Frases: Górgias (Platão)

  • Cálicles: Nisto, precisamente, é que consiste a injustiça; querer ter mais do que os outros.
  • Sócrates: Considero feliz quem é honesto e bom, quer seja homem, quer seja mulher; o desonesto e mau é infeliz.
  • Sócrates: É sumamente difícil, e grandemente merecedor de elogios, levar vida de justo quem tem o poder de fazer o mal.
  • Sócrates: O maior dos males é cometer alguma injustiça.
  • Sócrates: Quem quiser ser feliz terá de procurar a temperança e viver de acordo com ela, e de fugir da intemperança quanto nossas pernas o permitirem, esforçando-se, antes de tudo, por não vir nunca a ser castigado; porém, no caso de merecer castigo, ou ele mesmo ou qualquer dos seus familiares, particular ou da cidade, então faça-se justiça e seja castigado, se quisermos que seja feliz.

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Platão na Wikipedia.

Resumo: Um Deus Chamado Dinheiro (Aristófanes)

 

A peça se passa em Atenas, na Antiguidade.

Crêmilo está de tal maneira indignado ao ver ricos desonestos por todos os lados, enquanto ele mesmo é honesto e pobre, que consulta o oráculo de Apolo para saber se deveria ou não educar seu filho como um trapaceiro. O deus aconselha-o a seguir a primeira pessoa que encontre ao deixar o santuário e levá-la para ir morar com ele em sua casa. Essa pessoa é um velho cego que, sob pressão de ameaças, revela sua identidade: trata-se de Pluto, o deus da riqueza, que Zeus cegara por estar desgostoso com os homens.

Crêmilo decide obter a cura da cegueira de Pluto, de tal maneira que ele possa evitar as pessoas más e enriquecer apenas as virtuosas. Pluto teme a vingança de Zeus, porém convence-se logo de que é realmente mais poderoso que o próprio Zeus, e deixa-se levar até o templo de Asclépio, deus-médico, para ser curado. A Pobreza intervém e tenta convencer Crêmilo a desistir de sua ideia, alertando-o para as consequências desastrosas de sua decisão, pois a pobreza é a fonte de todas as virtudes, a força motriz de todo esforço humano e causa da grandeza da Hélade. Mas Crêmilo não se deixa persuadir.

A sessão de cura no templo de Asclépio é descrita hilariantemente e Pluto, já com a visão recuperada, volta à casa de Crêmilo, que agora ficara rico. Apesar da riqueza estar sendo dada apenas a quem merece, os problemas parecem aumentar cada vez mais. Os próprios deuses se queixam que os sacrifícios acabaram e eles estão sendo deixados de lado, já que a prosperidade não depende mais deles.

Diversos visitantes chegam à casa de Crêmilo: um homem honesto, que fora pobre durante muito tempo e agora está próspero, desejoso de consagrar ao deus seu manto e suas sandálias velhas e estragadas; um sicofanta, indignado por estar reduzido à ruína; uma velha, abandonada pelo gigolô que antes a adulava para explorá-la; o deus Hermes, que agora nada obtém no Olimpo para comer e procura emprego na Terra; e finalmente o próprio sacerdote de Zeus, também na iminência de morrer de fome.

A situação se torna intolerável até que Pluto resolve voltar a proceder como antes, distribuindo a riqueza ao acaso, sem levar em conta o mérito de quem a recebe. Em pouco tempo, o descontentamento diminui. A história acaba com uma procissão acompanhando Pluto até sua nova morada no Partenon.

Veja Também:

Resumo: As Nuvens (Aristófanes)

 

A peça se passa em Atenas, na Antiguidade.

Estrepsíades, um fazendeiro idoso, estava sendo arruinado por sua mulher, de família rica, e por seu filho Fidípides, fanático por carros e cavalos. Estrepsíades ouviu falar no filósofo Sócrates, que, usando seus sofismas, era capaz de fazer a causa pior parecer a melhor. Ele ficou esperançoso de poder enganar seus credores valendo-se dos ensinamentos socráticos. Como seu filho recusa-se a entrar para a escola de Sócrates (chamada de “Pensatório”, ou “Oficina de Pensamento”), Estrepsíades toma a decisão de ele próprio frequentá-la.

No Pensatório, o fazendeiro é apresentado por Sócrates às Nuvens, as verdadeiras divindades causadoras dos trovões e das chuvas (e não Zeus, o deus maior dos gregos, como se supunha). No entanto, Estrepsíades é tão simplório e está tão preocupado com suas dívidas que nada consegue aprender. Fidípides acaba se tornando aluno de Sócrates no lugar de seu pai.

Sócrates entrega Fidípides ao Raciocínio Justo e ao Raciocínio Injusto para receber lições diretamente deles. Há um debate entre os dois Raciocínios, no qual o vencedor é o Raciocínio Injusto. Com a ajuda das lições recebidas por Fidípides, Estrepsíades consegue livrar-se de seus credores.

A situação vira-se contra Estrepsíades quando, valendo-se das mesmas lições, Fidípides passa a espancar o pai e prova que, agindo assim, está fazendo apenas justiça. Desgostoso com a situação, Estrepsíades incendeia o Pensatório, para desespero dos demais discípulos de Sócrates.

Veja Também:

Frases: Platão

  • Adimanto: Não vale a pena estabelecer preceitos para homens de bem, porque facilmente descobrirão a maior parte das leis que é preciso formular em tais assuntos. (“A República”)
  • Cálicles: Nisto, precisamente, é que consiste a injustiça; querer ter mais do que os outros. (“Górgias”)
  • Céfalo: Pois grande paz e libertação de todos esses sentimentos é a que sobrevém na velhice. (…) Mas, quer quanto a estes sentimentos, quer quanto aos relativos aos parentes, há uma só e única causa: não a velhice, mas o caráter das pessoas. Se elas forem sensatas e bem dispostas, também a velhice é modestamente penosa; caso contrário, quer a velhice, quer a juventude, serão pesadas a quem assim não for. (“A República”)
  • Críton: O povo é capaz de fazer, não os mais pequeninos dos males, mas como que os maiores; basta que entre eles se espalhem calúnias contra alguém. (“Críton”)
  • Fedro: Para quem quer tornar-se orador consumado, não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes. (“Fedro”)
  • Lisias: Os ricos temem que outros os superem, pelo dinheiro, na afeição; os instruídos receiam que outras pessoas, de conhecimentos mais amplos, os suplantem e causem melhor impressão que eles. (“Fedro”)
  • O legislador sábio e sensato tentará, antes de tudo, fazer com que os homens maduros respeitem os jovens. E que evitem, principalmente, que qualquer jovem os veja fazer ou ouça dizer coisas vergonhosas. (“As Leis”)
  • O que temos que legar aos filhos não é ouro mas um grande respeito por si próprios. (“As Leis”)
  • Protarco: Na natureza nada há tão imoderado como o prazer e as grandes alegrias, nem mais equilibrado do que a inteligência e o conhecimento. (“Filebo”)
  • Protarco: Não há coisa mais fútil que o prazer. (“Filebo”)
  • Sócrates: A ignorância nos poderosos é hostil e torpe, por ser nociva ao próximo, ou por si mesma ou por suas imitações. (“Filebo”)
  • Sócrates: A inteligência é a rainha do céu e da terra. (“Filebo”)
  • Sócrates: As grandes mudanças nos causam prazer e sofrimento. (“Filebo”)
  • Sócrates: As mesmas coisas que repreendemos em um se acham no outro, mas transformadas nos seus contrários, isto é, em bem. (“Fedro”)
  • Sócrates: Considero feliz quem é honesto e bom, quer seja homem, quer seja mulher; o desonesto e mau é infeliz. (“Górgias”)
  • Sócrates: Dai-me a beleza da alma, a beleza interior e fazei com que o meu exterior se harmonize com essa beleza espiritual. Que o sábio me pareça sempre rico; que eu tenha tanta riqueza quanto um homem sensato possa suportar e empregar! (“Fedro”)
  • Sócrates: É sumamente difícil, e grandemente merecedor de elogios, levar vida de justo quem tem o poder de fazer o mal. (“Górgias”)
  • Sócrates: Jamais se deve proceder contra a justiça. (“Críton”)
  • Sócrates: Não se deve desdenhar da palavra hábil, mas antes refletir sobre seu significado. (“Fedro”)
  • Sócrates: O bom juiz não deve ser novo, mas idoso, tendo aprendido tarde o que é a injustiça, tendo-se apercebido dela sem a ter alojado na sua própria alma, mas tendo-as observado como coisa alheia nos outros, durante muito tempo, para que, servindo-se do saber, e não da experiência própria, compreenda o mal que ela é. (“A República”)
  • Sócrates: O difícil não é fugir da morte; bem mais difícil é fugir da maldade, que corre mais veloz que a morte. (“Apologia de Sócrates”)
  • Sócrates: O maior dos castigos é ser governado por quem é pior do que nós, se não quisermos governar nós mesmos. É com receio disso, me parece, que os bons ocupam as magistraturas, quando governam; e que vão para o poder, não como quem vai tomar conta de qualquer benefício, nem para com ele gozar, mas como quem vai para uma necessidade, sem ter pessoas melhores do que eles, nem mesmo iguais, para quem possam relegá-lo. (“A República”)
  • Sócrates: O maior dos males é cometer alguma injustiça. (“Górgias”)
  • Sócrates: O verdadeiro chefe não nasceu para velar pela sua conveniência, mas pela dos seus subordinados. (“A República”)
  • Sócrates: Os homens de bem não querem governar nem por causa das riquezas, nem das honrarias. (“A República”)
  • Sócrates: Quem quiser ser feliz terá de procurar a temperança e viver de acordo com ela, e de fugir da intemperança quanto nossas pernas o permitirem, esforçando-se, antes de tudo, por não vir nunca a ser castigado; porém, no caso de merecer castigo, ou ele mesmo ou qualquer dos seus familiares, particular ou da cidade, então faça-se justiça e seja castigado, se quisermos que seja feliz. (“Górgias”)
  • Sócrates: Repara nessas pessoas quando estão a discutir qualquer problema: não cuidam do verdadeiro sentido daquilo sobre que falamos, mas somente de que os circunstantes adotem suas teses pessoais. [Eu] não tenho em vista fazer aceitar como verdadeiro pelos circunstantes aquilo que digo, mas que as minhas palavras tenham, para mim, o mais possível, aquele caráter. (“Fédon”)
  • Sócrates: Saber, com efeito, consiste nisto: depois de ter adquirido o conhecimento de alguma coisa, conservá-lo e não perdê-lo. (“Fédon”)
  • Sócrates: Saber é poder definir. Quando duas pessoas discutem, devem saber primeiro sobre o que discutem. Se não definirem previamente o objeto da discussão, poderá suceder que os dois usem a mesma palavra com sentidos diferentes, ou duas palavras diferentes com o mesmo sentido. (“Fedro”)

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Platão na Wikipedia.

Frases: Eurípides

  • Aia: Se mal padeces, teu mal bem termina. (“Hipólito”)
  • Aia: Vida não nos convém muito severa. (“Hipólito”)
  • Ama: As almas jovens não conhecem o sofrimento. (“Medeia”)
  • Creonte: Uma pessoa se resguarda mais facilmente dos impulsos de cólera do que de tramas silenciosas. (“Medeia”)
  • Electra: Os maus, muitas vezes, proporcionam aos bons a oportunidade para a prática de ações exemplares. (“Electra”)
  • Electra: Para os mortais é uma felicidade encontrar quem os conforte no infortúnio. (“Electra”)
  • Electra: Que ninguém se considere vencedor enquanto não tiver atingido o termo da vida humana! (“Electra”)
  • Escravo: Todo homem ama mais a si próprio do que a seu próximo. (“Medeia”)
  • Hipólito: Dizer o bom a muitos, é louvável. (“Hipólito”)
  • Hipólito: Sou o mesmo aos de longe, e aos de perto. (“Hipólito”)
  • Medeia: A mulher é comumente temerosa, foge da luta, estremece à vista da arma; mas, quando seu leito é ultrajado, não existe alma mais sedenta de sangue. (“Medeia”)
  • Orestes: A compaixão é natural, não nas naturezas rudes, mas no coração dos sábios; mas a prudência em excesso pode ser prejudicial a quem a possui. (“Electra”)
  • Orestes: Não há sinal seguro quanto à virtude de um homem. (“Electra”)

Veja Também:

  • Artigo sobre Eurípides na Wikipedia.
  • Resumo de “Electra”.
  • Resumo de “Hipólito”.

Frases: Ésquilo

  • Corifeu: Os deuses honram a vitória, mesmo duvidosa. (“Os Sete Contra Tebas”)
  • Etéocles: A obediência é a mãe do sucesso. (“Os Sete Contra Tebas”)
  • Mas quem acatará a justiça se nada tiver a recear? (“Eumênides”)
  • Oceano: O sábio que se faz de ingênuo muitas vezes realiza melhor o seu propósito. (“Prometeu Acorrentado”)
  • Oceano: Talvez este conselho te pareça de um velho; mas tu sabes que males podem atrair um discurso insolente. Modera-te, pois; não soltes tua língua irreverente! (“Prometeu Acorrentado”)
  • Prometeu: Graças a mim, os homens não mais desejam a morte. / Coro: Que remédio lhes destes contra o desespero? / Prometeu: Dei-lhes uma esperança infinita no futuro. (“Prometeu Acorrentado”)
  • Vulcano: Tu serás sempre, ó Poder, destituído de piedade, e capaz de tudo! (“Prometeu Acorrentado”)
  • Vulcano: Um novo senhor é sempre severo! (“Prometeu Acorrentado”)

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Ésquilo na Wikipedia.
  • Resumo de “Prometeu Acorrentado”.

Frases: Epicuro

  • A faculdade de granjear amizades é de longe a mais eminente entre todas aquelas que contribuem para a sabedoria da felicidade. (“Pensamentos”)
  • A quem não basta pouco nada basta. (“Pensamentos”)
  • A segurança, perante os homens, pode ser fortificada; até um certo grau, pelo poder e pela riqueza; aquela, porém, que é conferida pela vida na tranquilidade e no retiro da massa dos homens é certamente mais genuína. (“Pensamentos”)
  • Não temos tanto necessidade da ajuda dos amigos como da confiança na sua ajuda. (“Pensamentos”)
  • O fruto mais saboroso da autossuficiência é a liberdade. (“Pensamentos”)
  • O futuro, que certamente não se acha em nosso poder, muito menos se encontra totalmente além dele. (“Pensamentos”)
  • O mais belo fruto da justiça é a paz da alma. (“Pensamentos”)
  • Para realizar algo em prol da saúde espiritual, alguém é demasiadamente moço nem muito velho. (“Pensamentos”)
  • Prefiro proclamar abertamente aos homens, baseando-me no meu conhecimento da natureza, aquilo que lhes seja útil, ainda que ninguém o compreenda, a dar, por caloroso aplauso da multidão, o meu acordo em tolices. (“Pensamentos”)

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Epicuro na Wikipedia.

Frases: Aristófanes

  • Coro: O homem é uma criatura enganadora por natureza. (“As Aves”)
  • Ésquilo: Nada devemos dizer além do proveitoso. (“As Rãs”)
  • Eurípides: O homem culto sabe dizer muitas coisas em poucas palavras. (“Só para Mulheres”)
  • Eurípides-Eco: Usar com ignorantes argumentos novos é trabalho perdido. Deve-se valer de ideias ao alcance de sua rudeza. (“Só para Mulheres”)
  • Fidípedes: Chorar é mais natural nos velhos que nos moços, entre outras coisas porque as faltas dos moços são mais desculpáveis. (“As Nuvens”)
  • Hermes: A pátria é qualquer lugar onde nos sentimos bem. (“Um Deus Chamado Dinheiro”)
  • Pistêtairo: Todos, graças às palavras, elevam-se como se tivessem asas. (“As Aves”)
  • Pobreza: Veja os políticos. Enquanto são pobres, são honestos diante do povo e do Estado, mas quando ficam ricos à custa do dinheiro público, logo se tornam os mais desonestos, conspiram contra o povo e passam a combater a democracia. (“Um Deus Chamado Dinheiro”)
  • Raciocínio Justo: Você aprenderá a não replicar a seu pai, invocando o antigo Jápeto, com alusões desrespeitosas à idade dele, pois você foi posto neste mundo por seu pai. (“As Nuvens”)
  • Strepsíades: É muito natural chorar quando se comete uma injustiça. (“As Nuvens”)

Veja Também:

  • Artigo link externo sobre Aristófanes na Wikipedia.