terra de um demônio. Encontra o dragão durante o dia, acompanhado por muitos dos seus guerreiros. Beowulf luta contra o dragão, mas é golpeado muitas vezes e começa a perder a luta, pois é um homem idoso. As suas armas estão derretendo e o dragão está queimando-o. Quando o combate fica mais violento, todos os homens de Beowulf fogem, menos Wiglaf. Ao ver seu rei ser desarmado por um golpe do dragão, Wiglaf corre para ajudá-lo. Ele levanta o seu escudo para distrair o dragão, enquanto Beowulf pega sua espada. Com suas últimas forças, ele fere o dragão e, em seguida, mata o monstro, cortando-o ao meio. Mas Beowulf foi ferido e o veneno do dragão penetrou no seu corpo. Enquanto o corajoso Beowulf agoniza, Wiglaf limpa os ferimentos dele e lhe traz jóias do covil do dragão, como seu senhor pediu. Beowulf deixa o governo do seu reino a Wiglaf, dando-lhe seus anéis e sua cota de malha. Ele morre logo a seguir.

Wiglaf chama os homens que fugiram, dizendo-lhes que foram covardes e que, a partir deste momento, serão banidos de Geatland. Em seguida, envia um mensageiro aos demais guerreiros de Beowulf para lhes comunicar a morte do rei. Beowulf é cremado e suas cinzas são enterradas na torre do dragão, juntamente com as joias, que devem ficar ali para sempre. Como última homenagem ao herói, a torre passa a ser chamada torre de Beowulf, para que os marinheiros possam vê-la do mar e venerar sempre sua memória.

Resumo: A Nau Catrineta (Almeida Garrett)

O poema se passa no Oceano Atlântico, no século XVI.

A nau Catrineta está perdida no meio do mar e já navega há mais de um ano sem encontrar terra. As provisões se esgotaram e a tripulação já devorou todos os animais a bordo, inclusive galos e cachorros. Tentam ferver couros para acalmar um pouco o estômago, mas sem sucesso. Em desespero, decidem tirar a sorte para decidir quem será morto para alimentar os demais com seu corpo. O sorteio indica que o capitão general será o sacrificado.

Tentando evitar sua morte, o capitão indaga ao pequeno marujo no alto do mastro se está avistando terra. Ele nega e declara que apenas as espadas o aguardam.

O capitão insiste com o marujo, prometendo recompensas sucessivas, cada vez mais preciosas. Começou pela filha mais formosa. Tinha outras duas e não lhe custava muito ceder uma delas, mesmo sendo a mais formosa. O marujo a recusa. Em seguida, oferece dinheiro, seu belo cavalo branco, e, por fim, a própria nau. Todos são rejeitados pelo marinheiro.

Subitamente, o marujo pede sua alma em troca da salvação. Percebendo que o marinheiro era o diabo disfarçado, o capitão percebe que estava prestes a cair na tentação infernal. Ele cancela todas as suas promessas anteriores e se joga pela amurada, preferindo entregar seu corpo ao mar e sua alma a Deus.

Sua atitude de renegar o demônio o salva. Surge um anjo vindo do céu e impede seu suicídio, trazendo-o de volta para bordo.

Pouco depois, surge a terra tão desejada. Ao cair da noite, a nau Catrineta chega em segurança a Portugal.

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Resumo: A Balada do Velho Marinheiro (Samuel Taylor Coleridge)

Um marinheiro pára um homem a caminho de uma cerimônia de casamento e começa a relatar sua história. Impaciente no início, aos poucos o homem vai ficando fascinado com o desenrolar da história contada pelo marinheiro.

Sua narrativa começa com seu barco na sua longa viagem pelo mar. Apesar de tudo ocorrer bem no início, o barco é desviado do seu caminho durante uma tempestade e, direcionando-se ao sul, alcança a Antártida. Um albatroz aparece e guia os tripulantes para fora da Antártida. Apesar da ajuda do pássaro e do carinho que a tripulação agora tinha por ele, o marinheiro atira e mata o animal. Os outros ficam furiosos com o marinheiro, por acharem que o albatroz havia trazido os ventos que os levaram para longe da Antártida. Entretanto, mudaram sua opinião quanto o clima se tornou mais agradável e o nevoeiro se dissipou.

O crime despertou a fúria dos espíritos sobrenaturais, que passaram a perseguir o barco a partir da terra do nevoeiro e da neve. O vento que inicialmente os levara para fora da terra da neve os havia levado para águas calmas. Agora eles estavam há dias parados, sem vento, e o estoque de suprimentos estava acabando. A tripulação muda de ideia novamente, e culpa o marinheiro por sofrerem de sede.

O barco então encontra um navio fantasma pelo caminho. À bordo estão ”A Morte” (um esqueleto) e ”O Pesadelo da Vida na Morte” (uma mulher pálida como se estivesse morta), ambos jogando dados apostando as almas da tripulação. Eventualmente ”A Morte” ganha a vida da tripulação e ”O Pesadelo da Vida na Morte” ganha a vida do marinheiro, um prêmio que ela considera mais valioso. Seu nome é um indício do destino do marinheiro: uma vida pior que a morte como castigo por ter matado o albatroz.

Um a um, todos o tripulantes morrem, restando apenas o marinheiro, que vê por sete dias e noites a maldição nos olhos dos cadáveres de seus companheiros. Enquanto o marinheiro reza, o albatroz cai de seu ombro. Eis que, possuídos por bons espíritos, os corpos dos tripulantes levantam-se e guiam o barco para casa novamente, por fim afundando num redemoinho. O único que não afunda com o barco é o marinheiro, que é avistado por um eremita na terra. O eremita, com a ajuda de um homem e seu filho, vai ao encontro do marinheiro num bote. A princípio, eles pensam que o marinheiro está morto. Quando ele se levanta e passa a remar, o filho se convence que o marinheiro é o demônio e enlouquece.

Como punição por ter atirado no albatroz, o marinheiro é condenado a andar pelo mundo para contar sua história, e transmitir sua lição para quem encontrar pelo caminho.

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Resumo: Martín Fierro (José Hernandez)

Martin Fierro

Parte 1

O poema narra as aventuras de Martín Fierro, um gaúcho pobre que vive nos pampas argentinos. É um homem corajoso que foi forçado a guarnecer um forte que protege a fronteira entre as terras civilizadas argentinas e os territórios indígenas.

Cansado da vida que leva, ele deserta e tenta voltar para casa, mas descobre que sua casa, sua fazenda e sua família se foram. Fierro deliberadamente provoca um duelo ao insultar uma mulher negra em um bar, e mata o companheiro dela numa luta com facas.

Fierro se torna um fora-da-lei e é perseguido pela milícia. Durante o combate com a milícia, ele demonstra muita bravura e resistência. Admirado com sua coragem, um dos milicianos, o sargento Cruz, muda de lado e se junta a Fierro. Os dois conseguem escapar e seguem para os territórios nativos, esperando ter uma vida melhor entre os índios.

Parte 2

A esperança de uma vida melhor logo desaparece. Os dois são confundidos com espiões. O cacique salva suas vidas, mas, na prática, eles se tornam prisioneiros dos índios.

Uma epidemia de peste irrompe na tribo. Os índios tentam inutilmente contê-la através de rituais ferozes, incluindo o sacrifício de um menino cristão suspeito de trazer a peste até eles. Cruz e o cacique morrem da doença.

Ao visitar o túmulo de Cruz, Fierro ouve os gritos angustiados de uma mulher. Ele encontra uma índia chorando sobre o corpo do seu filho morto, com suas mãos amarradas nas entranhas do menino. Ele descobre que ela estava sendo acusada de feitiçaria. Fierro derrota o captor dela num combate brutal, e parte com a mulher para as terras civilizadas.

Fierro deixa a índia na primeira fazenda que encontra e segue viagem sozinho. Mais tarde, ele encontra seus dois filhos que ainda estavam vivos – um tinha sido um prisioneiro e o outro era o pupilo do astuto vilão Vizcacha – e o pupilo de Cruz, que se tornara um jogador.

Fierro passa uma noite inteira numa disputa musical com um cantor negro, que revela ser o irmão mais novo do homem que Fierro matara numa luta com facas. A história termina com Fierro fazendo em mudar de nome e viver em paz, mas a possibilidade de um novo duelo permanece no ar.

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Resumo: Epopeia de Gilgamesh

Epopeia de Gilgamesh

Parte 1

Gilgamesh é o rei de Uruk, na Suméria, dois terços deus e um terço homem. Os cidadãos de Uruk se sentem oprimidos por ele, e clamam aos deuses pedindo ajuda. Eles se queixam que Gilgamesh exerce o “direito do senhor”, isto é, deita-se com as mulheres recém-casadas nas suas noites de núpcias. Os deuses respondem ao apelo dos cidadãos criando um ser igual a Gilgamesh que irá distraí-lo destas atividades.

Os deuses criam Enkidu, um homem primitivo, que é coberto de pelos e vive com os animais selvagens. Ele é descoberto por um caçador que estava à procura de quem vinha arrancando suas armadilhas e arruinando seu medo de vida. O caçador avisa Gilgamesh sobre o homem e seduz Enkidu com uma habilidosa meretriz. Sua sedução por Shamhat, uma prostituta do templo, é o primeiro passo na sua civilização, e ela se oferece para levá-lo de volta a Uruk depois de fazerem amor por sete dias. Enquanto isso, Gilgamesh vinha tendo sonhos relacionados à chegada iminente de uma nova companhia.

Parte 2

Shamhat leva Enkidu ao acampamento dos pastores, onde ele é introduzido a uma dieta humana e se torna o sentinela noturno do acampamento. Ao saber por um viajante sobre o tratamento que Gilgamesh dá às noivas recém-casadas, Enkidu se enfurece e vai até Uruk para intervir num casamento. Quando Gilgamesh tenta entrar no quarto nupcial, Enkidu barra seu caminho e os dois lutam. Depois de um combate feroz, Enkidu reconhece a força superior de Gilgamesh e eles se tornam amigos. Gilgamesh propõe que eles viajem juntos até a Floresta de Cedros para matarem o monstruoso semideus Humbaba, conseguindo assim fama e renome. Apesar dos avisos de Enkidu e da opinião contrária dos anciãos, Gilgamesh não se detém.

Parte 3

Os anciãos dão conselhos a Gilgamesh sobre sua jornada. Gilgamesh visita sua mãe, a deusa Ninsun, que busca o apoio e a proteção do deus-sol Shamash para os dois aventureiros. Ninsun adota Enkidu como seu filho. Gilgamesh deixa instruções sobre como governar Uruk na sua ausência, e os dois partem para sua aventura.

Parte 4

Gilgamesh e Enkidu viajam até a Floresta de Cedros. A cada poucos dias ele acampam numa colina ou numa montanha para fazer um ritual de sonhos. Gilgamesh tem cinco sonhos terríveis que envolvem montanhas caindo, tempestades, touros selvagens e um pássaro que cospe fogo. Apesar das semelhanças entre as figuras dos sonhos e as antigas descrições de Humbaba, Enkidu interpreta todos os sonhos como bons presságios, recusando-se a pensar que qualquer uma das imagens assustadoras representem o guardião da floresta. À medida que se aproximam da Montanha dos Cedros, eles ouvem os urros de Humbaba e precisam se encorajar mutuamente para não se amedrontarem.

Parte 5

Os heróis entram na Floresta dos Cedros e seus medos retornam. Humbaba, o ogro guardião da floresta, os insulta e os ameaça. Ele acusa Enkidu de traição, depois jura estripar Gilgamesh e alimentar os pássaros com sua carne. Gilgamesh se amedronta mas, com algumas palavras encorajadoras de Enkidu, a batalha começa. As montanhas tremem com o tumulto e o céu fica negro. O deus Shamash envia seus treze ventos para amarrarem Humbaba e ele é capturado. O monstro pede pela sua vida e Gilgamesh se apieda dele. Enkidu, no entanto, se enfurece e pede que Gilgamesh mate a besta. Humbaba amaldiçoa ambos e Gilgamesh o liquida com uma pancada no pescoço.

Os dois heróis cortam muitos cedros, incluindo uma árvore gigante que Enkidu planeja transformar num portão para o templo de Enlil. Eles constroem uma jangada e voltam para casa descendo o rio Eufrates com a árvore gigante e a cabeça de Humbaba.

Parte 6

Gilgamesh rejeita os avanços da deusa Ishtar devido ao mau tratamento que ela dera a amantes anteriores, como Dumuzi. Ishtar pede a seu pai Anu para enviar Gugalanna, o “touro do céu”, para vingá-la. Quando Anu rejeita suas queixas, Ishtar ameaça ressuscitar os mortos, que irão superar os vivos em número e os devorarão. Anu se assusta e cede. O touro do céu é levado a Uruk por Ishtar e causa terrível devastação. Ele seca os leitos dos rios, mata os juncos, reduz tremendamente o nível do Eufrates e abre grandes buracos no solo, que engolem 300 homens. Enkidu e Gilgamesh atacam e matam a fera sem nenhuma ajuda divina e oferecem seu coração a Shamash. Quando Ishtar grita de agonia, Enkidu arremessa uma das ancas do touro nela. A cidade de Uruk festeja, mas Enkidu tem um sonho ruim.

Parte 7

No sonho de Enkidu, os deuses decidem que um dos heróis precisa morrer em troca das mortes de Humbaba e do touro do céu. Apesar dos protestos de Shamash, Enkidu é destinado a morrer. Enkidu considera o grande portão que ele preparara para o templo de Enlil, e o amaldiçoa. Ele também amaldiçoa Shamhat e o caçador por o terem retirado da vida selvagem. Então Shamash fala do céu, lembrando Enkidu como Shamhat o vestira, o alimentara e o apresentara a Gilgamesh. Gilgamesh prestará grandes honras no funeral de Enkidu, e mais tarde vagueará pelas terras selvagens consumido pela dor. Enkidu lamenta suas maldições e abençoa Shamhat, temporariamente aplacado. No entanto, em um segundo sonho ele se vê sendo levado prisioneiro para o Submundo por um aterrorizante Anjo da Morte. O Submundo é um lugar de poeira e escuridão, cujos habitantes comem barro e são vestidos com penas de pássaros, supervisionados por seres terríveis.

Por doze dias a condição de Enkidu piora. Finalmente, após um lamento final por não ter encontrado uma morte heroica em combate, ele morre.

Parte 8

Gilgamesh faz um longo lamento por Enkidu, no qual ele convoca florestas, montanhas, campos, rios, animais selvagens e toda Uruk a se enlutarem pelo seu amigo. Relembrando suas aventuras juntos, Gilgamesh arranca seus cabelos e suas roupas de tristeza e dor. Ele encomenda uma estátua fúnebre e fornece valiosos presentes do seu tesouro para garantir a Enkidu uma recepção favorável no reino dos mortos. Um grande banquete é celebrado enquanto os tesouros são oferecidos cerimonialmente aos deuses do Submundo.

Parte 9

Gilgamesh lamenta Enkidu e corre pelas matas vestido com pele de animais. Temeroso da sua própria morte, seu objetivo é encontrar o lendário Utnapishtim e aprender o segredo da vida eterna. Dos poucos sobreviventes do Grande Dilúvio, Utnapishtim e sua esposa são os únicos humanos a terem recebido a imortalidade dos deuses. No início das suas viagens, Gilgamesh passa por um desfiladeiro nas montanhas à noite e encontra um bando de leões. Ele ora por proteção a Sin, deus da Lua, antes de adormecer. Ao despertar de um sonho favorável, ele mata os leões e usa suas peles como roupas.

Depois de uma viagem longa e perigosa, Gilgamesh chega aos picos gêmeos do Monte Mashu no fim do mundo. A entrada, que nenhum homem jamais cruzara, é guardada por dois terríveis homens-escorpião. Depois de o interrogarem e reconhecerem sua natureza semidivina, eles permitem que Gilgamesh entre e viaje através das montanhas pela Estrada do Sol. Ele segue a estrada por doze “horas duplas” em completa escuridão. Conseguindo completar a viagem antes que o sol o alcance, Gilgamesh chega num jardim paradisíaco repleto de árvores carregadas de joias.

Parte 10

Gilgamesh encontra a guardiã Siduri, que inicialmente acha que ele é um assassino devido à sua aparência desgrenhada. Ele conta Siduri o propósito da sua viagem. Siduri tenta dissuadi-lo de prosseguir, sem sucesso. Ela então o encaminha ao barqueiro Urshanabi, que o ajudará a cruzar o mar até Utnapishtim. Urshanabi está acompanhado de gigantes de pedra. Gilgamesh os considera hostis e os mata. Quando ele conta sua história a Urshanabi e pede ajuda, ele descobre que acabara de matar as únicas criaturas capazes de cruzar as águas da Morte, que são fatais se forem tocadas. Urshanabi pede que ele corte 300 árvores e as arranje na forma de uma barcaça. Ambos embarcam e navegam até a ilha de Utnapishtim. Utnapishtim vê que há mais alguém no barco e pergunta a Gilgamesh quem ele é. Gilgamesh conta sua história e pede ajuda, mas Utnapishtim o repreende porque combater o destino comum dos homens é inútil e diminui as alegrias da vida,

Parte 11

Gilgamesh observa que Utnapishtim não parece diferente dele mesmo, e pergunta a ele como conseguiu a imortalidade. Utnapishtim conta uma antiga história de como os deuses decidiram mandar uma grande enchente. O deus Ea, entretanto, o avisa que ele deveria construir um barco e se salvar. Dimensões precisas foram dadas e ele foi selado com piche e betume. A família de Utnapishtim embarca, junto com seus artesãos e todos os animais do campo. A seguir, ergue-se uma violenta tempestade que faz com que os deuses aterrorizados se retirem para o céu. Ishtar lamenta a destruição total da Humanidade e os outros deuses choram ao lado dela. A tempestade dura seis dias e sete noites, depois do que todos os seres humanos se transformaram em barro. Utnapishtim, olhando ao redor, também chora ao ver a devastação. O barco se aloja numa montanha e, depois de mais sete dias, ele liberta um pombo, uma andorinha e um corvo. Quando este último deixa de voltar, ele abre a arca e liberta seus ocupantes. Utnapishtim oferece sacrifício aos deuses, que sentem o cheiro doce e se juntam. Belitili jura que, assim como ela nunca esquecerá o colar brilhante que pende do seu pescoço, sempre se lembrará desta ocasião. Depois que ela condena o deus Enlil por desencadear o dilúvio sem pensar, ele chega repentinamente, furioso por alguém ter sobrevivido. Então, Ea fala e o pune por mandar um castigo desproporcional para os homens. Enlil, aparentemente arrependido, abençoa Utnapishtim e sua esposa, e os recompensa com a vida eterna.

Fica evidente que Utnapishtim recebeu a vida eterna em circunstâncias únicas e que nunca se repetirão. Como se quisesse demonstrar isso, Utnapishtim desafia Gilgamesh a ficar acordado por seis dias e sete noites. No entanto, assim que Utnapishtim termina de falar Gilgamesh adormece. Utnapishtim instrui sua esposa a cozinhar um bolo de pão para cada dia que Gilgamesh esteja dormindo, de forma que ele não possa negar sua falha. Gilgamesh, que quer superar a morte, não consegue sequer superar o sono! Depois de instruir seu barqueiro a lavar Gilgamesh e vesti-lo com roupas reais, Utnapishtim manda os dois de volta para Uruk.

Quando eles estão partindo, a esposa de Utnapishtim pede a ele que ofereça um presente de despedida, Utnapishtim fala a Gilgamesh sobre uma planta semelhante a um espinheiro que cresce no fundo do mar e que o tornará jovem novamente. Gilgamesh amarra pedras nos pés de tal forma que ele possa caminhar no fundo do mar. Ele consegue pegar a planta e planeja experimentá-la em um homem velho quando retornar a Uruk. Infelizmente, quando Gilgamesh para para se banhar, a planta é roubada por uma serpente, que muda de pele ao partir. Gilgamesh chora a futilidade dos seus esforços, agora tendo perdido toda chance de imortalidade. Então ele volta para Uruk, onde a visão das suas muralhas maciças o faz dedicar seu trabalho duradouro a Urshanabi.

 

 

Resumo: Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)

Morte e Vida Severina

O poema narra a trajetória de Severino, um migrante que abandona o sertão rumo ao litoral, encontrando nesta longa viagem apenas a morte. Este sertanejo, a exemplo dos personagens dos autos medievais, é um tipo, encarnando de maneira genérica as características de uma classe social. Assim, seu sofrimento é o de toda a sua gente. Da mesma forma, a morte, que o espreita e persegue, é morte que ataca a todos os pobres da região, “mesma morte Severina”.

Em sua trajetória rumo à cidade, o sertanejo encontra os irmãos das almas que conduzem um cadáver. Severino acaba tomando o lugar de um deles na condução de um defunto. Pouco a pouco, vai percebendo que apenas os que fazem da morte “ofício ou bazar” conseguem trabalho: rezadeiras, farmacêuticos, coveiros, etc.

Na continuação de sua caminhada, assiste a um enterro de um trabalhador. Os amigos do morto dizem no cemitério que aquela era a única terra que ele teve direito.

Severino continua o seu roteiro até chegar ao Recife. Lá ouve a conversa de dois coveiros, que comentam a inutilidade da vinda desses sertanejos para a capital, pois eles chegavam ali apenas para morrer.

O retirante percebe então a absoluta precariedade de sua condição humana e resolve se suicidar. Antes disso, dialoga com um tipo pobre da cidade, José, mestre carpina, a respeito da fundura do rio Capibaribe. Neste momento, o mestre carpina recebe a notícia do nascimento de um filho. Severino o acompanha. Há uma espécie de auto dentro do auto: vizinhos, amigos e ciganas vem “adorar” e levar presentes ao menino recém nascido, como se ele fosse o próprio Cristo, revivido em Pernambuco. Severino assiste a tudo. E, por fim, o mestre carpina encerra o poema, respondendo ao retirante que aquela vida, mesmo sendo franzina, era a prova da resistência de todos os severinos do Nordeste contra a morte.

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Resumo: I-Juca Pirama (Gonçalves Dias)

I-Juca Pirama

O poema se inicia na aldeia dos ferozes guerreiros Timbiras, que haviam capturado um índio de outra tribo, que havia ousado penetrar nos seus domínios. Seu nome e sua origem são ignorados, pois ele nada havia dito após sua captura na floresta.

Os Timbiras são antropófagos e costumam devorar seus inimigos. São feitos cuidadosos preparativos para a cerimônia de sacrifício: o prisioneiro amarrado tem a cabeça raspada, ele é pintado cuidadosamente, junta-se lenha para a fogueira, os objetos rituais são enfeitados, prepara-se o cauim. Os membros da tribo se reúnem em volta do índio silencioso.

Começa a festa. O prisioneiro permanece impassível, sem lágrimas nem gemidos. Chega o chefe Timbira, encarregado do sacrifício, e ordena ao cativo que declare sua identidade e seus feitos antes do golpe fatal.

Com voz triste, o índio declara que é um dos últimos guerreiros da tribo dos Tupis, inimiga mortal dos Timbiras. Ele relembra glórias e feitos passados, como a luta contra os Aimorés, e afirma a valentia e a coragem dos Tupis. O Tupi também conta que foi capturado enquanto procurava provisões para seu velho pai, que era cego. Ele se emociona ao lembrar que deixará seu pai desamparado e condenado a morrer. Como alternativa, pede para ter a vida poupada para cuidar do pai; em troca, se tornará escravo dos Timbiras quando o velho morrer.

O chefe Timbira ordena que o Tupi seja libertado, o que causa espanto à tribo e ao próprio Tupi. O Tupi agradece e não deseja partir, mas o Timbira insiste, dizendo que seus guerreiros não irão se aviltar devorando um fraco. Sentindo-se humilhado, mas lembrando da necessidade de cuidar do pai, o Tupi volta para a floresta.

O índio reencontra o pai, que reclama da sua demora. O filho se justifica com demora em conseguir achar a caça e os dois caminham pela mata. No entanto, o velho sente o cheiro das tintas frescas com as quais o filho havia sido decorado. Desconfiado, toca na cabeça do filho e descobre, horrorizado, que ele tinha a cabeça raspada, sinal de sacrifício. Ele pressiona o filho, que confessa que havia sido capturado pelos Timbiras, que o libertaram ao saber da existência do seu pai idoso e cego. O velho insiste para que ambos voltem à aldeia dos Timbiras.

Ao chegarem na aldeia, o pai agradece a nobreza dos Timbiras, que considera superior até à dos Tupis pelo gesto de piedade que tiveram. No entanto, ele afirma que o filho deve ser tratado como prisioneiro até o fim, pois ele se arranjará de alguma outra forma. Contudo, o chefe Timbira rejeita a oferta, reafirmando que o Tupi havia chorado em presença da morte.

Furioso, o velho se volta para o filho e o amaldiçoa por ter chorado, cobrindo-o de injúrias, chamando-o de covarde e negando que seja realmente seu filho.

Enquanto se afasta, sozinho nas trevas que o rodeiam, o velho ouve um grande clamor. O Tupi enfrentava, sozinho e com suprema coragem, toda a tribo dos Timbiras! O velho pára e começa a chorar, emocionado. O chefe Timbira interrompe a luta, afirmando que se enganara sobre a coragem do Tupi e que este deve guardar suas forças para o sacrifício. O velho pai abraça seu filho, proclamando orgulhoso sua valentia.

Os Timbiras ficaram tão impressionados com a história dos dois Tupis que continuavam a repeti-la muitos anos depois.

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Resumo: A Carga da Brigada Ligeira (Alfred Tennyson)

A Carga da Brigada Ligeira

(O poema narra um episódio da Guerra da Criméia, em meados do século XIX, quando tropas britânicas recebem ordem de atacar uma posição russa muito bem defendida. Foi um ataque quase suicida, e que demorou aproximadamente vinte e cinco minutos.)

Os seiscentos homens da Brigada Ligeira recebem ordem de ataque e cavalgam na direção dos canhões à sua frente. Eles não questionam os motivos da ordem e avançam corajosamente, sem medo da morte, para cumprir o seu dever.

Os cavaleiros percorrem meia légua, sob o violento fogo dos canhões que os rodeiam à esquerda, à direita e em frente. Sabres em punho, eles se atiram na direção dos canhões russos, causando grande emoção naqueles que assistem o ataque.

Eles rompem as linhas e atacam os russos e os cossacos a golpes de sabre. Depois, retrocedem às suas posições originais, novamente sob fogo dos canhões inimigos.

Muitos tombam durante o ataque. Os poucos que sobrevivem se cobrem de glória perante o mundo inteiro por sua bravura e ousadia.

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Resumo: Eneida (Virgílio)

Eneida

A história começa em alto mar, onde Juno, a rainha dos deuses, provoca uma tempestade para impedir Enéias e seus companheiros troianos de chegarem até seu destino, a Itália. Netuno, o deus do mar, interrompe a tempestade e eles prosseguem dividindo-se em dois grupos na costa da África, perto de Cartago. A deusa Vênus, mãe de Enéias, pede a ele garantias que os sofrimentos dos troianos irão terminar, e ele profetiza a fundação de Roma. Vênus ajuda seu filho a entrar na cidade de Cartago e ele observa seus companheiros perdidos se encontrarem com a rainha Dido. O disfarce de Enéias é descoberto e ele é levado até seus companheiros. Vênus envia Cupido até Dido para que ela se apaixone por Enéias.

Enéias conta a Dido a história da queda de Tróia. Os gregos tinham construído um gigantesco cavalo de madeira e deixaram um homem para trás para convencer os troianos a levarem o cavalo para dentro da cidade. Uma vez dentro das muralhas, o exército grego saíra do interior do cavalo e começara a saquear a cidade. Enéias acordara com a visão de um herói morto e saíra às pressas. Com vários companheiros, ele testemunhara a morte de muitos. Ele voltara correndo para casa e levara seu filho e seu pai com ele, além da sua mulher, logo atrás. Enéias a perdera na multidão que corria pela cidade e, quando voltara para procurá-la, ele encontrara o fantasma dela, que o avisara para ir até a Itália.

Os refugiados troianos navegam até a Trácia e são mandados embora de lá por um camarada morto. Em Creta, as estátuas dos seus ancestrais ganham vida. Eles prosseguem até a ilha das Harpias e lá recebem uma profecia sinistra. Finalmente, eles chegam a uma ilha governada por um troiano. Ele profetiza sobre o futuro dos troianos e diz onde encontrariam um novo lar, indicando também a maneira de chegar até lá. Os troianos prosseguem viagem e atracam na Sicília, onde morre o pai de Enéias. Eles zarpam novamente e são colhidos pela tempestade que os arrastara até Cartago.

Dido se apaixona pelo herói troiano. Juno tenta fazer um acordo com Vênus para manter o par junto. Elas provocam uma caçada, durante a qual os dois dormem juntos. Dido pensa que isto é um casamento. Júpiter, o rei dos deuses, ordena que Enéias parta para a Itália. Dido fica transtornada quando descobre que ele está partindo. Enéias precisa partir rapidamente. Ela implora que ele fique, mas Enéias não muda de ideia. Quando ele zarpa, Dido se suicida.

Os troianos retornam para a Sicília e realizam jogos fúnebres em honra do pai de Enéias. Há uma corrida de galeras, uma corrida a pé, um torneio de lutas e um concurso de tiro com arco. Durante a exibição das crianças, Juno faz com que as mulheres troianas incendeiem os navios. Júpiter apaga o fogo mandando chuvas, mas mesmo assim quatro navios são perdidos. Enéias precisa deixar muitas mulheres e os homens idosos na Sicília.

Eles navegam até a Itália e Enéias encontra a Sibila, que o instrui sobre como descer ao mundo das sombras. Os dois descem juntos e Enéias encontra muitas pessoas que ele conhecera, inclusive Dido, que se recusa a falar com ele. Enéias encontra seu pai e é informado sobre o futuro dos seus descendentes, enquanto eles contemplam as almas que esperam por uma segunda chance de viver. Enéias retorna ao mundo dos vivos e navega até a foz do rio Tibre.

Os troianos acampam e Enéias manda enviados ao líder local, Latinus, que oferece a ele sua filha Lavínia em casamento. No entanto, sua esposa e Turnus, o homem que ela escolhera para ser seu futuro genro, se opõem. Enquanto os latinos discutem entre si, Juno provoca um conflito e faz com que o filho de Enéias mate um cervo sagrado de um dos latinos. Isto leva a uma guerra, envolvendo os latinos e suas tribos aliadas, que são convocadas para destruir os troianos.

O rio Tibre sente pena de Enéias e resolve ajudá-lo, contando que existe uma tribo vivendo rio acima que poderia ajudá-lo na batalha. Enéias sobe o rio e encontra o rei Evandro e seu filho Palas. Eles o recebem bem e oferecem ajuda. No entanto, Evandro reconhece que não têm recursos suficientes para derrotarem os latinos sozinhos e sugere a Enéias subir o rio mais um pouco, onde vive uma tribo de toscanos que têm uma rixa contra alguns dos latinos.

Enquanto Enéias está fora, os latinos atacam o acampamento. Os troianos são sitiados e combatem com valentia para manter seus muros. Os latinos se retiram quando anoitece. Durante a noite, dois troianos tentam escapar para avisar Enéias, mas eles são mortos. Pela manhã, Turnus tenta incendiar os navios, mas eles se transformam em ninfas.

Enéias consegue a ajuda dos toscanos e está navegando de volta para a foz do rio quando uma das ninfas o avisa que o acampamento está sitiado. Ele volta apressado e os aliados entram no combate. Muitos homens tombam, inclusive Palas, que é morto por Turnus. Juno leva Turnus para longe do campo de batalha para protegê-lo. Enéias se enfurece terrivelmente e depois faz um funeral para Palas.

Os latinos discutem sobre o término da guerra, mas Turnus decide que não pode suportar abrir mão de Lavínia. Os troianos e seus aliados atacam a cidade e a virgem-guerreira Camila consegue conter a maioria deles. Muitos troianos morrem antes que ela tombe em combate. Os troianos investem contra os muros dos latinos e quase os tomam. No dia seguinte, Turnus se oferece para participar de um combate singular com um campeão troiano para acabar com a guerra. O próprio Enéias se apresenta para a luta. No entanto, quando a luta começa, Juno faz com que a ninfa irmã de Turnus inspire os homens a quebrarem a trégua. Acontece outra batalha feroz e Enéias é ferido seriamente. Vênus consegue curar seu ferimento. Ele retorna ao combate e luta vigorosamente, aproximando-se cada vez mais dos muros da cidade dos latinos. Turnus consegue se impor à sua irmã e exige a realização do combate. Turnus é rapidamente derrotado. Ele pede clemência a Enéias e o troiano hesita. Entretanto, Enéias vê o cinturão de Palas sendo usado por Turnus. O troiano se enfurece e mata seu adversário sem piedade, acabando a guerra.

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Resumo: Ilíada (Homero)

Ilíada

No décimo ano da Guerra de Tróia, Crisos, sacerdote de Apolo, tenta resgatar sua filha Criseida, que tinha sido aprisionada durante um ataque por Agamenon, comandante supremo dos aqueus. Quando Agamenon trata rudemente o sacerdote e recusa o resgate, Apolo se enfurece e envia a peste para os aqueus. O profeta aqueu Calcas identifica corretamente a causa do problema e sugere mandar a garota de volta com presentes para Apolo. Agamenon exige ser compensado pela perda de Criseida, mas Aquiles, o maior dos guerreiros aqueus, se opõe. Os dois homens discutem violentamente. Agamenon diz que retomará Briseida, uma mulher capturada que tinha sido dada a Aquiles como prêmio pelo seu valor. Tremendamente desonrado, Aquiles retorna aos seus navios e se recusa a combater. Agamenon cumpre sua palavra, retirando Briseida de Aquiles e devolvendo a filha de Crisos ao pai. Aquiles pede à sua mãe, a deusa Tétis, que convença Zeus, o rei dos deuses, a trazer desgraças para os aqueus enquanto ele, Aquiles, não for apaziguado e voltar a lutar. Zeus deve favores a Tétis e atende ao seu pedido.

Com Aquiles fora do caminho, Heitor, o campeão dos troianos, empurra os aqueus de volta aos seus navios atracados na praia. Os aqueus erguem barricadas, mas anseiam pela presença do seu principal guerreiro. A pedido dos comandantes aqueus, Agamenon manda uma embaixada a Aquiles para pedir que ele volte a lutar. Agamenon oferece prêmios valiosos, mas Aquiles recusa a oferta e permanece afastado do combate.

As barricadas dos aqueus são rompidas e muitos dos maiores guerreiros aqueus sobreviventes são feridos. Pátroclo, o amado companheiro de Aquiles, implora que ele faça alguma coisa para ajudar seus colegas soldados. Ele pede permissão para vestir a armadura de Aquiles, para que os troianos pensem que ele tinha voltado. Aquiles aceita o pedido, mas avisa Pátroclo para voltar tão logo ele tenha afugentado os troianos para longe dos navios. Pátroclo expulsa os troianos de volta às muralhas da cidade, mas Heitor o mata ali com a ajuda de Apolo. Heitor arranca a armadura dele e a veste; os aqueus têm dificuldade para conseguir salvar o corpo de Pátroclo da mutilação.

Aquiles fica transtornado de tristeza e de fúria. Tétis o avisa que, caso ele mate Heitor, ele também morrerá em pouco tempo. Aquiles aceita sua própria vida como preço para a vingança. Ele se reconcilia com Agamenon e, através da sua mãe, ele recebe uma nova armadura feita por Hefestos, o ferreiro dos deuses. Aquiles ataca violentamente, matando troianos à esquerda e à direita, destruindo o exército troiano praticamente sozinho. Ele encontra Heitor, persegue-o ao redor da cidade e o mata com facilidade. Aquiles amarra o cadáver de Heitor à sua carruagem e dá várias voltas ao redor da cidade de Tróia, para que todos os troianos possam ver o corpo do seu campeão ser horrivelmente mutilado.

Aquiles retorna ao acampamento aqueu, onde ele oferece jogos funerários magníficos em honra de Pátroclo. Ele continua a abusar do cadáver de Heitor. Zeus envia Tétis para dizer a Aquiles que ele tem que aceitar o resgate que Príamo, rei de Tróia e pai de Heitor, irá oferecer pelo corpo do seu filho. O próprio Príamo vem ver Aquiles, o homem que tinha matado tantos dos seus filhos. Subitamente, Aquiles se lembra do seu próprio pai, o qual, como Príamo, sobreviverá ao seu filho mais amado. Ele compreende o que tinha feito e sua tristeza e sua fúria dão lugar à compaixão. Ele devolve o cadáver e oferece uma trégua para que os troianos possam enterrar Heitor. Com a palavra de Aquiles como sua garantia, os troianos levam onze dias para dar a Heitor um velório e um funeral adequados. A história termina com uma visão clara do futuro. Aquiles não viverá para ver a queda de Tróia, mas a cidade está condenada. Todos serão massacrados, exceto um punhado de pessoas, e a cidade será varrida da face da Terra.

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