A história começa na Rússia, em 1598. Diante do mosteiro de Novodevitchy, em Moscou, guardas mandam a multidão implorar a Boris Godunov que aceite suceder o czar Fyodor. Os sinos anunciam a entrada de uma procissão na catedral. A multidão festeja quando o recém-coroado czar Boris aparece, mas ele está cheio de maus pressentimentos.
Seis anos depois, no mosteiro de Chudvov, o padre Pimev escreve a crônica da história russa. Grigory, outro monge, desperta, e Pimev recorda o czar Ivan o Terrível e seu filho, Fyodor. Pimev afirma que os assassinos de Dimitry, o jovem meio-irmão de Fyodor, confessaram que agiram a mando de Boris. Ele observa que hoje Dimitry teria a idade de Grigory.
Grigory se convence que é o legítimo herdeiro do trono da Rússia e abandona o mosteiro, afirmando ser Dimitry. Ele circula pela região e sua história começa a se espalhar, atraindo seguidores. A polícia tenta prendê-lo num albergue perto da fronteira com a Lituânia, mas ele foge, acompanhado por dois monges mendicantes.
No palácio real, Boris lamenta sua vida pessoal, sempre perturbada por pesadelos com imagens de uma criança ensaguentada. Chega seu conselheiro, o príncipe Shuisky, com notícias sobre Dimitry, um falso pretendente ao trono russo, apoiado por Roma e pela Lituânia. Boris afirma que uma criança morta não pode desafiar um czar coroado, mas se pergunta se o menino morto era mesmo Dimitry. Quando Shuisky descreve as feridas em seu corpo, Boris vê o fantasma de Dimitry. Em pânico, ele implora misericórdia a Deus para sua culpa.
Num castelo na Polônia, Marina, a filha do governador, sonha em se tornar czarina. O padre Rangoni a incentiva a converter a Rússia ortodoxa ao catolicismo. Para isso, ele diz, ela deve seduzir o pretendente Dimitry. Marina objeta, mas Rangoni a repreende. Ali perto, Dimitry sonha com ela. Marina declara que só o trono russo a tenta. Furioso, Dimitry aparece e responde que, uma vez coroado, rirá dela. Subitamente, Marina declara a ele seu amor.
Em Moscou, o simplório místico conhecido como o Idiota é roubado por moleques. Ele procura o czar e pede que ele mate os ladrões, assim como fizera com o jovem Dimitry. O abalado Boris pede suas orações, mas o Idiota diz que não pode rezar por Herodes. Transtornado, Boris aparece no conselho dos boiardos, imaginando que o pequeno Dimitry está vivo. O monge Pimev relata um milagre no túmulo do menino. Sufocando, Boris nomeia seu filho Fyodor como seu sucessor e morre.
Numa floresta, o pretendente convoca o povo a segui-lo. A multidão se afasta, e o Idiota verte lágrimas amargas pela Rússia.
Veja Também:
- Artigo
sobre Modest Petrovitch Mussorgsky na Wikipedia.
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