Resumo: Um Ianque de Connecticut na Corte do Rei Artur (Mark Twain)

Um Ianque de Connecticut na Corte do Rei Artur

A história começa nos Estados Unidos, no século XIX. Hank Morgan, nascido em Hartford, Connecticut, era o superintendente-chefe de uma grande fábrica de armas. Lá ele dispunha dos meios para criar qualquer coisa – armas, revólveres, canhões, caldeiras, motores e todos os tipos de máquinas para reduzir o trabalho humano. Se não existisse uma maneira rápida e inovadora para se fazer algo, Hank podia rapidamente inventar uma. Supervisionar mais de mil homens também ensinara Hank sobre como lidar com praticamente todo mundo – até que ele se envolveu numa disputa resolvida com barras de ferro com um valentão chamado Hércules, que o nocauteou com uma pancada no lado da cabeça.

Quando Hank voltou a si, ele se viu sentado sob um carvalho. Um homem enfiado numa armadura polida aparece e fala num tom agressivo com o confuso e tonto Hank. Depois de interrogá-lo rudemente, o homem declara que Hank é seu prisioneiro e o leva para um tribunal, na terra de Camelot. Hank tinha sido capturado por Sir Kay, cavaleiro da Távola Redonda do rei Artur. Ele foi apresentado perante um tribunal liderado por Merlim, o pretensioso mágico que tinha ajudado Artur na sua ascensão ao trono. Rapidamente, foi decidido que Hank Morgan deveria morrer ao meio-dia do dia 21 de junho do ano da Graça do Senhor de 528. Certamente, a Inglaterra do rei Artur não era o mundo galante dos contos de fadas, mas sim uma sociedade cruel e feudal; e tudo levava a crer que Morgan seria mais uma vítima desse mundo bárbaro. No entanto, sendo um ianque cheio de recursos, Hank lembrou que nesta data havia acontecido um eclipse total do Sol. Se realmente era verdade que ele tinha sido transportado para o século VI, ele iria usar este fato para sua vantagem.

No dia marcado, Hank foi desacorrentado e retirado da sua cela na masmorra para ser queimado vivo numa estaca. Enquanto os gravetos eram empilhados ao seu redor, Hank permaneceu calmamente de pé, com suas mãos apontadas para o Sol. Então, ele avisou aos espectadores em tom solene que ele estava prestes a mergulhar o mundo inteiro nas sufocantes trevas da meia-noite. Nesse momento, o eclipse começou. À medida que a Terra ia se cobrindo de sombras, as pessoas viravam-se aterrorizadas para Hank, que é libertado imediatamente. Ele também obriga o rei Artur a prometer nomeá-lo ministro perpétuo e seu conselheiro-mor. O esperto ianque suplantou Merlim e o mágico é lançado na prisão.

Embora ele agora seja a segunda pessoa mais poderosa do reino, Hank sente falta das pequenas amenidades que ele tinha deixado para trás no mundo moderno, tais como sabão, fósforos e velas. As paredes do castelo eram frias e áridas; não existiam espelhos nem vidraças nas janelas; e também não havia livros, canetas ou papel. E o pior de tudo, em nenhum lugar do castelo podiam ser encontrados açúcar, café ou tabaco. Para a nova vida de Hank ser suportável, ele teria que inventar, planejar, criar e reorganizar as coisas – as atividades que ele mais gostava de fazer.

Temendo a interferência da Igreja, Hank decide em segredo melhorar não somente sua própria vida, mas também a condição sombria da multidão de camponeses no reino feudal de Artur. Em pouco tempo, ele estabelece serviços de telégrafo e de telefones. Ele vasculha o país em busca de jovens brilhantes para serem treinados como jornalistas e mecânicos. Operários nas suas fábricas recém-construídas produzem armas, canhões, sabão e quase qualquer outra coisa útil imaginável. Conhecido como “O Chefe”, Hank também estabelece escolas, mas seu maior orgulho era sua academia militar e naval. Embora Hank seja temido como um poderoso mágico e tenha o poder efetivo do reino nas mãos, a nobreza o trata com desprezo, devido ao seu nascimento plebeu. Isso em nada incomoda Hank, que considera os nobres um bando de parasitas sem cérebro.

Três anos se passam. Certo dia, Merlim, já liberto da prisão e disfarçado como Sir Sagramor, desafia Hank para um duelo. Para se preparar para o encontro, o ianque decide partir em busca de aventuras heroicas. Ele veste uma desconfortável armadura e parte pelo país. No início da sua viagem, ele encontra homens livres, nobres e eremitas. Ele passa muitas horas pensando como banir a opressão do reino e restaurar os direitos dos cidadãos de Camelot, sem isentar ninguém.

Entretanto, o Chefe passa por numerosos episódios cômicos. Certa vez, ele afugenta meia dúzia de cavaleiros prestes a atacá-lo simplesmente soprando uma coluna de fumaça do seu cachimbo sob seu elmo. Mais tarde, ele resgata Alisande, uma jovem donzela tagarela, de um perigo desconhecido. Ele a apelida de “Sandy” e ela fala sem parar durante horas, enquanto eles cavalgam pelo campo. Durante todo esse tempo, ele examinava a situação dos lugares por onde passava, instruindo jovens espertos, perdoando os que estavam presos injustamente e melhorando sempre que podia a lamentável situação dos camponeses.

Durante suas perambulações, certa vez Hank foi encarregado de restaurar a água de uma fonte milagrosa que havia secado. Examinando o poço construído ao redor da fonte, ele conclui que o problema era apenas um vazamento. Para grande constrangimento do intrometido Merlim, que tinha tentado sem sucesso restaurar a água usando mágica, o ianque consegue fazer a fonte jorrar novamente. Merlim volta para casa envergonhado, enquanto Hank retorna para Camelot como um herói.

Ainda assim, Hank estava abismado pela vida que o povo comum levava. As pessoas eram maltratadas tanto pelos padres quanto pela nobreza. Logo Hank começa a trabalhar secretamente pela derrubada da Igreja e dos privilégios reais. Para conseguir isso, ele veste trajes comuns de camponês e parte pelo país. O rei Artur, ao ouvir falar da ideia, decide acompanhá-lo. Os olhos de Artur são rapidamente abertos ao fardo suportado pelo seu povo. Ele observa uma patética família morrendo de varíola. Também vê uma jovem garota abandonada com um bebê ser enforcada por ter furtado algumas roupas. Eles encontram homens confinados na prisão por trinta, quarenta ou cinquenta anos, sem que ninguém lembre por que foram presos.

Perto do final da sua jornada, Hank e o rei são capturados como escravos e levados acorrentados para Londres. O rei Artur mostrou ser um homem valente e digno; nem uma única vez ele perdeu sua conduta real ou sua visão virtuosa da vida. Entretanto, devido a alguns deslizes no comportamento dos dois, eles são condenados à morte por enforcamento.

Hank consegue escapar de forma engenhosa, acha um telefone, informa Camelot do que estava acontecendo e recebe a garantia que quinhentos cavaleiros serão enviados imediatamente para Londres. Mas antes que ele possa se encontrar com o exército real, Hank é recapturado. O tempo estava se esgotando. O rei é vendado e sua cabeça é colocada no laço da forca. Então, no último momento, Morgan vê Lancelot e seus quinhentos cavaleiros correndo para a praça da cidade montados em bicicletas! Hank e o rei são salvos através de uma invenção moderna.

De volta a Camelot, o Chefe ainda tem que enfrentar Sir Sagramor num duelo. Sem armadura, Hank facilmente se desvia do desajeitado cavaleiro até ser capaz de laçá-lo e derrubá-lo do seu cavalo. No entanto, quando os dois retornam para outra rodada de golpes no local do combate, o ianque descobre que Merlim tinha roubado seu laço. Ele não tem outra alternativa a não ser atirar em Sir Sagramor com sua arma.

O rei Artur já tinha visto o suficiente da vida imoral e decadente de Camelot. A escravidão é abolida. Os nobres abandonam a mortífera arte da Cavalaria – embora eles ainda insistam em usar suas armaduras. Eles se tornam engenheiros ou maquinistas da estrada de ferro entre Londres e Camelot. Eles jogam beisebol, vendem máquinas de costura e sabão, e especulam no mercado de ações. Em suma, Camelot tinha sido transformada numa próspera cidade norte-americana no meio da antiga Grã-Bretanha.

Enquanto isso, Hank tinha se casado com Sandy e eles tinham uma menininha. À medida que os anos passam e as coisas continuam a correr bem, Hank decide levar sua família para uma viagem até a França. Ao voltarem à Inglaterra, quatro semanas depois, eles encontram um país devastado por forças invasoras. Além disso, o rei Artur finalmente tinha sido forçado a admitir que Lancelot e a rainha Guinevère estavam tendo um romance. Isso gerara inúmeras batalhas e combates, nas quais Artur, Lancelot e a maioria dos cavaleiros do reino tinham perecido. A Igreja lançara uma interdição sobre Hank Morgan e suas obras, e reunira todos os cavaleiros que restavam para capturá-lo e executá-lo.

Percebendo o perigo, o Chefe reúne seus poucos partidários e se retira para a antiga caverna de Merlim. Eles se preparam para a batalha iminente cavando trincheiras e preparando cercas eletrificadas. No dia do ataque, mais de dez mil cavaleiros investem contra a caverna – e todos se afogam ou são eletrocutados. No entanto, Hank é ferido no meio da ação. Uma velha megera se oferece para cuidar dele; ninguém percebe se tratar de Merlim disfarçado.

Enquanto isso, aprisionados na caverna pelas pilhas de corpos de cavaleiros mortos, os homens de Hank estão morrendo lentamente, sufocados por um gás venenoso liberado pelos cadáveres em decomposição. Na verdade, o gás mata a todos, menos Hank. O último feitiço lançado por Merlim antes de morrer faz com que Hank Morgan adormeça por mil e trezentos anos – até despertar em segurança na sua própria época novamente.

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Resumo: As Aventuras de Huckleberry Finn (Mark Twain)

As Aventuras de Huckleberry Finn

A história se passa no interior dos Estados Unidos, em meados do século XIX, e é a continuação do livro “As Aventuras de Tom Sawyer“. O narrador é o próprio Huckleberry Finn, o melhor amigo de Tom Sawyer.

Depois da descoberta por ele e por Tom de um tesouro de mais de doze mil dólares, o Juiz Thatcher tinha se encarregado de investir o dinheiro pelos dois. Huck fora adotado pela Viúva Douglas e pela Srta. Watson, e ambas sofriam para educá-lo de forma adequada.

Insatisfeito com sua nova vida, Huck foge de casa. Tom consegue trazê-lo de volta prometendo formar uma quadrilha de ladrões. Todos os jovens rapazes da cidade se juntam ao bando de Tom e eles usam uma caverna como esconderijo. Entretanto, muitos deles logo se cansam das batalhas de mentirinha e assim o bando se desfaz.

Pouco tempo depois, Huck vê pegadas na neve, que ele reconhece como sendo do seu Pai. Huck tem certeza que o Pai tinha voltado apenas para pegar o dinheiro do tesouro. Ele rapidamente vai ao Juiz Thatcher e “vende” sua parte do dinheiro pela “taxa” de um dólar. O Pai encontra Huck e arranca o dólar dele, além de ameaçar espancá-lo se ele voltar um dia à escola.

O Juiz Thatcher e a Viúva Douglas tentam conseguir a custódia de Huck na justiça, mas o novo juiz da cidade recusa-se a separar Huck e seu Pai. Logo depois, o Pai retira Huck à força da casa da Viúva e o leva para uma cabana de madeira longe da cidade. Huck diz que no início gostou da mudança, mas logo decide fugir, pois o Pai começa a espancá-lo com frequência.

Certo dia, o Pai tranca a casa e vai para a cidade. Huck aproveita a chance para fugir. Ele consegue sair da casa trancada, mata um porco e espalha o sangue como se fosse dele. Depois disso, ele pega uma canoa e segue rio abaixo até a Ilha Jackson, onde ele acampa e se esconde de todos.

Alguns dias mais tarde, Huck encontra restos ainda quentes de uma fogueira na ilha. Ele se assusta mas decide descobrir quem é essa outra pessoa. No dia seguinte ele descobre que se trata de Jim, o escravo da Srta. Watson. Ele tinha fugido após ouvir a Viúva discutir planos de vendê-lo para um negociante de escravos. Jim se assusta no início, acreditando que Huck era um fantasma, mas logo fica feliz em ter um companheiro.

As águas do rio começam a subir e em certa altura uma casa inteira passa flutuando pela ilha. Huck e Jim sobem nela para ver o que podem tirar de lá. Eles acham um homem morto num canto da casa e Jim vai examinar o cadáver. Ele reconhece o Pai de Huck mas cuidadosamente se recusa a dizer a ele de quem é o corpo.

Huck retorna à cidade vestido como uma menina para saber das novidades. Ele conversa com uma mulher, que informa a ele que tanto Jim quanto o Pai são suspeitos pelo seu suposto assassinato. Ela também diz que acha que Jim está escondido na Ilha Jackson. Ele imediatamente retorna para Jim e os dois deixam a ilha.

Usando uma grande balsa, eles descem o rio durante as noites e se escondem durante os dias. Certa noite, durante uma forte tempestade, eles avistam um barco a vapor que tinha naufragado. Huck convence Jim a abordar o barco e os dois entram nele juntos. Entretanto, eles logo descobrem que há três ladrões lá dentro, dois dos quais estão discutindo sobre quem irá matar o terceiro. Ao ouvir isso, Huck e Jim tentam escapar, mas descobrem que sua balsa tinha se soltado. Eles conseguem achar o bote que tinha sido usado pelos ladrões e imediatamente se afastam dali remando. Logo eles vêem os restos do barco naufragado flutuando rio abaixo, com sua estrutura tão mergulhada na água que qualquer um que estivesse a bordo teria se afogado. Mais tarde, eles encontram sua balsa desgarrada e a recapturam.

Jim e Huck continuam flutuando rio abaixo e se tornam bons amigos com o tempo. O objetivo deles é chegar até a cidade de Cairo, onde eles podem tomar um vapor para subir o rio Ohio e chegar até os Estados livres, onde não existe escravidão e Jim pode ser um homem livre. No entanto, eles se separam durante um forte nevoeiro, com Huck na canoa e Jim na balsa. Quando os dois se reencontram na manhã seguinte, logo percebem que tinham ultrapassado Cairo no nevoeiro.

Poucas noites depois, um barco a vapor abalroa a balsa e força os dois a pularem na água. Huck nada até a margem, onde ele é imediatamente cercado por cães. Ele acaba sendo convidado a viver com a família Grangerford. Huck é bem tratado e logo descobre que Jim está se escondendo num pântano próximo. Tudo corre bem por algum tempo, até que uma velha rixa entre os Grangerfords e os Shepherdsons é revivida. No dia seguinte, todos os homens da família estão mortos, inclusive Buck, o melhor amigo de Huck. Huck aproveita o caos para correr de volta para Jim e os dois começam a descer o rio novamente.

Logo depois, Huck salva dois trapaceiros chamados O Rei e O Duque. Eles imediatamente se apoderam da balsa e começam a viajar rio abaixo, fazendo dinheiro enganando as pessoas nas diversas cidades ao longo do rio.

Os dois homens inventam uma vigarice chamada Exibição Real, que rende mais de quatrocentos dólares. Ela consiste em atrair todos os homens da cidade para ver um espetáculo exclusivamente masculino e depois fazer o Rei desfilar nu por alguns minutos. Os homens ficam envergonhados demais para admitir terem desperdiçado seu dinheiro, e acabam dizendo aos que não foram ainda que o espetáculo é realmente muito bom. Assim, a noite seguinte também é sucesso. Na terceira noite, todos voltam planejando vingança, mas o Duque e o Rei conseguem fugir com todo o dinheiro.

Mais abaixo do rio os dois vigaristas ouvem falar sobre uma grande herança. Para receber o dinheiro, eles fingem ser os tios ingleses de três garotas que tinham ficado órfãs recentemente. As meninas ficam tão felizes em ver seus “tios” que elas não percebem que estão sendo enganadas. Huck é tratado tão bem pelas três que ele jura nunca permitir que os trapaceiros roubem o dinheiro delas.

Huck consegue entrar no quarto do Rei e rouba o grande saco de ouro que veio com a herança. Ele esconde o dinheiro no caixão de Peter Wilk, o falecido “irmão” dos dois pilantras. Enquanto isso, os vigaristas se ocupam em liquidar o patrimônio das meninas.

Huck encontra Mary Jane Wilks, a mais velha das meninas, e nota que ela está chorando. Ele decide contar toda a história sobre os dois trapaceiros. Ela fica furiosa ao saber da verdade mas concorda em sair da casa por alguns dias para que Huck possa escapar.

Logo depois da partida de Mary Jane, os dois verdadeiros tios chegam à cidade. No entanto, eles não são capazes de provar sua identidade, pois tinham perdido sua bagagem. Assim, o advogado da cidade reúne os quatro homens e tenta descobrir quem está mentindo. O Rei e o Duque desempenham tão bem seus papéis que não há maneira de decidir quais são os tios verdadeiros. Finalmente, um dos tios diz que seu irmão Peter tinha uma tatuagem no peito e desafia o Rei a identificá-la. Para resolver a questão, o povo da cidade decide exumar o corpo.

Quando o caixão é aberto, os cidadãos encontram o dinheiro desaparecido que Huck tinha escondido lá. Na confusão que se segue, Huck corre para a balsa e ele segue pelo rio juntamente com Jim. Entretanto, eles logo são alcançados pelo Rei e pelo Duque, que se juntam a eles na balsa.

Mais abaixo no rio, o Rei e o Duque vendem Jim, alegando que ele é um escravo fugitivo de Nova Orleans. Huck decide resgatar Jim e audaciosamente vai até a casa onde Jim está sendo guardado. Para sua surpresa, a casa pertence a Sra. Sally, tia de Tom Sawyer. Huck imediatamente finge ser Tom, que ela não via há anos e que estava para chegar para visitá-la.

Quando Tom chega, ele finge ser seu irmão mais novo, Sid. Tom e Huck planejam juntos como ajudar Jim a escapar da sua “prisão”, que na verdade é um telheiro no lado de fora da casa. Como Jim não parece muito animado em sair de lá, Tom se encarrega de fazer a vida dele mais difícil, colocando cobras e aranhas no quarto com ele.

Depois de muito pensarem, os rapazes convencem a cidade que um grupo de ladrões está planejando roubar Jim. Naquela noite eles apanham Jim e começam a fugir. Os fazendeiros locais os perseguem, atirando para impedir a fuga. Huck, Jim e Tom conseguem escapar, mas infelizmente Tom é ferido numa perna. Huck volta para a cidade em busca de um médico, o qual ele envia até o esconderijo de Tom e Jim.

O médico volta com Tom inconsciente numa maca e Jim em cadeias. Jim é tratado pessimamente até que o médico descreve como Jim ajudou a cuidar do rapaz. Quando Tom desperta, ele exige que libertem Jim.

Neste momento, chega Tia Polly, que tinha viajado todo o caminho rio abaixo. Ela tinha percebido que havia algo errado quando sua irmã tinha escrito que tanto Tom quanto Sid tinham chegado. Tia Polly diz a eles que Jim era de fato um homem livre, pois a Viúva Douglas tinha falecido e libertado Jim no seu testamento. Huck e Tom dão a Jim quarenta dólares por ter sido um bom prisioneiro e ter deixado que eles o libertassem.

Então Jim diz a Huck para parar de se preocupar sobre seu Pai, pois era dele o cadáver que tinham encontrado na casa flutuante. Tia Sally se oferece para adotar Huck, mas ele recusa, dizendo que já tinha tentado viver daquele jeito antes e não tinha dado muito certo.

Huck conclui sua história dizendo que ele nunca teria escrito o livro se soubesse que ia demorar tanto para terminá-lo.

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Resumo: As Aventuras de Tom Sawyer (Mark Twain)

As Aventuras de Tom Sawyer

A história se passa no interior dos Estados Unidos, em meados do século XIX. Tom Sawyer é um menino que tem a reputação de causar problemas e confusões por onde passa. Ele vive com sua tia Polly, seu meio-irmão Sid e a prima Mary na pequena cidade de St. Petersburg, às margens do Rio Mississippi. A cidade é uma típica comunidade rural, onde predomina a fé cristã e todas as pessoas se conhecem.

Ao contrário do seu irmão Sid, Tom periodicamente recebe reprimendas da Tia Polly. Sempre em busca de confusão, ele prefere vadiar a ir à escola, e frequentemente escapa pela janela à noite para ter aventuras com seu amigo Huckleberry Finn, o pária social da cidade. Apesar de não gostar da escola, Tom é extremamente esperto e normalmente se safaria das suas confusões se Sid não fosse tão “linguarudo”.

Como castigo por ter deixado de ir à escola para ir nadar, Tia Polly obriga Tom a caiar a cerca da sua casa. Em um esquema brilhante, Tom consegue fazer com que os meninos da vizinhança terminem o trabalho por ele, convencendo-os do prazer existente em caiar cercas. Na escola, Tom tem o mesmo tipo de comportamento e atrai as atenções brincando de pegar com os outros meninos, gritando e correndo. Com seu estilo usual, Tom tenta atrair a atenção de uma menina em especial: Becky Thatcher, a filha do Juiz Thatcher. Quando ele a vê pela primeira vez, Tom imediatamente se apaixona. Depois de conquistá-la, Tom sugere que os dois “se comprometam”. Mas quando Tom acidentalmente conta que tinha estado comprometido antes com Amy Lawrence, ele arruína seu relacionamento com Becky e fica com o coração partido.

Uma noite, Huck e Tom vão ao cemitério da cidade à meia-noite, onde eles planejam fazer um ritual especial para curar verrugas. Como eles acreditam em superstições e folclore, os dois esperam que o cemitério esteja cheio de fantasmas. Ao ouvirem vozes se aproximando, os dois se escondem com medo. As vozes são de Injun Joe, um índio malvado, Muff Potter, o bêbado da cidade, e o Dr. Robinson. Os três homens são ladrões de túmulos! Logo irrompe uma briga entre o Dr. Robinson e os outros dois homens. O Dr. Robinson agarra uma tábua e golpeia o bêbado Muff Potter, fazendo com que ele desmaie. Enquanto isso, Injun Joe pega a faca de Muff e apunhala o doutor até a morte. Os meninos fogem do cemitério antes de descobrir que Injun Joe planeja incriminar Muff pelo assassinato. Com medo de Injun Joe e horrorizados pelo que tinham visto, Huck e Tom juram manter silêncio sobre os acontecimentos da noite.

No dia seguinte, Tom tem vários problemas. Tia Polly descobre através de Sid que Tom tinha escapulido durante a noite e briga com ele. Na escola, Becky esnoba Tom, não dando importância às suas estripulias infantis. Magoado e zangado, Tom reúne um “bando” de piratas: Joe Harper, Huck e ele mesmo. Os três rapazes decidem que estão fartos da sociedade e fogem para a Ilha Jackson, no meio do Mississippi. Quando os rapazes desaparecem, toda a cidade assume que eles tinham se afogado e os moradores começam a dragar o rio em busca dos seus corpos. Na escuridão da noite, Tom sai da ilha para voltar para casa e deixar uma nota para Tia Polly dizendo que ele não está morto. Ao invés disso, ele ouve Tia Polly e a sra. Harper planejando os funerais. Os rapazes esperam até a manhã dos funerais e os assistem escondidos, antes de revelar à congregação que estavam vivos!

Na escola, os meninos são invejados por todos os seus colegas; no entanto, Tom ainda não tinha conseguido de volta o coração de Becky. Quando Tom inadvertidamente apanha Becky lendo o livro do professor, ela se assusta e rasga o livro. Mais tarde, quando o professor pergunta a Becky se foi ela quem rasgou o livro, Tom mente e se acusa no lugar dela. Embora receba o castigo por Becky, ele reconquista seu amor e sua atenção.

O julgamento de Muff Potter começa logo depois de iniciadas as férias escolares de verão. A cidade já tinha decidido que o pobre homem era culpado antes mesmo do julgamento. Tom e Huck estão com remorsos por não contarem o que sabem, e se sentem ainda piores quando Muff agradece aos dois por sempre terem sido gentis com ele. Quando o julgamento começa, o advogado de defesa chama Tom Sawyer para testemunhar. Para a surpresa de Huck, Muff e todos os que estão na audiência, Tom conta tudo o que sabe sobre o crime e aponta Injun Joe como o assassino do Dr. Robinson. No tumulto que se forma, Injun Joe foge do tribunal antes que alguém possa apanhá-lo. Injun Joe é declarado desaparecido e Muff Potter é libertado com um pedido de desculpas da cidade. Enquanto isso, Tom teme que Injun Joe tente se vingar dele por ter sido uma testemunha, e Huck sente o mesmo receio.

Um dia, Huck e Tom resolvem cavar na velha casa abandonada de Cardiff Hill, esperando encontrar um tesouro. Quando eles começam sua busca, os rapazes são surpreendidos pela chegada de dois homens. Escondidos, Tom e Huck notam que um deles é Injun Joe, disfarçado com um espanhol surdo-mudo. Os rapazes observam Injun Joe e seu cúmplice discutirem planos para um “trabalho de vingança”. Os dois bandidos pretendem esconder uma sacola com seiscentos dólares na casa abandonada e se encontrarem lá mais tarde. Quando procuram um esconderijo para seu dinheiro, eles acidentalmente descobrem uma caixa com um tesouro enterrado no mesmo lugar por um antigo bando de ladrões. Os vilões mudam seus planos e decidem esconder sua fortuna “debaixo da cruz, no Número Dois”. Obcecados em conseguir o tesouro, Tom e Huck resolvem seguir Injun Joe e descobrir onde o tesouro está enterrado.

Becky, que tinha estado fora da cidade, retorna a St. Petersburg e dá um piquenique para todos os seus amigos. Como parte das diversões do dia, as crianças vão explorar a grande caverna MacDougal, que possui várias passagens subterrâneas secretas. Sem que os adultos e as outras crianças percebam, Tom e Becky se perdem nas profundezas da caverna.

Enquanto isso, Huck tinha se conformado em esperar do lado de fora da taverna onde os rapazes suspeitavam que Injun Joe estava hospedado. Quando Huck está prestes a desistir, sua paciência é recompensada ao ver os dois bandidos saírem e se dirigirem para a casa abandonada. No entanto, ao invés de pararem lá, eles se dirigem para a casa da Viúva Douglas, com a intenção de roubá-la ou até mesmo de matá-la. Lembrando das vezes que a Viúva tinha sido bondosa com ele, Huck corre até a casa do Sr. Jones, avisando-o sobre as intenções de Injun Joe. O Sr. Jones e seus dois filhos mais novos correm para a casa da Viúva e afugentam Injun Joe e seu cúmplice antes que qualquer mal seja feito.

A história do ataque frustrado à Viúva Douglas corre a cidade. Entretanto, surge a notícia do desaparecimento das crianças e, no momento, todos os moradores se dedicam a rezar ou a procurar por Tom e Becky.

No fundo da caverna, Tom e Becky perderam todo o sentido de direção. Sem comida e com sua última vela já acesa, os dois percebem que podem morrer de fome lá dentro. Tom tenta confortar Becky e continua a explorar as passagens da caverna em busca de uma saída. Espiando por uma fresta, Tom vê um homem e grita por ele; para seu espanto, o homem é Injun Joe! Tom nada fala para Becky, temendo que ela possa ficar ainda mais assustada. Depois de bastante tempo, a persistência de Tom é recompensada: ele descobre uma passagem estreita, pela qual as crianças rastejam e escapam ao perigo.

A cidade se regozija com a volta de Tom e Becky, sãos e salvos. O Juiz Thatcher ordena que a entrada da caverna MacDougal seja fechada e lacrada com tiras metálicas. Quando Tom sabe disto, ele finalmente conta ao Juiz Thatcher que Injun Joe está na caverna. Após quebrarem o lacre da porta, Tom, o Juiz e os outros cidadãos encontram Injun Joe perto da entrada da caverna, morto de fome e sede.

Ao se encontrar com Huck, Tom diz que sabe onde o tesouro está enterrado, pois a caverna MacDougal é o “Número Dois”. Tendo dado o tesouro por perdido, Huck se mostra mais que disposto a voltar lá com Tom. Depois de retirarem o tesouro da caverna, os dois rapazes voltam para a cidade, mas são interceptados pela Viúva Douglas e trazidos para dentro da casa dela.

Em agradecimento a Huck por ter salvado sua vida, a Viúva Douglas se oferece para cuidar da sua educação e dar um lar permanente para ele. Declarando que Huck agora está rico e independente, Tom apresenta o tesouro recém-encontrado por eles, totalizando mais de doze mil dólares.

A história termina com Huck e Tom felizes, discutindo seus planos futuros de se tornarem ladrões de primeira classe.

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Resumo: O Príncipe e o Mendigo (Mark Twain)

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A história se passa na Inglaterra, no século XVI e começa com o nascimento de dois meninos, Tom Canty, um mendigo e Eduardo Tudor, o Príncipe de Gales. Os dois meninos crescem em ambientes diferentes e desconhecem a existência um do outro. Tom vive em Offal Court, uma das regiões mais pobres de Londres, onde seu pai bêbado, John Canty, o obriga a mendigar nas ruas. Apesar disso, ele encontra tempo para aprender latim e ler os livros do Padre Andrew. As antigas lendas e histórias que ele lê o encantam, e ele começa a se imaginar como um príncipe.

Certo dia, enquanto vagueava pelas ruas de Londres, ele chega até o palácio real. Apanhado olhando boquiaberto pelas grades, os guardas o interpelam agressivamente, mas o príncipe vem em seu socorro. Ele leva o rapaz até seus aposentos e faz perguntas sobre a família dele. Quando Tom manifesta o desejo de vestir trajes de príncipe, os dois trocam de roupas. A espantosa semelhança dos dois surpreende a ambos. Então, num impulso, Eduardo irrompe do seu quarto para punir o sentinela que tinha se comportado rudemente com Tom. O guarda o confunde com Tom e o põe para fora do portão. Desta forma, o príncipe é lançado no duro mundo exterior.

Eduardo sente cansaço e fome enquanto caminha pelas ruas de Londres. Quando ele chega até Offal Court, John Canty o captura e, confundindo-o com seu filho, lhe dá uma enorme surra. Padre Andrew vem salvar o menino das pancadas e é golpeado por Canty. Ao descobrir que o padre estava morrendo em consequência da sua agressão, ele foge de Londres, arrastando Eduardo consigo. É a véspera de uma longa procissão em homenagem a Tom, que irá descer pelo Rio Tâmisa e terminar com uma cerimônia no Guildhall. No meio da confusão, Eduardo consegue fugir. Ele segue para o Guildhall, onde chega quando Tom está sendo homenageado. Os guardas e a multidão zombam dele quando ele afirma ser o príncipe. Eduardo insiste e os guardas estão prestes a atacá-lo quando Miles Hendon entra em cena e o salva.

Nesse meio tempo, os cortesãos acreditam que Tom é Eduardo e, quando o rapaz tenta afirmar sua verdadeira identidade, todos acham que ele enlouqueceu. Tom é levado ao encontro do seu “pai”, o rei Henrique VIII. Quando o rapaz falha em reconhecê-lo, Henrique VIII também manifesta dúvidas sobre a sua sanidade e o aconselha a descansar e se distrair. Assim, Tom é forçado a desempenhar o papel de príncipe. Lentamente, ele se habitua às normas do palácio e se adapta à situação. Depois de algum tempo, o rei morre. Tom sente o peso da responsabilidade sobre seus ombros, mas procura desempenhar seu papel com seriedade. Ele ordena que libertem o Duque de Norfolk, condenado à morte pelo seu “pai”, além de perdoar vários prisioneiros. O público aprecia seus atos benevolentes e saúda sua sabedoria e sua bondade.

Miles Hendon não acredita que Eduardo é o verdadeiro Príncipe de Gales, mas sente pena do rapaz, o qual acha ser louco. Miles leva Eduardo até o lugar onde está alojado, planejando levá-lo consigo até a propriedade do seu pai, à qual está retornando depois de uma longa ausência. No entanto, John Canty e seus comparsas raptam Eduardo enquanto Miles estava ausente.

Eduardo é obrigado a viver entre vagabundos e rufiões. Ele deplora seu comportamento, mas descobre que muitos desses pequenos criminosos são vítimas das cruéis e injustas leis da Inglaterra. Um dia, ele é mandado mendigar com Hugo, um jovem membro do bando. Quando Hugo tenta extorquir dinheiro de um transeunte, Eduardo revela seu disfarce e foge. Nesta noite, ele se abriga no celeiro de um camponês. Na manhã seguinte, ele é encontrado pela família que vive ali. Embora as crianças acreditem em Eduardo, a mãe não consegue se convencer de que ele é um príncipe verdadeiro. Ela faz inúmeras perguntas a Eduardo e faz com que ele execute diversas tarefas domésticas para testar sua identidade. Quando John Canty se aproxima da casa, Eduardo foge e mais tarde se refugia na casa de um eremita louco. O homem tenta matá-lo, mas antes que ele possa pôr as mãos em Eduardo, John Canty e Hugo chegam e o levam embora. Eduardo é novamente lançado na companhia de ladrões e mendigos.

Hugo ansiava pela oportunidade de se vingar de Eduardo. Certo dia, os dois saem juntos novamente e Hugo faz com que Eduardo seja falsamente acusado de roubar o embrulho de uma mulher. A polícia o captura, mas um juiz piedoso e Miles Hendon o ajudam a escapar da punição da lei. Então Miles leva Eduardo até Hendon Hall para apresentá-lo à sua família. Entretanto, ele sofre um choque ao chegar. Seu irmão Hugh, que tinha se apossado da propriedade após a morte do pai deles, finge não reconhecê-lo e faz com que Miles e Eduardo sejam presos.

A experiência na prisão ajuda Eduardo, pois ele aprende paciência e perseverança com seus colegas prisioneiros, que são na sua maioria vítimas inocentes punidas cruelmente pela lei. Ele jura desfazer as duras leis do país e trazer alívio aos prisioneiros. Depois de serem libertados, Eduardo e Hendon rumam para o palácio em busca de justiça, mas acabam sendo separados na Ponte de Londres.

Durante esse tempo, Tom se familiariza com seus deveres e se porta com dignidade. Ele também aprende sobre o palácio e seus assuntos com Humphrey, seu pajem e companheiro de estudos. Lentamente, ele começa a apreciar a vida luxuosa e o poder da realeza, e se envergonha das suas origens. Quando ele é levado numa procissão de consagração através de Londres pouco antes da sua coroação, ele avista sua mãe na multidão, mas se recusa a reconhecê-la publicamente. Imediatamente ele se sente culpado e, após este incidente, os adornos da realeza não parecem mais serem tão gloriosos.

Durante a cerimônia de coroação, Tom fica preocupado e agitado. Ao final da cerimônia, quando o Arcebispo de Canterbury ergue a coroa para colocá-la na sua cabeça, Eduardo aparece subitamente e declara ser o verdadeiro rei. OS cortesãos se sentem ultrajados pelas palavras do intruso, mas ficam intrigados ao perceberem a notável semelhança entre os dois rapazes. Lorde Hertford testa Eduardo, fazendo perguntas sobre o palácio e seus habitantes. Satisfeito com as respostas recebidas, ele pede que Eduardo revele a localização do Grande Selo, que estava desaparecido há algum tempo. No início, Eduardo se engana. No entanto, com a ajuda de Tom, ele se lembra onde o tinha deixado e o Grande Selo é recuperado. Eduardo é reconhecido como o rei e coroado pouco depois.

Tom Canty e Miles Hendon ganham poder e posição, permanecendo leais à Coroa. Praticamente todos os súditos que Eduardo tinha encontrado e que tinham sofrido duramente durante o reinado de Henrique VIII são libertados da servidão ou recebem alguma compensação. Nunca mais se ouve falar de John Canty; Hugh Hendon abandona o país e morre pouco tempo depois. Miles se casa com Edith, seu verdadeiro amor, e leva uma vida feliz. Eduardo governa com tolerância e é lembrado como um rei benevolente.

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