Resumo: O Corcunda de Notre Dame (Victor Hugo)

O Corcunda de Notre Dame

A história se passa em Paris, no século XV. É época de festivais. Como parte de uma das celebrações, o escritor Pierre Gringoire tinha escrito um mistério que ele acredita ser uma obra prima. Quando a peça é representada, ocorrem interrupções contínuas, e a plateia não parece entender nem apreciar a história. Gringoire fica arrasado pelo seu drama não ser popular e se enfurece quando a multidão decide abandonar a peça e começar o festival para eleger o Papa dos Tolos. Neste concurso, as pessoas revelam seus rostos de trás de uma cortina e fazem caretas demoníacas. A face mais feia é declarada vencedora, e seu dono é eleito Papa dos Tolos.

Um homem chamado Quasímodo vive na torre da catedral de Notre Dame e trabalha como sineiro. Ele é fisicamente repulsivo, tendo um corpo deformado, uma grande corcunda, um rosto desfigurado e um único olho. Devido à sua aparência assustadora e à sua surdez, Quasímodo tinha sido maltratado pelos cidadãos de Paris. Como resultado, ele é um solitário que raramente abandona sua torre. Seu único amigo no mundo é Claude Frollo, o padre de Notre Dame que adotou Quasímodo quando criança e o trouxe para os confins da catedral. Quasímodo de alguma forma é apanhado pelo Festival dos Tolos e é confundido com um participante. Devido ao seu rosto desfigurado, ele vence facilmente o concurso e é coroado Papa dos Tolos. Como manda a tradição, ele é erguido e carregado através das ruas da cidade, festejado ao invés de perseguido; contudo, sua celebração não dura muito.

O desanimado Gringoire deixa o local da sua peça e caminha miseravelmente pelas ruas de Paris, sentindo-se um fracassado. Ele encontra Esmeralda, uma bela cigana que faz truques com sua cabra Djali, e se detém para assistir sua apresentação.

Ele percebe que alguém na multidão observa Esmeralda atentamente. É Claude Frollo, o padre de Notre Dame e mestre de Quasímodo. Gringoire também ouve uma velha gritando maldições para a cigana, trancada na Torre Rolande, usada para prender os loucos. A velha chama-se Pacquette, e é conhecida como Irmã Gudule. Muitos anos antes, ela havia dado à luz uma linda garotinha, que fora raptada por ciganos e trocada por um bebê horrivelmente deformado. Quando Pacquette enlouquecera devido ao roubo do seu bebê, o pequeno disforme fora dado para adoção e recolhido por Claude Frollo. Pacquette fora trancafiada na Torre, onde ela alimentava todo o seu ódio pelos ciganos.

Enquanto a procissão do Papa dos Tolos se aproxima, Claude Frollo vê seu sineiro participando daquela celebração grotesca e faz com que ele a abandone. Quando saem, eles encontram Esmeralda. Frollo, que está apaixonado pela cigana, tenta raptá-la, mas ele desaparece ao notar que suas ações foram vistas. Quasímodo fica é leva a culpa. Gringoire corre para proteger Esmeralda. O corcunda o esmurra, derrubando-o no chão. Em poucos momentos, chega um soldado chamado Phoebus, que salva Esmeralda e leva Quasímodo preso.

Gringoire continua seu caminho, desejando ter um lugar para dormir e um pouco de comida. Ele chega a uma praça conhecida como o Pátio dos Milagres, onde ciganos e vagabundos vivem segundo suas próprias leis. Quando Gringoire ousa entrar no Pátio, ele é avisado que será executado por ter invadido o território dos ciganos, a menos que alguém do bando decida se casar com ele. Esmeralda, provando sua gentileza, se adianta e se oferece para se tornar sua esposa. Casando-se com Gringoire, a cigana salva sua vida.

Quasímodo é condenado a ser chicoteado em público por tomar parte na tentativa de rapto de Esmeralda. Uma grande multidão se reúne para assistir ao suplício do corcunda. Quasímodo vê na multidão seu mestre, Claude Frollo, e acha que será salvo, mas o padre nada faz, nem mesmo demonstrando conhecer o corcunda. Quasímodo fica arrasado, pois ele sempre acreditara na proteção de Frollo. Depois do chicoteamento, Quasímodo está exausto e ressequido. Quando ele implora por água, Esmeralda é a única pessoa na multidão que se apieda dele. Enquanto bebe a água que a cigana lhe dá, sua gentileza traz lágrimas aos olhos do corcunda, e ele se apaixona por ela.

A obsessão de Frollo por Esmeralda aumenta. Ele se enfurece ao descobrir que seu antigo estudante Gringoire tinha se casado com ela. Frollo manipula Gringoire para que ele conte detalhes íntimos sobre Esmeralda, que incluem o fato dela estar apaixonada pelo capitão Phoebus.

O padre vai disfarçado até o Pátio dos Milagres, onde ele observa Esmeralda perdendo sua virtude com Phoebus. Transtornado, Frollo apunhala o capitão e foge. Esmeralda desmaia de medo. Quando ela volta a si, ela é presa e mais tarde é condenada à morte por enforcamento.

Quando Esmeralda está prestes a ser executada, Quasímodo a resgata do patíbulo e a carrega nos seus braços para a catedral, invocando o direito de santuário. Enquanto ela permanecer na catedral, as autoridades não poderão entrar para capturá-la e cumprir a sentença de morte. Embora esteja espantada pela sua bravura, Esmeralda não suporta olhar para o corpo e o rosto desfigurados de Quasímodo. Apesar das reações dela, Quasímodo continua a protegê-la e a tomar conta dela.

Frollo entra na cela onde Esmeralda está e tenta se aproveitar dela, mas Quasímodo o enfrenta e o mantém longe dela à força. Quando Esmeralda revela ao corcunda estar apaixonada por Phoebus, ele concorda em procurá-lo e trazê-lo até Notre Dame para ver a cigana. No entanto, Phoebus ri na cara de Quasímodo e se recusa a ver Esmeralda.

Como Esmeralda o tinha rejeitado repetidamente, Frollo decide que ninguém a terá. Ele traça um plano perfeito para tirar Esmeralda da torre e engana Gringoire para que este o ajude a executá-lo. Gringoire organiza os ciganos do Pátio dos Milagres para resgatar Esmeralda, e eles marcham rumo à catedral. Quasímodo vê a multidão se aproximando e se prepara para combatê-los. Quando eles arrombam a porta de Notre Dame, Quasímodo arremessa sobre os atacantes uma grande trave de madeira, pedras e chumbo derretido, matando várias pessoas. Os ciganos terminam batendo em retirada ao chegar o exército do Rei. Quasímodo corre para a torre para ver se Esmeralda estava bem e descobre que ela desaparecera. Sem que ele tivesse notado, Frollo e Gringoire tinham conseguido levá-la sem serem vistos.

Na rua, Frollo manda Gringoire por outro caminho levando a cabra. O perverso padre diz a Esmeralda que ela tem que amá-lo ou ele a entregará às autoridades para que ela seja executada. Sem hesitar, ela escolhe a morte. Furioso, Frollo a leva até a Torre Rolande e a prende numa cela com a Irmã Gudule, a velha que odeia ciganos. Enquanto Frollo parte para buscar os soldados do Rei, Esmeralda conversa com a Irmã Gudule. Elas descobrem que Esmeralda é a filha perdida de velha.

Os soldados chegam e a Irmã Gudule tenta proteger sua filha recém-descoberta, escondendo-a. No entanto, ao ouvir a voz de Phoebus, a quem Esmeralda ainda ama, ela sai do seu esconderijo para vê-lo. Quando ela é presa e levada embora, a Irmã Gudule tenta salvá-la, mas é golpeada e morta por um dos soldados.

De volta para a torre, Quasímodo encontra Frollo observando os acontecimentos no patíbulo. Quando o corcunda olha para baixo, ele vê sua amada Esmeralda sendo arrastada para a forca. Horrorizado, ele vê a cigana ser enforcada. Neste momento, o padre dá uma gargalhada selvagem. O corcunda perde a cabeça e ataca o padre, agarrando-o e jogando-o do balcão da torre para a morte lá embaixo. Com a morte de Esmeralda e de Frollo, Quasímodo grita desesperado que tinha perdido todos aqueles que tinha amado um dia. O corcunda desaparece e nunca mais é visto em Paris.

O tempo passa. Gringoire, que vive sozinho com sua cabra, torna-se um escritor de sucesso; Phoebus casa-se com Fleur de Lys e o rei Luís XI morre. Dois anos depois, durante as obras para escavar a vala de Montfalcon, a sepultura de Esmeralda é aberta. Lá, os soldados encontram um esqueleto deformado abraçado ao esqueleto da cigana. O mistério do desaparecimento de Quasímodo é esclarecido. Na profunda tristeza da morte, Quasímodo uniu-se eternamente com aquela a quem amou.

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  • Artigo sobre Victor Hugo na Wikipedia.

 

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