Resumo: Laranja Mecânica (Anthony Burgess)

A história se passa numa cidade futurística, governada por um super-Estado totalitário e repressor. Nesta sociedade, os cidadãos comuns caíram num estupor passivo e complacente, cegos ao crescimento nocivo de uma cultura de jovens violentos e agressivos. O narrador da história é Alex, um garoto de quinze anos que usa um jargão cheio de gírias que misturam russo e cockney. Ele é o líder de uma gangue de criminosos adolescentes – formada por Dim, Pete e George – que vagam pelas ruas, estuprando as mulheres e roubando e espancando os homens. Quando não estão cometendo crimes, Alex e seus amigos passam o tempo num bar chamado Duque de Nova York ou no Korova, um estabelecimento que serve leite misturado com drogas.

Alex começa sua narrativa no Korova, onde os rapazes estão sentados bebendo. Ao saírem, eles se lançam num frenesi de violência, que inclui assaltos, furtos, uma luta com outra gangue e o roubo de um carro. Os adolescentes seguem até o campo no carro roubado, arrombam e invadem uma casa qualquer, espancando o homem que vive lá e o obrigando a assistir sua esposa sendo estuprada por eles. Depois, voltam para o Korova, onde brigam entre si. Alex, que ama música clássica, se enfurece com Dim quando ele debocha de uma ópera que Alex adora. Ele dá um murro na cada de Dim, e os outros se voltam contra seu líder arrogante. Quando saem novamente, eles invadem a casa de uma senhora idosa. Ela consegue chamar a polícia e, antes que Alex consiga escapar, Dim o acerta no olho com uma corrente e foge com os outros. A polícia prende Alex e o leva para a delegacia, onde ele descobre que a mulher que espancara e estuprara no assalto anterior tinha morrido.

Alex é julgado e condenado a catorze anos de prisão. No início, a prisão é difícil para ele. Os guardas são impiedosos e opressivos, e vários detentos querem estuprá-lo. Depois de algum tempo, no entanto, a vida se torna mais fácil. Ele faz amizade com o capelão da cadeia, que percebe o interesse de Alex na Bíblia. O capelão deixa que Alex leia na capela enquanto ouve música clássica. Ele devora o Velho Testamento, se deliciando com o sexo, a bebedeira e a violência que encontra nas suas páginas.

Um dia, após lutar e matar um companheiro de cela, Alex é selecionado como o primeiro candidato para um tratamento experimental chamado Técnica Ludovico, uma forma de lavagem cerebral que incorpora aprendizagem associativa. Depois de receber uma injeção de uma substância que o faz ficar terrivelmente doente, os médicos forçam Alex a assistir filmes tremendamente violentos. Assim, Alex vem a associar a violência com as náuseas e fortes dores de cabeça que ele experimenta devido à injeção. Após duas semanas deste processo, o simples pensamento sobre algo violento faz Alex se sentir muito mal. Uma consequência inesperada do tratamento é que Alex não consegue mais gostar de música clássica, que ele sempre associou com violência. O Estado não se importa com este efeito colateral. O tratamento bem-sucedido de Alex é considerado uma vitória para a lei e a ordem, e o Estado planeja aplicá-lo em larga escala.

Depois de dois anos na prisão, Alex é libertado, agora um ser humano incapaz de atos criminosos. No entanto, logo Alex descobre que não só é inofensivo mas também indefeso, quando suas antigas vítimas o procuram para se vingarem. Seu velho amigo Dim e um antigo inimigo chamado Billboy agora são policiais, e eles aproveitam a oportunidade para se desforrarem dele. Eles o levam até um lugar distante no campo, o espancam violentamente e o abandonam na chuva. Muito ferido, Alex vagueia até uma casa próxima e bate na porta, pedindo ajuda. Um homem abre a porta, lhe dá comida e oferece um quarto para que ele passe a noite. Alex o reconhece: é o marido da mulher que ele estuprara dois anos antes. Ele não o identificou porque Alex estava mascarado naquela noite. Mais tarde, Alex descobre que a mulher morrera de choque pouco depois do estupro.

O homem, F. Alexander, é um dissidente político. Quando ouve a história de Alex, ele acha que pode usá-lo para provocar indignação das pessoas contra o Estado. Ele e mais três colegas preparam um plano onde Alex fará várias aparições públicas. No entanto, Alex está cansado de ser usado nos esquemas dos outros. Ele reclama longamente usando seu antigo jargão, levantando suspeitas de F. Alexander, que ainda se lembra da estranha linguagem usada pelos adolescentes que estupraram sua esposa. Baseado nas suspeitas de F. Alexander, os homens mudam seus planos. Eles trancam Alex num apartamento e tocam música clássica a todo volume lá dentro, esperando que Alex se suicide e eles possam responsabilizar o governo.

Alex acaba se jogando pela janela do apartamento, mas a queda não o mata. Enquanto ele está no hospital, inconsciente, há uma forte luta política, mas o governo sobrevive. Os médicos do Estado desfazem a Técnica Ludovico e restauram a antiga personalidade de Alex em troca de uma declaração de apoio dele ao governo. De volta ao normal, Alex monta uma nova gangue e retoma o comportamento que tinha antes da prisão, mas logo se cansa daquela rotina de violência. Depois de se encontrar com Pete, que agora está casado e levando uma vida normal, Alex decide que é esse o tipo de vida que deseja para si mesmo. A história termina com Alex pensando sobre seu futuro filho.

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Resumo: Ringworld (Larry Niven)

A história começa no ano de 2855 com Louis Wu saindo de uma cabine de teletransporte em Beirute, entrando assim em outro fuso horário. Depois de ter escapado das festividades de seu próprio 200º aniversário, Louis agora está pulando de bar em bar pelo mundo, seguindo na direção oeste e sempre ficando atrás da meia-noite local para estender seu aniversário o máximo possível.

Apesar de sua idade, Louis está em perfeitas condições físicas devido a uma combinação de tecnologia médica avançada e boosterspice, uma droga que prolonga a vida humana. No entanto, embora seja saudável, rico e inteligente, Louis está ficando entediado. Tendo vivido por dois séculos, ele experimentou a vida profundamente e as pessoas em geral estão lhe dando nos nervos. Entre as cabines de teletransporte, ele pensa na possibilidade de outro ano sabático – uma viagem para os limites do Espaço Conhecido, sozinho em uma espaçonave por um ano ou mais, até que comece a ansiar pela companhia das pessoas novamente – quando, de repente, a cabine de teletransporte o materializa num quarto de hotel iluminado pelo sol, em vez da Sevilha noturna que ele solicitara.

Diante dele está um alienígena com três pernas, sem braços e duas cabeças, que se apresenta como Nessus. Louis o reconhece como um fantocheiro de Pierson, uma espécie que possuía a tecnologia mais avançada no Espaço Conhecido, mas que desaparecera completamente antes de Louis nascer. Nessus afirma ter recebido ordens de contratar três mercenários para fazer coisas que ele mesmo não ousa fazer. Louis está no topo de sua lista de candidatos.

Com Nessus mantendo segredo sobre os objetivos da missão, Louis fica relutante em aderir. Quando o fantocheiro finalmente mostra a Louis uma imagem borrada de uma estrela distante com um anel ao redor, o entediado Louis imediatamente aceita. Este anel é chamado de Ringworld, uma imensa faixa circular planetária artificial com superfície maior que um milhão de Terras, orbitando a estrela. Os fantocheiros, fugindo da galáxia, avistaram esse artefato em seu caminho. Uma vez que são covardes por natureza, o poder absoluto do que quer que tenha criado tal estrutura os assusta profundamente. Portanto, a missão de Nessus é montar uma equipe, visitar o Ringworld e ver se ele representa uma ameaça para sua espécie. O pagamento aos membros da expedição será a “Aposta”, a lendária nave ultrarrápida na qual Beowulf Shaeffer fez uma expedição até o núcleo galáctico, séculos antes. A descoberta de Shaeffer que o núcleo galáctico estava se transformando numa gigantesca supernova precipitara a fuga dos fantocheiros, mesmo que o efeito disso ainda levasse séculos para se aproximar dos seus mundos.

Eventualmente, a equipe é montada. O terceiro membro, Falante-com-Animais (Falante) é um kzin, uma feroz espécie predadora felinoide que, no passado recente, travou uma série de guerras brutais com a Humanidade, sempre sendo derrotada devido à sua tendência de atacar antes de estar completamente pronta. Falante é um funcionário de baixo escalão da embaixada kzinti na Terra, onde trabalha como intérprete. Ele acredita que obter a “Aposta” para o Império Kzinti é uma proeza suficiente para lhe dar um nome (“Falante-com-Animais” é uma descrição literal e pejorativa do seu trabalho, em vez de um nome verdadeiro, que na cultura kzinti tem que ser conquistado realizando alguma façanha) e se junta ao grupo como chefe de segurança da expedição.

O último membro da equipe é Teela Brown, uma jovem humana cujo papel na missão não é claro no início. Mas os fantocheiros não fazem nada sem uma boa razão, e o papel de Teela é revelado aos poucos. Ela é o resultado de um experimento secreto dos fantocheiros na reprodução seletiva para a sorte entre os humanos, o que geralmente a ajuda e aos seus descendentes. Os fantocheiros acham que a sorte dela aumentará a probabilidade de uma missão bem-sucedida. No entanto, logo descobrem que a sorte pessoal de Teela e a sorte da expedição são bem diferentes.

O primeiro objetivo da viagem é o mundo natal dos fantocheiros, que eles estão usando como gigantescas naves espaciais, movendo toda a sua civilização para longe do núcleo galáctico. Louis pilota a “Aposta” enquanto os outros estão em estase. Em um dos mundos dos fantocheiros, a tripulação aprende mais sobre o Ringworld e se transfere para outra espaçonave, a “Mentirosa”, para chegar ao Ringworld. À medida que se aproximam de seu alvo, o Ringworld se revela uma visão incrível: uma enorme faixa circular de terra, com oceanos inteiros maiores que a Terra. Entre o Ringworld e sua estrela, uma série de retângulos (apelidados de placas de sombra pela expedição) estão suspensos em outro anel, girando ao redor do sol mais lentamente do que o próprio Ringworld, fornecendo assim um ciclo dia/noite ao mundo artificial abaixo.

O grupo tenta entrar em contato com o Ringworld de diversas maneiras, sem sucesso. A nave é atingida por um poderoso sistema de defesa automatizado contra meteoros e, em seguida, colide com um dos cabos quase invisíveis que prendem as placas de sombra. A espaçonave fica seriamente danificada e cai no Ringworld, perto de uma enorme montanha. Os tripulantes escapam ilesos, mas agora eles têm que partir em busca de uma maneira de voltar ao espaço, além de cumprir sua missão original, aprendendo mais sobre o Ringworld.

Usando suas micronaves individuais, eles tentam alcançar a borda do Anel, onde esperam que alguma tecnologia possa ajudá-los. Levará meses para atravessar a grande distância. Quando Teela desenvolve um perigoso “transe de voo”, eles se veem forçados a pousar. Na superfície, eles encontram habitantes humanoides, uma das variadas civilizações primitivas do Ringworld. Os nativos, que vivem nas ruínas de uma cidade outrora avançada, pensam que a tripulação é um grupo de Engenheiros do Anel, a quem reverenciam como deuses. No entanto, a tripulação é atacada quando os nativos percebem que não são os Engenheiros. O grupo escapa e retoma sua jornada. Eles encontram ecossistemas estranhamente evoluídos originários de muitos planetas diferentes. Eles escapam por pouco de um grande campo de girassóis artificiais, que concentra os raios de luz da estrela do Ringworld em qualquer intruso, tentando matá-lo. Nessus é forçado a revelar alguns segredos dos fantocheiros. Eles realizaram experimentos de reprodução nas outras espécies, cultivando humanos mais sortudos e kzinti mais dóceis. Essa revelação gera tamanha hostilidade que Nessus é forçado a abandonar os outros três e a segui-los a uma distância segura.

Depois de algum tempo, eles encontram outra cidade. Num edifício flutuante, eles descobrem um mapa do Ringworld e vídeos da civilização em seu auge. Em uma tempestade gigante, causada pelo ar escapando por um buraco no piso do Anel devido ao impacto de um meteoro, Teela é soprada em uma direção desconhecida. Ela só escapa da morte porque acidentalmente ativa a energia de emergência. Os outros acham que ela pode ter caído em uma cidade em ruínas e tentam localizá-la, mas as micronaves de Louis e Falante estão danificadas e são pegas pelos raios tratores automáticos de uma delegacia, projetados para capturar infratores de trânsito. Pendurado de cabeça para baixo, trancado na delegacia, Nessus ajuda Louis a escapar. Eles conhecem Prill, uma ex-membro da tripulação de uma nave espacial usada para o transporte entre o Ringworld e outros mundos. Sua nave ficara encalhada no Ringworld quando o mecanismo de pouso falhou. Hostil no início, Prill é convencida por Nessus a ajudá-los, auxiliado por seu tasp (um dispositivo de controle que age sobre o centro de prazer do cérebro). Ela relata como a queda das civilizações do Ringworld ocorreu. Um fungo que pode romper supercondutores foi introduzido por uma nave espacial visitante, que por sua vez fez com que os receptores de energia fossem desligados. Esses receptores eram usados para coletar a energia gerada pelas placas de sombra quando eram atingidos pela luz das estrelas. Depois do desaparecimento permanente da eletricidade, a civilização entrou em colapso.

Teela chega à delegacia, tendo encontrado um “herói” nativo chamado Buscador que a ajudou a sobreviver. Louis elabora um plano para escapar do Ringworld. O grupo consegue usar a delegacia como veículo e viajar nela por várias semanas, de volta à “Mentirosa”. Teela e Buscador ficam para trás no Anel, mas Prill quer seguir para a Terra com os demais. Louis conecta a delegacia com a “Mentirosa” usando o cabo da placa de sombra, que caiu no Anel após a colisão. Depois, ele dirige a delegacia até a enorme montanha (chamada Punho-de-Deus). Quando eles chegam à borda, parece que a montanha é realmente a cratera de impacto de um meteoro, que atingiu o fundo do Anel e o rompeu. Portanto, o topo da montanha, acima do limite da atmosfera do Anel, é uma saída para o espaço. Louis consegue pilotar a delegacia e a “Mentirosa” até acima da borda. A tripulação usará o motor espacial da nave, que estava intacto, para voltar para casa. A história termina com Louis e Falante discutindo o retorno ao Ringworld.

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Resumo: Eu Sou a Lenda (Richard Matheson)

O personagem principal do romance é Robert Neville, aparentemente o único sobrevivente de uma pandemia, cujos sintomas lembram o vampirismo.

A história começa descrevendo o cotidiano de Neville em Los Angeles, enquanto ele tenta compreender, pesquisar e possivelmente curar a doença que matou a Humanidade, e à qual ele é imune (Neville supõe que isso ocorreu porque foi mordido por um morcego vampiro que estava “infectado”. Como não era um humano, a mordida não matou Neville, mas apenas o deixou doente por algum tempo). O passado de Neville é revelado através de flashbacks, enquanto sua luta emocional para lidar com a perda de sua humanidade é resolvida por meio de uma rotina diária.

Todos os dias Neville se prepara para cercos noturnos de uma horda de vampiros. Neville passa as horas do dia consertando sua casa. Ele prega tábuas nas janelas, pendura guirlandas de alho, descarta cadáveres de vampiros e coleta suprimentos. Quando chega a escuridão, os infectados saem do esconderijo e sitiam a casa de Neville. Eles o insultam e tentam atraí-lo para fora. Ele reconhece um vampiro como um antigo amigo, Ben Cortman.

Após crises de depressão e de bebedeiras, Neville decide encontrar a causa da doença. Ele obtém livros e outros materiais de pesquisa de uma biblioteca, e através de pesquisas minuciosas ele descobre a causa da doença vampírica: uma variedade de bactéria capaz de infectar hospedeiros vivos e mortos. No entanto, ele não percebe que os hospedeiros vivos (os infectados) ainda são essencialmente humanos, embora apresentem todos os sinais de vampirismo.

Neville encontra uma mulher aparentemente não infectada, Ruth, andando no exterior à luz do dia e a captura. Após passar o choque inicial de ver outro humano, Neville fica desconfiado de Ruth e não acredita na história dela. Ele também nota que ela é fortemente contra a morte dos vampiros. Ele sente que, se sua história de sobrevivência fosse verdadeira, ela teria se endurecido quanto ao destino deles. Apesar disso, os dois vivem numa cautelosa tolerância mútua. Eventualmente, os dois se aproximam, e uma noite Neville encontra Ruth prestes a sair. Desconfiado, ele questiona seus motivos, mas acaba relacionando todo o trauma de seu passado com Ruth, que tenta consolá-lo e os dois fazem amor. Mais tarde, Ruth concorda em deixá-lo fazer um exame de sangue nela na manhã seguinte. Ela o nocauteia assim que ele percebe que Ruth está infectada.

Quando acorda, Neville descobre um bilhete deixado por Ruth. No bilhete, ela explica que os infectados foram lentamente capazes de se adaptar à sua doença a ponto de conseguir passar curtos períodos de tempo na luz solar. Eles estão até mesmo tentando reconstruir a sociedade. Eles temem e odeiam Neville, já que ele involuntariamente destruiu algumas pessoas junto com verdadeiros vampiros (cadáveres animados pelo “germe”) durante suas excursões diurnas e o veem como um predador. Em sua busca para capturá-lo, os infectados enviaram um dos seus para Neville.

Neville encontra Ruth novamente na sua casa-prisão; ela conta que é uma dos líderes desta nova sociedade, mas, ao contrário dos outros, ela não teme nem o odeia. Ruth explica que tinha vindo até ali para tentar ajudá-lo a escapar, mas isso agora é impossível. Ela reconhece a necessidade da execução de Neville, e lhe entrega algumas pílulas, alegando que elas “facilitarão as coisas”. Emocionalmente abalado, Neville finalmente aceita seu destino e pede a Ruth que não deixe essa sociedade ficar muito brutal e impiedosa. Ruth o beija e vai embora.

Neville vai até a janela da casa e tem um vislumbre de toda a massa de infectados andando pelo quintal esperando por sua execução. Quando o veem, ele percebe o medo, o temor e o horror em seus olhos. Neville compreende que, para os infectados, ele é um flagelo. Antes, Neville via a destruição dos sobreviventes infectados como algo correto e uma obrigação moral a ser perseguida pela sobrevivência da Humanidade, mas agora ele finalmente reconhece a derrota. Ele é o único humano imunológico restante no mundo, o único sobrevivente da “velha raça”.

Ele vislumbra uma sociedade futura onde a infecção é normal e ele, Neville, é um mutante biológico assassino. Enquanto se vira e engole as pílulas, Neville percebe a reversão que ocorreu. Assim como os vampiros eram lendas nos tempos de pré-infecção, agora é ele, um modelo obsoleto da velha Humanidade, que se tornou uma lenda aos olhos da nova raça nascida da infecção. O ridículo de tudo isso faz com que Neville ria enquanto morre.

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Resumo: As Cidades Mortas (Clifford D. Simak)

A história é narrada como uma lenda sobre uma criatura conhecida como “homem”. Os narradores são cães, que formam uma sociedade pacífica, e regularmente contam as velhas lendas sobre sua origem para seus filhotes.

A lenda fala sobre um mundo onde os homens, tendo desenvolvido avançados meios de transporte, abandonaram as cidades e mudaram-se para o campo. A agricultura hidropônica e a energia descentralizada permitiram pequenas comunidades se tornarem autossuficientes. No início, a principal razão para a dispersão é o medo do holocausto nuclear, mas finalmente os homens descobrem que simplesmente preferem o estilo de vida pastoral.

Os principais personagens da lenda são a família Webster e seu servo robô, Jenkins. O nome Webster torna-se gradualmente “webster”, um substantivo que significa um ser humano.

Quando a humanidade abandona as cidades, cada família se torna cada vez mais isolada. Bruce Webster fornece cirurgicamente aos seus amados cães um mecanismo para fala e uma visão aperfeiçoada. O colapso da civilização permite que gênios mutantes sobrevivam e desenvolvam suas habilidades sem serem limitados por convenções social ou por uma moralidade obsoleta. Um mutante chamado Joe inventa uma maneira para que as formigas possam permanecer ativas durante todo o ano em Wisconsin, sem que precisem recomeçar tudo de novo a cada primavera. Eventualmente, as formigas formam uma sociedade industrial em sua colina. O amoral Joe, cansado do jogo, dá um chute no formigueiro. As formigas ignoram este revés e constroem colônias ainda maiores e mais industrializadas.

Enquanto isso, um enigma intriga os cientistas de uma estação de pesquisa na superfície de Júpiter. Júpiter é um inferno gelado e varrido por ventos corrosivos, onde só a mais avançada tecnologia permite a simples existência da estação. Uma técnica foi desenvolvida para permitir a sobrevivência na superfície do planeta sem aparelhagem, transformando permanentemente um ser vivo em algo semelhante a uma foca. Estranhamente, todos os homens transformados saem para colher dados na superfície mas jamais retornam. Um dos últimos cientistas da estação é acompanhado em toda parte por Towser, seu cachorro idoso, cansado e cheio de pulgas. Finalmente, o cientista transforma a si mesmo e ao seu companheiro canino para descobrir o que estava acontecendo. Eles deixam a estação em sua nova forma e descobrem que Júpiter era um paraíso. As pulgas e as dores de Towser sumiram e ele é capaz de falar telepaticamente com seu antigo mestre. Como o pessoal da estação previamente transformado, o cientista decide nunca mais voltar.

No entanto, ele deseja compartilhar com toda a Humanidade que ele descobriu. Parece impossível – como ele pode mostrar-lhes o maravilhoso Júpiter que ele e Towser vivenciam? Novamente Joe entra em cena, desta vez agindo por pura maldade. Ele conhece um truque mental que permite que as pessoas transmitam significados para as mentes dos outros à medida em que falam. Por meio de um instrumento do tipo caleidoscópio, ele pode distorcer as mentes de outras pessoas para que possam realizar este truque mental. Assim, toda a Humanidade descobre a verdade sobre Júpiter, e a maioria decide deixar a Terra, desistir da sua forma humana e viver transformada na superfície de Júpiter, recuperando assim a felicidade de uma vida simples. O restante dos humanos se tornam tão solitária que vão morrendo aos poucos.

Dez mil anos no futuro, Jenkins recebe um novo corpo para que ele possa atender melhor os poucos websters remanescentes. A civilização canina se espalhara por toda a Terra, incluindo o resto dos animais que, pouco a pouco, foram incluídos pelos cães na sua civilização. Todos eles são muito inteligentes, e tinham sido assim durante todo o tempo, embora os seres humanos não tenham sido capazes de perceber isso. Esta civilização é pacifista e vegetariana. Os cães intervieram na Natureza e distribuíram alimentos aos animais selvagens, conseguindo praticamente acabar com toda forma de predação. Além disso, eles também procuram portas entre as dimensões através das quais alguns seres de mundos diferentes são capazes de passar. Neste ponto, uma criatura fantasmagórica chamada cobbly aparece, tendo vindo de um outro mundo através de uma passagem dimensional. Antes de ser arrebatado, o novo sentido telepático de Jenkins lhe permite ler a mente das criaturas para descobrir como eles se movem de um mundo para outro. Percebendo que a Humanidade não podem coexistir pacificamente com os cães e outros animais, Jenkins usa o conhecimento para levar os humanos sob seus cuidados a um dos outros mundos. Eventualmente, a raça humana acaba se extinguindo no novo mundo.

Retornando à Terra, Jenkins encontra os cães tentando lidar com a crescente Cidade das Formigas, que está tomando conta do planeta. Jenkins viaja até Genebra, onde um último e pequeno grupo de seres humanos dorme em animação suspensa. Ele pergunta a seu antigo mestre webster sobre como lidar com as formigas. A resposta é tipicamente humana: usar uma isca, envenenada o suficiente para matar, mas não antes que ela seja levada de volta para a colônia de formigas, portanto, alimentando a rainha. Jenkins fica triste porque sabe que os cães nunca vão aceitar esta solução, e diz a eles que o webster não tinha resposta. Ele e os cães deixam a Terra e vão para um dos outros mundos.

Muito tempo depois, Jenkins volta à Terra e visita a antiga casa da família Webster, agora cercada por todos os lados pela Cidade das Formigas. Pouco antes da chegada de uma nave que irá levá-lo aos mundos robôs, ele perceber que a Cidade das Formigas está morta. Rompendo as paredes da cidade, ele vê apenas infinitas versões de uma única escultura: uma bota humana chutando um formigueiro.

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  • Artigo link externo sobre Clifford D. Simak na Wikipedia.

Resumo: Os Primeiros Homens na Lua (H. G. Wells)

A história começa na Inglaterra no final do século XIX. O sr. Bedford é um empresário com muitos problemas financeiros. Ele está trabalhando numa peça para conseguir algum dinheiro, e aluga uma pequena casa no campo para ter alguma paz enquanto escreve. Entretanto, todos os dias um cientista passa pela sua casa, fazendo ruídos estranhos. Depois de duas semanas, Bedford questiona o cientista, dr. Cavor, sobre seu estranho comportamento. Ele descobre que Cavor está desenvolvendo um novo material, chamado cavorita, que presumivelmente anula a força da gravidade.

Um pouco de cavorita é produzida prematuramente, e os dois descobrem que a substância anula a gravidade do ar acima dela. Isso torna o ar sem peso, e a pressão do ar abaixo faz com que tudo seja arremessado para o espaço. Cavor e Bedford usam a cavorita para revestir uma pequena espaçonave esférica, que eles usam para viajar até a Lua.

Na Lua, os dois homens descobrem uma paisagem desolada, mas, quando o Sol nasce, a atmosfera lunar, que congelara durante a noite, começa a derreter e a se evaporar. Logo começam a brotar plantas, que crescem de forma espantosamente rápida, produzindo uma vegetação espinhosa que eles chamam de “moitas espada”. Bedford e Cavor deixam a cápsula, mas se perdem na selva que cresce rapidamente ao seu redor, onde também podem ser vistas estranhas criaturas. Estando com fome, os homens provam alguns cogumelos nativos. Logo depois de comerem, eles entram num estado de grande euforia, e vagueiam trôpegos pelas redondezas, falando bobagens.

Eles são capturados pelos selenitas, seres com aspecto de inseto que tinham formado uma sociedade relativamente avançada sob a superfície lunar. Depois de algum tempo no cativeiro, Bedford e Cavor conseguem fugir. Eles matam vários selenitas por terem maior força física, em parte por terem vivido sempre na gravidade terrestre, várias vezes maior que a gravidade lunar. Quando Bedford e Cavor voltam à superfície, eles se separam para procurar a espaçonave. Cavor se fere e é recapturado pelos selenitas, mas Bedford consegue encontrar a espaçonave e retorna para a Terra.

De volta à Inglaterra, Bedford publica os detalhes da sua história, incluindo algum material enviado por Cavor em mensagens que ele transmitira da Lua via rádio. Aparentemente, Cavor tinha gozado de uma liberdade relativa na sociedade lunar, durante a qual alguns selenitas aprenderam Inglês. Ele também consegue construir um transmissor de rádio, que ele usa para contar praticamente tudo o que acontecera a ele após sua recaptura. No entanto, as mensagens apresentam algumas lacunas devido a uma curiosa interferência no sinal de rádio. Como o transmissor de Cavor não conseguia receber sinais, toda comunicação com ele era impossível.

Através das mensagens, Bedford descobre que Cavor se encontrara com o Grande Lunar, que é o rei dos selenitas. Durante esse encontro, Cavor acidentalmente retrata a Humanidade como predatória e sedenta de guerra. O Grande Lunar decide cortar todos os contatos com a Terra. A última mensagem de Cavor é interrompida quando ele tentava dar a fórmula da cavorita, e seu destino nunca foi revelado.

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Resumo: A Máquina do Tempo (H. G. Wells)

A história começa na Inglaterra, em 1899. O Narrador é parte de um grupo de amigos que se reúne para jantar uma vez por semana. Certo dia, um dos membros do grupo – chamado daqui em diante de Viajante do Tempo – afirma ter inventado uma Máquina do Tempo. Ele mostra aos demais um pequeno modelo da sua Máquina. Quando ele move uma alavanca, a miniatura desaparece – de acordo com o Viajante, seguindo para o futuro. Seus amigos não o levam muito a sério.

No jantar da semana seguinte, o Viajante aparece de forma dramática no meio da refeição, cansado e com as roupas em frangalhos. Após se recuperar um pouco, o Viajante passa a narrar os oito dias da sua aventura.

Na manhã seguinte ao último jantar, o Viajante havia embarcado na Máquina do Tempo e partido para o futuro. Ele observa a sucessão dos dias e noites cada vez mais rapidamente e os anos fluem como água num rio. Finalmente, o Viajante pára a Máquina. Segundo o painel, ele agora estava no ano de 802.701. A Máquina estava pousada no meio de um jardim, e ele vê uma grande estátua próxima, que parece uma Esfinge Branca. O Viajante vê figuras vestidas com túnicas numa casa próxima que o observam. Uma das figuras se aproxima dele. É uma criatura pequena e, para o Viajante, parece ser muito bela mas de constituição frágil. A criatura fala numa língua estranha com duas outras criaturas que a tinham seguido. Eles começam a examinar a Máquina com uma curiosidade infantil. Por precaução, o Viajante retira as alavancas de controle para impedir o funcionamento acidental da Máquina. Ele se sente chocado ao pensar que essas criaturas do futuro podem ser insanas. Elas o conduzem a um grande edifício próximo, onde o convidam a sentar e a comer algumas frutas exóticas com elas. No início, ele fica confuso pelas frutas estranhas, mas mais tarde vem a compreender o seu significado.

O Viajante tenta aprender a língua das criaturas, mas elas logo perdem o interesse em ensiná-lo. Ele se maravilha com a preguiça e a falta de curiosidade delas. Ele sai do edifício e se surpreende com o reposicionamento do mundo – o rio Tâmisa tinha se deslocado quase dois quilômetros. Enquanto ele explora os arredores e avista apenas grandes edifícios, ele conclui que o Comunismo tinha triunfado nesta época distante. No entanto, ele descobrirá mais tarde que ele estava errado. A aparência singular de um poço distrai brevemente o Viajante durante sua caminhada. Ele acredita ter chegado no fim da Humanidade, e que os avanços da civilização logicamente haviam enfraquecido as pessoas, já que era a dureza que forçava os homens a usarem sua inteligência como meio de sobrevivência. Ele também acredita que o controle populacional havia sido excessivamente bem sucedido, pois havia muitas ruínas e construções desertas espalhadas pelo terreno. No entanto, ele mais tarde descobre que sua explicação estava errada. A lua cheia aparece, as criaturas entram nos edifícios e o Viajante procura algum lugar para dormir. Quando ele chega até o jardim da Esfinge Branca, ele descobre que a Máquina do Tempo desaparecera. Por sorte, sem as alavancas ela não podia ser operada. No dia seguinte, ele descobre rastros de uma criatura semelhante a uma preguiça ao lado de marcas profundas no solo. Ele conclui que a Máquina tinha sido arrastada para dentro do pedestal de bronze sob a Esfinge Branca. No entanto, o Viajante não sabe como abrir os painéis de bronze do pedestal e, quando ele indica a algumas criaturas que deseja abri-los, elas se mostram profundamente perturbadas e se afastam dele.

Durante os dois dias seguintes, o Viajante aprende um pouco mais da linguagem simples das criaturas – que chamam a si mesmas de Elóis – e tenta deixar de lado a questão da Máquina do Tempo desaparecida até conseguir informações suficientes para resgatá-la. Os poços circulares e profundos continuam a intrigá-lo, bem como a sucção que eles produzem e os ruídos surdos que vêm das profundezas. Ele associa a presença dos poços com as torres altas espalhadas pelo terreno e conclui que deve existir um sistema de ventilação subterrâneo, uma ideia que também se revelará incorreta. O Viajante acredita que a sociedade dali funciona de forma automática.

No terceiro dia, o Viajante salva uma pequena Elói de se afogar no rio raso. O nome dela é Weena e logo ela passa a segui-lo como se fosse um cachorrinho, dando flores para ele e se mostrando triste quando ela não consegue acompanhá-lo nas explorações e fica para trás. O Viajante descobre que o único medo dela é da escuridão e que, depois do anoitecer, os Elóis somente dormem em grupos dentro dos edifícios. Ainda assim, o Viajante continua a dormir longe dos grupos, eventualmente acompanhado por Weena.

O Viajante desperta ao amanhecer e por duas vezes avista criaturas brancas, semelhantes a macacos, correndo sozinhas por uma colina. Uma vez, ele vê várias dessas criaturas estranhas carregando um fardo escuro. Quando o sol nasce, ele não as vê mais. Na sua quarta manhã, enquanto buscava abrigo do calor numa das ruínas, o Viajante encontra uma galeria estreita e escura. Ao entrar, ele se depara com um par de olhos observando-o na escuridão. Subitamente, uma criatura-macaco corre por trás dele no espaço banhado pela luz do sol. Ele a segue até uma outra ruína, onde ele acha um poço. Acendendo um fósforo, ele espia para dentro e vê a criatura descendo por uma escada de mão para as profundezas. O Viajante deduz que o Homem tinha evoluído para duas raças diferentes, os Elóis na superfície e as criaturas noturnas no subsolo. Ele imagina uma nova teoria sobre o funcionamento do mundo: a nova espécie que ele tinha encontrado era subterrânea, vivia em túneis ventilados pelas torres e pelos poços, e trabalhavam para garantir o funcionamento da Superfície. Ele acredita que a raça humana tinha se dividido devido ao aumento do abismo entre capitalistas e operários, e que os pobres gradualmente tinham sido relegados às áreas subterrâneas. A falta de interação entre ricos e pobres tinha impedido os casamentos mistos e criado duas espécies distintas, que tinham se adaptado aos seus respectivos ambientes. O Viajante não sabe se está certo, mas essa teoria parece ser a mais plausível. Ele também descobre que as criaturas-macaco são chamadas de Morlocks. Ele fica intrigado por que os Morlocks pegaram sua Máquina do Tempo, por que os Elóis não a devolvem para ele, se eles são os mestres, e por que eles têm medo da escuridão. Weena chora quando ele tenta fazer estas perguntas a ela.

O Viajante não consegue reunir a coragem para entrar no subterrâneo e enfrentar os Morlocks para recuperar sua Máquina roubada. Ao invés disso, ele explora a Superfície, tendo mais tarde encontrado uma grande estrutura esverdeada, que ele chama de Palácio da Porcelana Verde. Finalmente, ele desce por um poço, deixando Weena tremendamente agitada no lado de fora. Ele descansa num túnel dentro do poço e é despertado pela chegada de três Morlocks. Eles fogem quando o Viajante acende um fósforo. Ele não consegue se comunicar com os Morlocks, pois eles falam uma língua diferente da usada pelos Elóis. O Viajante explora os corredores até chegar numa grande caverna escura, cheia de mecanismos, onde os Morlocks estão comendo carne. Logo os Morlocks se aproximam e começam a tocá-lo. Ele grita com eles e acende uma série de fósforos em sequência, enquanto escapa de volta à Superfície. O Viajante instantaneamente detesta os Morlocks.

À medida que a Lua entra na fase minguante e o céu noturno fica mais escuro, Weena fala sobre as “Noites Negras”. O Viajante começa a entender porque os Elóis temem a escuridão, embora ele não saiba exatamente que coisas os Morlocks façam à noite. O Viajante revisa sua hipótese: embora os Elóis e os Morlocks possam ter tido outrora um relacionamento mestre / escravo, agora os Morlocks estão com um poder crescente, enquanto os Elóis estão com medo. O Viajante decide se defender contra os Morlocks. Primeiramente, ele precisa encontrar armas e um lugar seguro para dormir. O único lugar em que ele consegue pensar é o Palácio de Porcelana Verde. Ele começa a longa viagem com Weena e desenvolve uma nova teoria sobre os Morlocks. O Viajante deduz que eles são antropófagos e que alimentam os Elóis como se fossem gado para abate. Ele simpatiza profundamente com a situação dramática dos Elóis. O Viajante decide usar uma tocha como arma contra os Morlocks e depois arranjar algo que possa servir como aríete para quebrar o pedestal sob a Esfinge Branca, onde ele supõe que a Máquina do Tempo ainda esteja escondida. Ele também planeja trazer Weena consigo para sua própria época.

O Palácio de Porcelana Verde revela ser um museu em ruínas com objetos da época do Viajante e posteriores. Ele encontra uma sala imensa com máquinas grandes e estranhas e pensa se poderia usá-las contra os Morlocks. Ele percebe que a galeria desce suavemente na escuridão. Quando ele ouve ruídos nas trevas semelhantes àqueles do poço, o Viajante quebra uma alavanca de uma máquina. Ele resiste à tentação de matar os Morlocks com seu novo porrete, pois isso poderia atrasá-lo na recuperação da Máquina do Tempo. Ele encontra uma caixa de fósforos e uma jarra de cânfora inflamável, mas não acha nada apropriado para quebrar o pedestal.

O Viajante segue pela floresta com Weena, esperando chegar até a Esfinge Branca na manhã seguinte. Eles pegam gravetos para fazer uma fogueira naquela noite. Quando anoitece, a cerca de um quilômetro de uma clareira segura, o Viajante avista alguns Morlocks escondidos. Ele os distrai colocando fogo em alguns gravetos e deixando-os ali. Ele conduz Weena pela floresta enquanto o fogo se alastra atrás deles. Logo, os Morlocks alcançam os dois. O Viajante os assusta com um fósforo. Weena aparentemente desmaia, e ele a carrega. A perseguição o tinha desorientado e ele agora está perdido. Ele decide acampar, pegando mais gravetos para uma fogueira. Ele mantém os Morlocks à distância com a luz dos seus fósforos. O Viajante adormece e acorda com os Morlocks ao seu redor. Seus fósforos tinham acabado e a fogueira estava apagada. Ele pega sua alavanca e os golpeia. Os Morlocks fogem, mas o Viajante logo percebe que o motivo do medo deles é o fogo que ele tinha ateado acidentalmente na floresta. Incapaz de achar Weena, ele segue os Morlocks até encontrar um espaço aberto. Ele golpeia os Morlocks até ver que eles estão incapacitados pelo fogo. O Viajante não encontra Weena entre eles. Pela manhã, quando o fogo se extingue, ele não consegue encontrar Weena e supõe que o corpo dela tenha sido deixado na floresta. Ele segue lentamente para a Esfinge Branca, sentindo-se cansado, solitário e vingativo. No caminho, ele descobre alguns fósforos soltos no fundo do seu bolso.

De volta aos Elóis, o Viajante reflete sobre como suas teorias iniciais estavam erradas. Ele pensa que o intelecto humano tinha cometido suicídio ao criar um estado perfeito, no qual os ricos tinham conforto e riquezas, enquanto os pobres tinham apenas trabalho. Tal equilíbrio somente poderia existir de forma precária, e a mínima perturbação o destruiria – neste caso, o fator decisivo tinha sido a necessidade de alimento dos Morlocks, que somente conseguiram satisfazê-la através dos próprios Elóis.

Ao chegar na Esfinge Branca, o Viajante se surpreende ao encontrar o pedestal de bronze aberto, com a Máquina do Tempo visível no seu interior. Ele lança sua arma para longe e entra. Subitamente, os painéis de bronze se fecham e o Viajante fica preso na armadilha. Os Morlocks riem enquanto se aproximam dele. O Viajante sente-se seguro, sabendo que precisa apenas recolocar as alavancas na Máquina para poder escapar. No entanto, seus fósforos precisam de uma caixa para serem acesos. No escuro, ele luta com os Morlocks, enquanto ele se senta na Máquina e recoloca as alavancas. Finalmente, ele consegue acionar uma alavanca e desaparece.

O Viajante percebe que, na confusão da fuga, ele tinha acidentalmente seguido para o futuro, e não para o passado. Embora ele acelere no tempo, a alternância entre dias e noites diminui, assim como a passagem do sol pelo céu. Finalmente, o sol pára de nascer e de se pôr, e a Terra fica com um lado voltado permanentemente para o Sol. O Viajante pára a Máquina. Ele observa a paisagem avermelhada e a vegetação semelhante a musgos por toda parte. Não há vento, a água do mar mal se move e o ar é rarefeito. Ele vê uma coisa grande, parecida com um caranguejo, rastejando na sua direção. O Viajante puxa novamente a alavanca da sua Máquina e observa mais caranguejos gigantes rastejarem ao longo da praia, enquanto ele viaja velozmente no tempo. O Sol fica maior e mais quente. Depois de trinta milhões de anos, toda vida cessa de existir, com exceção da vegetação verde-musgo e começa a nevar. O Viajante pára a Máquina novamente. Ele sente-se doente e confuso, incapaz de fazer a viagem de volta. Ele avista uma criatura negra rastejar do mar e o medo de permanecer para sempre nesse ambiente de pesadelo faz com que ele volte para a Máquina do Tempo.

O Viajante conclui sua narrativa para os amigos ao redor da mesa. Eles dão a entender que não acreditam na sua história, e logo vão embora. O Narrador fica intrigado pela história do Viajante, e não consegue decidir se ela era verdadeira ou não. No dia seguinte, ele vai até o laboratório e pergunta ao Viajante se sua história tinha realmente acontecido. O Viajante garante que sim e diz que pode prová-lo em meia hora, assim que ele terminar de trabalhar na Máquina. Ele sai, e o Narrador se lembra que tem um compromisso daqui a pouco. Quando ele entra no laboratório para dizer isso ao Viajante, ele sente uma rajada de vento e ouve alguns ruídos estranhos, e não encontra nem o Viajante nem a Máquina. Quando um criado diz que não tinha visto seu patrão do lado de fora da casa, o Narrador compreende que ele tinha viajado no tempo novamente.

Três anos se passam e o Viajante não retornou ainda. O Narrador imagina onde as aventuras do seu amigo o terão levado. Embora o Viajante tenha descrito um futuro de destruição, o Narrador prefere pensar que ainda há esperança para a raça humana. Ele agora possui as duas flores brancas que Weena tinha dado ao Viajante – uma prova que o coração humano ainda teria lugar para os sentimentos de gratidão e afeição.

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Resumo: Tropas Estelares (Robert A. Heinlein)

A história começa com o narrador, Juan Rico, a bordo da corveta Rodger Young, um transporte de tropas. Ele é líder de grupo dos Durões de Rasczak, um pelotão de Infantaria Móvel da Federação Terrana. Os soldados estão prestes a atacar um planeta dos Magrelos, aliados dos Aracnídeos (também chamados de Insetos), com os quais eles estão em guerra. A missão é relativamente rápida: eles são lançados na superfície através de cápsulas, destroem seus alvos e se retiram, sofrendo três baixas.

Rico se recorda da sua vida anterior ao Exército. Ele se lembra de quando se alistou no Serviço Federal, passando por cima das objeções do seu pai milionário, que queria que ele fosse para Harvard. Ele também se lembra das suas aulas de História e Filosofia Moral, disciplina ensinada pelo Sr. Dubois, um tenente-coronel reformado. Na sociedade onde Rico vivia, a cidadania plena era dada apenas aos que serviram voluntariamente nas Forças Armadas e se desligaram com honra. As outras pessoas tinham todos os direitos normais, exceto o de votar e ser votado. Essa estrutura social surgira após o colapso das democracias ocidentais, causado pelos problemas sociais domésticos e pela derrota militar para a Hegemonia Chinesa no exterior.

Depois de se alistar, Rico fora enviado para treinamento no Campo Currie. O treinamento fora conduzido pelo sargento Zim, e era deliberadamente muito rigoroso. Menos de dez por cento dos recrutas conseguiam completá-lo; o resto desistia, recebia baixa por razões médicas ou era transferido para atividades mais simples. Alguns morriam tentando.

O código de conduta militar era muito duro. Um dos colegas de Rico, Tom Hendricks, que vivia se queixando e causando problemas, acaba sendo punido com chicoteamento e expulso do Exército por ter agredido um superior. Outro recruta, um desertor que raptara e matara uma criança, fora preso, devolvido ao seu batalhão de origem e enforcado. O próprio Rico fora punido com dez chicotadas por negligência ao manusear uma arma nuclear simulada durante um treinamento de combate. Apesar disso, ele se graduara e fora designado para serviço ativo na Infantaria Móvel.

Durante algum momento do treinamento de Rico, a situação militar se agrava, e a Guerra dos Insetos passa de ações policiais na fronteira para uma guerra real. Após sua graduação, Rico se vê tomando parte nas operações de combate. A guerra começa “oficialmente” quando um ataque Aracnídeo destrói a cidade de Buenos Aires; a mãe de Rico morre durante este ataque. A Federação Terrana reage lançando uma ofensiva contra o território Aracnídeo, mas sofre uma tremenda derrota na Batalha de Klendathu. A unidade de Rico é devastada e sua nave de transporte é destruída, mas ele consegue ser resgatado. As perdas são tão grandes que a Federação Terrana é obrigada a se limitar a pequenos ataques, enquanto se reorganiza e prepara novas tropas. Rico acaba sendo transferido para os Durões de Rasczak, que possuem este apelido por serem comandados pelo tenente Rasczak.

Mais tarde, Rico decide seguir carreira militar e, encorajado pelo seu colega Ace, se candidata e é aceito na Escola de Oficiais. A Escola de Oficiais é igual ao campo de treinamento, só que muito mais exigente e com uma imensa carga adicional de estudos. Durante o curso, Rico é designado como terceiro-tenente temporário num exame de campo final, e, sob supervisão, comanda sua própria unidade durante a Operação Realeza. Ele acaba se graduando como segundo-tenente, ao final do exame. Durante seu exame, ele tivera um velho conhecido sob suas ordens: o sargento Zim, seu antigo instrutor no Campo Currie.

A história volta ao início, com Rico se preparando para mais um ataque aos Insetos. O tempo passara e a Federação Terrana aprendera com seus erros, estando prestes a lançar uma nova ofensiva contra Klendathu. Com a morte em combate do tenente Rasczak, agora a unidade se chamava Durões de Rico, e seu novo comandante, Juan Rico, se prepara para o ataque dando ordens aos seu próprio pai, que liderava um pelotão, e orientando um jovem oficial no seu exame final.

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Resumo: Mais Que Humano (Theodore Sturgeon)

A história trata da junção de seis pessoas extraordinárias, com estranhos poderes que são capazes de ”fundisturar” (uma junção de ”fundir” e ”misturar”), suas habilidades em conjunto. Desta forma, eles são capazes de agir como um organismo. Eles progridem em direção a uma consciência completa e madura, chamada Homo Gestalt, o próximo passo na evolução humana.

Parte 1 – O Idiota Fabuloso

É descrito o mundo de Lone, conhecido como o “Idiota”, um homem de 25 anos de idade com capacidade telepática e que vive na rua. Ele conhece Evelyn, uma jovem senhora, que é a primeira pessoa com a qual ele se conecta mentalmente e fisicamente. Ele acaba sendo adotado por um agricultor pobre, mas Lone vai embora ao descobrir que a esposa do agricultor está esperando um bebê. Lone logo se junta a Janie, uma criança com um dom telecinético, e os gêmeos Bonnie e Beanie, que não podem falar, mas possuem a habilidade de se teletransportar. A mulher do fazendeiro morre após dar à luz um bebê “mongoloide”, que é levado por Lone. O bebê passa a ser chamado de “Baby”. Baby tem uma capacidade fenomenal mental e pensa quase como um computador. Bebê ajuda Lone a construir um gerador de antigravidade. Juntos, Lone, Janie, os gêmeos e Baby formam o que será mais tarde chamado de Homo Gestalt.

Parte 2 – Baby é Três

Passam-se vários anos. Gerry Thompson é um menino de rua com problemas mentais e que sofreu muitos abusos. Gerry está fazendo sessões de psicoterapia, tentando recuperar sua memória aos poucos. Descobre-se que Gerry foi levado por Lone depois de estar perto da morte. Lone foi morto na floresta, e Gerry posteriormente se tornou o líder da Gestalt. Eles logo foram adotados por Alicia, irmã de Evelyn. Eles foram educados e alimentados sob seus cuidados. Logo, porém, Gerry aprende que a vida doméstica mais normal tinha enfraquecido a sua Gestalt. Ele matou Alicia, e o grupo voltou a viver sozinho na floresta. Depois de recuperar sua memória, descobre-se que Gerry obteve habilidades telepáticas de Lone, e ele faz seu psiquiatra esquecer o que ele tinha lhe dito.

Parte 3 – Moralidade

Os anos passam, e a Gestalt está quase completa. O tenente Hip Barrows é um homem que trabalhou para a Força Aérea e que sofre de perda de memória. Ele está sob os cuidados de Janie, que consegue recuperar sua saúde. Ele logo se lembra do que aconteceu nos últimos sete anos. Ele tinha descoberto alguns efeitos estranhos enquanto estava trabalhando para a Força Aérea, e acabou descobrindo o aparelho antigravidade que tinha sido construído por Lone. Gerry atacou Hip mentalmente, levando-o a um colapso mental e amnésia, após descobrir que Hip iria revelar esta descoberta. Hip enfrenta Gerry, e se torna a última parte da Gestalt, sua consciência.

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Resumo: Um Estranho Numa Terra Estranha (Robert A. Heinlein)

A Humanidade lança sua primeira expedição tripulada a Marte. A tripulação da espaçonave chega ao planeta mas perde o contato definitivamente com a Terra.

Vinte e cinco anos depois, outra missão é enviada e uma criança é encontrada. O menino é filho de dois dos antigos tripulantes e tinha sido criado pela peculiar raça marciana. Ele chama-se Valentine Michael Smith, ou Mike, e é trazido para a Terra, onde é apelidado de Homem de Marte. Devido a vários precedentes legais, ele é o herdeiro de uma vasta fortuna e também é o proprietário de todo o planeta Marte. Portanto, ele tem o potencial de se tornar imensamente influente na política da Terra, e é mantido sob forte vigilância num hospital pelo líder do governo da Terra, Secretário-Geral Joseph Douglas. No hospital, Mike lentamente ensina seu corpo a se adaptar à atmosfera terrestre e começa a aprender a linguagem e a cultura da Terra, que difere imensamente da forma de pensar dos marcianos.

Ben Caxton, um repórter ambicioso, acredita que Douglas está usando Mike como peão nos seus próprios jogos de poder e pode estar planejando matá-lo. Ben recruta sua amiga e antiga namorada Jill Boardman, uma enfermeira, para ajudá-lo a espionar o tratamento de Mike no hospital. Quando Ben deixa claro para as autoridades que tinha uma ideia dos seus planos, elas o sequestram. Jill foge do hospital com Mike. Quando alguns policiais tentam sequestrá-los também, Mike os faz desaparecer permanentemente – um dos muitos poderes psíquicos que Mike tinha aprendido em Marte.

Jill leva Mike ao único homem que ela acredita que poderá ajudá-los – Jubal Harshaw, um famoso médico, advogado, escritor e fenômeno cultural. Jubal vive numa casa grande com três belas secretárias, Anne, Miriam e Dorcas, e dois assistentes, Duke e Larry. Jubal aceita ajudar a proteger Jill e Mike das autoridades. Mike aprende sobre a cultura terrestre na propriedade de Jubal, lendo tudo na sua biblioteca, e fica fascinado pelas religiões da Terra.

Eventualmente, a polícia descobre o paradeiro de Mike e chega a prender Jubal e seu grupo de amigos. No último momento, Jubal consegue entrar em contato com Douglas pessoalmente e o convence a chamar a polícia de volta. Jubal também consegue que ele resgate Ben do cativeiro policial. Através de manobras legais e temeridades retóricas, Jubal consegue minimizar a importância política de Mike, argumentando que ele não pode ser o proprietário de Marte porque a raça marciana habitava ali muito antes do nascimento dele. Jubal converte Douglas num aliado convencendo-o a se tornar o curador da vasta fortuna pessoal de Mike.

Seguindo o fascínio de Mike com a religião, ele, Jubal e Jill vão visitar a sede de um grupo religioso, os fosteritas. Os fosteritas buscaram ter um número massivo de adeptos, em parte por usarem pessoas famosas como difusoras da sua mensagem e por incorporarem vícios como o jogo na sua organização. Digby, o Bispo Supremo fosterita, espera converter Mike e aproveitar sua fama para difundir sua causa. No entanto, quando os dois estão juntos numa sala, surge um conflito e Mike faz Digby desaparecer.

Mike reflete profundamente sobre sua ação e, depois de algum tempo, sente que tinha tomado a melhor decisão possível num momento difícil. Mike fica imbuído de uma nova autoconfiança, e decide partir para ver o mundo. Com Jill como sua acompanhante, Mike viaja incógnito para várias cidades, experimentando a cultura terrestre. Eles criam um número de mágica que exibe os poderes de Mike e participam de um circo, mas, a despeito das espantosas habilidades de Mike, ele não tem um senso de espetáculo, e os dois são despedidos. Patty Painowski, uma moça tatuada do circo, vai visitá-los no quarto de hotel deles, esperando convertê-los ao fosterismo antes da sua partida. Mike revela a ela que é o Homem de Marte e demonstra seus poderes. Patty decide que Mike é um novo profeta enviado à Terra, tão poderoso quanto o próprio Foster.

Jill começa a aprender a linguagem marciana e alguns dos poderes psíquicos de Mike enquanto continuam a viajar. Mike consegue captar muitos dos conceitos humanos que tinham escapado à sua compreensão, tais como desejo e humor. Finalmente, ele acredita que compreende a cultura terrestre e está pronto para ajudar as pessoas a superar os pequenos medos e ciúmes que as escravizam. Ele funda uma igreja, chamada Igreja de Todos os Mundos, que usa técnicas de venda impactantes no estilo dos fosteritas para atrair novos adeptos. A igreja ganha importância e um núcleo de fiéis, chamado de “nono círculo”, vive em comunidade, trabalhando para aprender Marciano e para desenvolver poderes psíquicos. Eles raramente vestem roupas e se envolvem com sexo grupal e na troca de parceiros de uma maneira desconcertante para pessoas de fora. Ben vai visitá-los e fica muito desanimado com seu comportamento de idolatria e sexualidade ostensiva, mas logo supera seus medos e se junta a eles.

Jubal, que passara a considerar Mike como um filho, preocupa-se com a perseguição crescente que Mike vinha sofrendo, e fica imaginando se o próprio Mike não a estaria estimulando. Quando o templo de Mike é incendiado, Jubal corre para vê-lo. Embora Jubal adore Mike, ele tinha resistido até aquele momento em visitar a sua igreja. A filosofia de Jubal é profundamente individualista e ele, assim como Ben, fica profundamente preocupado pelo cultismo excessivo da igreja de Mike. No entanto, ele é confortado pelo rebanho de Mike, que trata Jubal como uma formidável figura paterna.

Mike pensa em voz alta se suas tentativas de ajudar a Humanidade são inúteis, e se sua mensagem está sendo perdida por causa de uma necessidade inerente nos humanos de criar infelicidade e discussões para si mesmos. Jubal encoraja Mike a se manter fiel às suas causas e ideias.

Uma multidão furiosa se reúne do lado de fora do hotel onde eles estão e, de forma autenticamente espetacular, o próprio Mike se apresente à multidão, nu e indefeso. Eles o matam e ele ascende ao Céu, onde se torna um arcanjo juntamente com outros profetas auto criados, como Foster e Digby. Jubal e os seguidores de Mike prosseguem com o trabalho de Mike na Terra.

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Resumo: Cama de Gato (Kurt Vonnegut Jr.)

A história começa com o narrador, um escritor fracassado chamado John, descrevendo a época quando ele planejava escrever um livro sobre o que americanos importantes estavam fazendo no dia em que Hiroshima foi bombardeada. Enquanto pesquisava este tema, John se envolve com os filhos de Felix Hoenikker, um físico ganhador do Prêmio Nobel que ajudou a desenvolver a bomba atômica. Durante sua pesquisa, ele descobre que Hoenikker tinha desenvolvido secretamente uma substância chamada gelo-nove, cujo segredo agora estava nas mãos dos seus filhos. Gelo-nove é uma estrutura alternativa da água que se solidifica na temperatura ambiente. Uma das propriedades do gelo-nove é que, quando em contato com moléculas normais de água, ele as “ensina” sua própria estrutura molecular, fazendo com que elas também se transformem em gelo-nove.

Aos poucos, a pesquisa e a personalidade de Felix Hoenikker vão sendo descritas. Ele é apresentado como um gênio científico amoral e indiferente sobre os usos do seu trabalho. Tanto sua pesquisa atômica quanto sua criação do gelo-nove (cuja ideia foi dada por um general do Pentágono) eram vistas por Hoenikker como simples desafios intelectuais.

Eventualmente, John e os filhos de Hoenikker vão até San Lorenzo, uma ilha do Caribe que também é um dos países mais pobres do mundo. O país é governado por “Papa” Monzano, um ditador que ameaça toda oposição com empalamento num gancho gigante. Embora a ameaça seja constante, essa pena é executada muito raramente.

O aspecto mais exótico de San Lorenzo é o Bokonismo, a principal religião da ilha, que desempenha um papel importante na vida do povo. O supremo ato de reverência dos bokonistas é um ato íntimo chamado de “boku-maru”, no qual se realiza um contato prolongado das solas dos pés descalços de duas pessoas. Acredita-se que isso gera paz e alegria entre os dois fiéis e, quando detectado, é punido com a morte pelo ditador.

Ironicamente, o próprio ditador aprova o Bokonismo. Tempos atrás, dois homens tinham desembarcado na ilha; um deles fundara a religião e o outro tornara-se o primeiro ditador. Os dois tinham trabalhado para difundir a religião, embora oficialmente o ditador a proibisse. Os fundadores acreditavam que, se o povo sofresse pelas suas crenças, daria mais valor a elas. Mais tarde, os homens haviam se separado. O ditador consolidara seu poder e tinha sido saudado como um dos maiores amigos da liberdade pelos representantes do governo americano. O fundador da religião desaparecera; existem rumores de que ele ainda estava vivo e em atividade em algum ponto da ilha.

O ditador tinha subornado um filho de Felix Hoenikker com um alto posto no governo em troca de um pedaço de gelo-nove, o qual ele usa para cometer suicídio, pois estava sofrendo de um câncer impossível de operar. Assim que o gelo-nove é usado, o corpo do ditador se transforma num bloco de gelo sólido na temperatura ambiente. Uma súbita queda de um avião no palácio do ditador, que fica à beira-mar, faz com que o seu corpo congelado caia no oceano. Isso inicia uma gigantesca reação em cadeia, que destrói a ecologia da Terra e causa a extinção de praticamente todas as formas de vida em poucos dias.

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